quarta-feira, 16 de julho de 2014
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JORGE EDUARDO GARCIA
- IN FOCUS : Brasil e Rússia fecham acordos bilaterais
ALVÍSSARAS
Brasil e Rússia fecham acordos
bilaterais com o objetivo de elevar para 10 bilhões de dólares o fluxo
comercial, com ênfase em defesa, tecnologia e energia.
Durante todos esses anos de
politica externa petista, eu sempre defendi uma maior aproximação comercial com
a Rússia, fazer dela um grande parceiro.
Parece que no apagar das luzes desse primeiro
mandato de Dilma Rousseff a “coisa” aconteceu, contudo devemos concretiza-la o
mais rapidamente possível.
Parabéns aos responsáveis pela
politica externa, pois esse foi um grande avanço em nossas relações exteriores.
Jorge Eduardo Garcia
JORGE EDUARDO FONTES GARCIA - IN FOCUS: JORGE EDUARDO GARCIA - IN FOCUS : Brasil um verdad...
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JORGE EDUARDO GARCIA - IN FOCUS : Brasil um verdadeiro Império, dos barnabés*, burocratas**, tecnocratas***, e assemelhados, ate os nossos dias.
Brasil um verdadeiro
Império, dos barnabés*, burocratas**, tecnocratas***, e assemelhados, ate os
nossos dias.
Segundo Reinado: funcionários públicos desbancam ruralistas.
Rosane Soares Santana.
Sinônimo de poder e de prestígio, o mandato de deputado e
senador nem sempre foi a única atividade exercida pelos parlamentares
brasileiros no Império (1822-1889). Muitos deles eram proprietários de terra
eleitos para as assembleias provinciais, Câmara dos Deputados e Senado em
função do poder econômico, num país onde 70% das rendas do Governo Geral
provinham da agricultura de exportação e 90% da população vivia na zona rural
sob influência desse potentado.
Também havia padres, médicos, comerciantes e burocratas -
magistrados e funcionários públicos - entre os parlamentares do período, com a
supremacia dos últimos, no fim da Regência e o início do Segundo Reinado
(1840). Enquanto o número de proprietários foi reduzido e o de comerciantes
praticamente desapareceu, o número de funcionários públicos experimentou um
vertiginoso acréscimo no Parlamento.
O fenômeno refletiu um aumento da demanda e a valorização do
emprego público no processo de centralização administrativa, iniciado a partir
de 1837, com o regresso conservador, como registrou o historiador e cientista
político José Murillo de Carvalho em "A Construção da Ordem - a elite
política imperial".
PROPRIETÁRIOS SAEM DE CENA
Os proprietários rurais, a partir do final da Regência,
retiraram-se do Parlamento em favor dos filhos bacharéis treinados na Europa e,
posteriormente, no Brasil, para tarefas administrativas. É o fenômeno do
absenteísmo registrado por Maria Isaura Pereira de Queirós. Todavia, isso não
resultou em um vínculo automático de interesses entre pais e filhos e, por
conseguinte, na continuidade de mando da família patriarcal, representada pelos
proprietários rurais, na ordem pública - a exemplo do que ocorria nas Câmaras
municipais no período colonial - como defendem autores como Maria Isaura e
Nestor Duarte.
O novo grupo dominante, especialmente os parlamentares
bacharéis formados em Coimbra, além daqueles que estudaram nas universidades
brasileiras, conhecia as limitações do poder local para o enfrentamento de
questões mais amplas, como as exigências da nova ordem mundial marcada pela
ascensão do capitalismo industrial.
A estruturação do Estado era, portanto, fundamental para
fazer frente às pressões inglesas contra o tráfico e à desagregação da ordem
interna, que ameaçavam a unidade territorial do Brasil pelo aumento das tensões
sociais agravadas pela concentração de renda e o aprofundamento entre do fosso
entre ricos e pobres. A construção de uma ordem pública favoreceu à
aristocracia rural, por ser o Brasil um país eminentemente agrário, não
obstante a influência dos laços de parentesco entre a elite dominante e os
proprietários.
SATURAÇÃO DE BACHARÉIS
Outro aspecto ressaltado por José Murilo, no estudo sobre a elite
imperial, é o crescimento dos profissionais liberais no Parlamento, sobretudo
advogados, que se vai tornando mais intenso com o avanço do Segundo Reinado e o
processo de urbanização. Na fase que marca a transição entre a Regência e a
Maioridade, o aumento do número desses profissionais - ressalta o cientista
político- pode ser atribuído à saturação de bacharéis no mercado, oriundos das
faculdades brasileiras, superior às posições da magistratura, dominada pelos
coimbranos.
Analisando os dados disponíveis sobre a Província da Bahia,
segunda mais importante do Império, depois do Rio de Janeiro, chega-se a
conclusões semelhantes. Entre os deputados que ocuparam as 108 cadeiras das
três primeiras legislaturas (1835-1841) havia 16 proprietários, um comerciante
e proprietário, quatro comerciantes, 31 funcionários públicos (secretários
provinciais, militares, juízes e desembargadores), oito profissionais liberais
(médicos, professores e advogados) e 11 padres. O quadro é repetido entre os
suplentes.
As profissões vinculadas à economia - proprietários e
comerciantes -, sofrem declínio no período, fenômeno que aponta para o término
de um ciclo marcado pelo absenteísmo dos primeiros e pela substituição dos
últimos pelos ingleses, que não se engajaram diretamente no processo político
nacional, segundo José Murilo.
Os médicos perdem ainda mais espaço e os padres desaparecem
a partir da terceira legislatura (1840-1841), no período de transição para a
Maioridade.
Rosane Soares Santana é jornalista, com mestrado em História
pela UFBA. Estuda o Poder Legislativo, elites políticas e eleições no Brasil.
Integra a cobertura de eleições do Terra.
*Significado de Barnabé - s.m. Bras. Pop. Funcionário
público de baixa categoria.
** Significado de Burocrata - s.m. e f. Empregado de
repartição pública.
Funcionário aferrado à rotina e a excessivas formalidades.
*** Significado de Tecnocrata - s.m. e s.f. Participante ou
seguidor da tecnocracia. Pessoa que administra, governante de um Estado ou alto funcionário,
que desenvolve resoluções técnicas e/ou lógicas para solucionar dificuldades,
não tendo em consideração as particularidades humanas ou sociais.
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JORGE EDUARDO GARCIA - IN FOCUS: JORGE EDUARDO GARCIA - IN FOCUS : NÃO É DE HOJE, V...: NÃO É DE HOJE, VEJAM.... No Brasil Império, deputados davam as costas para eleitores Rosane Soares Santana Violência e fraude n...
JORGE EDUARDO GARCIA - IN FOCUS : NÃO É DE HOJE, VEJAM.... No Brasil Império, deputados davam as costas para eleitores
NÃO É DE HOJE, VEJAM....
No Brasil Império, deputados davam as costas para eleitores
Rosane Soares Santana
Violência e fraude nas eleições e "partidos
oficiais" foram fenômenos políticos típicos do século XIX, no Brasil, que
podem explicar a falta de compromisso dos parlamentares com os eleitores. Com o
processo eleitoral controlado pelos chefes locais, delegados de polícia, juízes
de paz eleitos pelo voto popular - geralmente grandes proprietários de terra -
e pelo presidente da Província, nomeado pelo Governo Central, as eleições eram
um "produto meramente oficial", segundo o deputado carioca Francisco
Belisário Soares de Souza, testemunha da época.
"Os candidatos não se preocupam com os eleitores, mas
com o governo, cujas boas graças solicitam e imploram", escreveu Belisário
("O Sistema Eleitoral do Império"), para explicar um fato observado
posteriormente por vários estudiosos, como a historiadora Katia Mattoso, no livro
"Bahia Século XIX - uma província no Império", em que analisa, entre
outros aspectos, a elite baiana, a mais importante elite política do Brasil
oitocentista.
O Diário da Bahia, porta-voz dos líderes rebeldes da
Sabinada - movimento de reação à política tributária da Corte, no Rio de
Janeiro, e à deterioração das condições materiais da população baiana na época
-, em sua edição de 23 de novembro de 1837 investia contra os impostos,
denunciava as precárias condições do comércio e da agricultura e apontava
"a administração dos baxás" (bacharéis) - maioria dos deputados da
Assembleia Provincial da Bahia - como a "facção governista".
"(...) Vejam-se as sanguinárias leis de impostos, os
saques, e ressaques da corte sobre o nosso tesouro, a perseguição da nossa
lavoura, e comércio, o desprezo insultante para a briosa classe militar, as
nossas fortificações, os meios de defesa todos perdidos, as fortalezas de
propósito arruinadas, os empregos de nomeação central postos em público
mercado, a prostituição nos tribunais, nas repartições de fazenda, tudo
finalmente desbaratado e entregue à administração dos baxás, à imoralidade, à
traição, à facção governista (...)".
Assembleia Governista
Na Assembleia Provincial da Bahia, durante a Regência
(1831-1840), período em que ocorreu a Sabinada, 55,5% das 108 cadeiras do novo
Poder Legislativo foram ocupadas por deputados bacharéis. Eles estavam
estreitamente vinculados à burocracia governamental, inclusive compunham seus
quadros como estratégia para controlar a máquina administrativa, da qual
dependiam para o enfrentamento das pressões inglesas contra o tráfico, sendo
favoráveis à maior centralização, à manutenção da velha ordem monárquica e suas
estruturas, a exemplo do Senado vitalício e o Conselho de Estado.
Entre os bacharéis estava Miguel Calmon, ministro da Fazenda
do Império, que comandou a ofensiva contra os sabinos, mandando cortar a
arrecadação de rendas aos rebeldes e fechar o cerco ao governo provisório
instalado em Salvador. Os sabinos identificavam os interesses da maioria dos
deputados da Assembleia Provincial da Bahia como vinculados ao Governo Central.
Entre os revoltosos, entretanto, estavam alguns deputados
vinculados à corrente liberal, defensora da nacionalização do comércio e
insatisfeita com os ingleses, como ocorrera na Revolução Pernambucana de 1817.
Entre eles, o deputado João Carneiro da Silva Rego,
negociante de gado em Feira de Santana, segunda vila mais importante da
Província. Os deputados João Gonçalves Cezimbra, ex-presidente da Província e
grande comerciante de Salvador; os médicos João Antunes de Azevedo Chaves e
José de Aragão e Ataliba, professores da Faculdade de Medicina da Bahia. O
deputado João Carneiro foi indicado presidente da República independente de
Francisco Sabino Vieira, líder da revolução.
À exceção do grupo liberal, minoritário, a atuação da
Assembleia Legislativa da Bahia, especialmente dos deputados bacharéis,
confirma a tese de que, depois de eleitos, os parlamentares davam as costas
para os eleitores. O Legislativo baiano era dominado por conservadores voltados
para a sustentação da política centralizadora do Governo Central encabeçada
pelos barões do café, quando a economia açucareira entrava em declínio.
Relações econômicas, sobretudo, ligavam a Bahia ao Rio de
Janeiro, principais regiões agroexportadoras do Brasil, cujas capitais possuíam
uma função portuária e administrativa para dar suporte aos negócios de
importação e exportação e ao tráfico de escravos. Desde a Independência,
proprietários baianos vinculados a grupos conservadores, muitos deles
investidos de mandados provinciais, alinhavam-se com os interesses da Corte.
http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI4580902-EI6578,00-No+Brasil+Imperio+deputados+davam+as+costas+para+eleitores.html
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JORGE EDUARDO GARCIA - IN FOCUS: JORGE EDUARDO GARCIA - IN FOCUS: Dona Dilma e a El...: Dona Dilma e a Elite Branca A Dona Dilma Rousseff afirmou que foi vaiada no Itaquerão pela Elite Branca da Nação. Eu discordo. ...
JORGE EDUARDO GARCIA - IN FOCUS: Dona Dilma e a Elite Branca.
A Dona Dilma Rousseff afirmou que foi vaiada no Itaquerão pela
Elite Branca da Nação.
Eu discordo.
E por quê?
Porque na minha concepção de Elite ela, dona Dilma, está
mais do que incluída, mais do que inserida, é um componente da maior
importância possível, ou ela não é a presidenta da República, não ocupa o cargo
máximo da Elite Governamental?
Elite é ou pode ser:
1-
Segundo Charles Wright Mills, Mestre em arte,
filosofia e sociologia pela Universidade do Texas, doutorou-se em sociologia e
antropologia pela Universidade de Wisconsin, um grupo situado em uma
posição hierárquica superior, numa dada organização, dotado de poder de decisão
política e econômica:
Obs.: Dona Dilma detém o poder máximo para
tomar “decisões políticas e econômicas”, pois é a presidenta da República, a
chefe de governo composto por um grupo de brasileiros;
2-
Segundo Robert Alan Dahl, professor emérito de
ciência política na Universidade Yale, EUA, um grupo minoritário que exerce dominação
política sobre a maioria, dentro de um sistema de poder democrático:
Obs.: Dona Dilma é a presidenta da
República, a chefe de governo composto por um grupo minoritário de brasileiros, eleita pelo voto direto em um Regime Democrático;
3-
Segundo Antonio Gramsci, um filósofo, político,
cientista político, comunista e antifascista italiano, afirma que a forma de identificar uma elite é
aproximando-a da categoria 'classe dirigente':
Os Membros do
Partido dos Trabalhadores formam hoje a “classe dirigente”, pois estão não só ocupando
cargos governamentais na União, nos Estados , nos Municípios, bem como estão no Poder Máximo da Nação através do mandato de
dona Dilma que é a presidente da República eleita em um Regime democrático e
membro da Elite do PT;
4-
Uma
referência genérica a grupos posicionados em locais hierárquicos de diferentes
instituições públicas, partidos ou organizações de classe, ou seja, pode ser
entendido simplesmente como aqueles que têm capacidade de tomar decisões
políticas ou econômicas, e dona Dilma pertence a um partido politico – o PT – e
é a presidenta da República com poder máximo para toma-las;
5-
Pode ainda designar aquela pessoa de Poder, ou aquelas pessoas, ou grupos, capazes de formar
e difundir opiniões que servem como referência para os demais membros da
sociedade, e dona Dilma pertence a um
partido politico – o PT – que difunde por meios diversos seu programa, suas
ideias, dando assim opiniões sobre como se deve governar a Nação, portanto um
associação formadora de opinião, além do mais ela é a presidenta da República
ouvida, acatada e respeitada por civis e militares brasileiro, sua opinião vale
e muito.
Portanto, dona Dilma falar de
Elite Branca, como se tivesse condenando quem é branco, é um enorme preconceito
racial, é um grande erro, é um grande absurdo.
Dona Dilma é a presidente da
República eleita em um Regime democrático, logo expressar tal juízo é ignorar
parte de seu eleitorado branco, é ofender parte dele, pois nunca se poderá
saber se quem votou nela foram só os negros, ou só os mulatos, ou só os cafuzos,
ou só os mamelucos, ou só árabes, ou só os amarelos, tais como índios, chinas,
japoneses, etc e tal.
No momento que dona Dilma afirma que foram os brancos que a hostilizou,
ela esta praticando a maneira nazista de racismo, cheia de preconceitos, pois
nossa sociedade É multirracial, onde brancos, negros, mulatos, cafuzos,
mamelucos, árabes, amarelos, tais como índios, chinas, japoneses, etc e tal,
contribuíram lado a lado para desenvolvê-la.
Esta historia de cotas para afrodescendentes é uma balela
criada para ser usada como arma na luta de classe, luta essa que jamais existiu
no Brasil.
É bem verdade que o preconceito sempre existiu e sempre existirá
em nosso País e porque não dizer no Mundo.
Quanto a Copa do Mundo da FIFA, bancada elo Brasil, pelos
brasileiros de todas as classes sócias, que pagam impostos direitos e
indiretos, é outra historia, até porque ela não foi realizada para os oprimidos,
o proletariado, eleitorado cativo do Partido dos Trabalhadores, cuja Elite
Interna a senhora Presidenta é parte, já que os preços dos ingressos chegaram
aos pícaros da Lua, portanto ser vaiada pelas pessoas que lá estavam , fossem elas de qualquer cor
de pele ou raça, era um risco que o governo deveria saber que corria, bem como
os dirigentes do órgão máximo do futebol no mundo.
A dona Dilma deveria ter em conta que as vaias foram pelas
obras faraônicas construídas na base de superfaturamento, estruturas que não
terão a menor utilidade no futuro, estádios construídos com recursos públicos
entregues de mão beijada a clubes ou empresas, como o próprio palco das vaias –
Arena Corinthians ou Itaquerão - a pelos boatos de roubalheiras, pelos boatos
de que parte de seus custo na realidade
foram desviado para fazer a Caixa 2 do PT nesta eleição que se aproxima, pela
falta de hospitais, escolas, segurança, transportes, carestia, etc e etc...tudo
que ela como presidenta da Republica para muitos pode coibir ou para
muitos outros representa.
O orientador, ou orientadores, da dona Dilma Rousseff,
presidenta da Republica Federativa do Brasil, devem fazer um autocritica e
orienta-la melhor, pois senão ela poderá ser considerada a trapalhona dos aloprados,
Pasadena é que o diga.
Uma pena.
Jorge Eduardo Garcia
LER:
Mulatos bacharéis elegiam-se deputados no Brasil Imperial
JORGE EDUARDO GARCIA - IN FOCUS: JORGE EDUARDO GARCIA - IN FOCUS: Mulatos bacharéis...
JORGE EDUARDO GARCIA - IN FOCUS: JORGE EDUARDO GARCIA - IN FOCUS: Mulatos bacharéis...: Mulatos bacharéis elegiam-se deputados no Brasil Imperial Rosane Soares Santana O século XIX, no Brasil, foi marcado pela ascensão...
JORGE EDUARDO GARCIA - IN FOCUS: Mulatos bacharéis elegiam-se deputados no Brasil Imperial, autora : Rosane Soares Santana
Mulatos bacharéis elegiam-se deputados no Brasil Imperial
Rosane Soares Santana
O século XIX, no Brasil, foi marcado pela ascensão dos
mulatos, com diploma de bacharel, a postos de destaque na política e na
administração pública, depois da implantação das faculdades de Direito de
Olinda (PE) e São Paulo (SP). O elemento racial era fator de diferenciação da
elite, composta de uma maioria identificada socialmente como branca, numa
sociedade escravocrata e estigmatizada pela cor da pele.
À época, raros foram os indivíduos egressos das classes
menos favorecidas da sociedade, geralmente negros e sem instrução superior, que
conseguiram romper o apartheid. Como disse Johann Moritz Rugendas
("Viajantes Estrangeiros na Bahia Oitocentista", Cultrix, 1980)
"os homens de cor embora muito assimilados aos brancos, constituem em sua
maioria as classes inferiores da sociedade". E os altos escalões da
burocracia e o Parlamento eram dominados pela minoria branca e rica, descendente
de europeus - grandes proprietários de terra e comerciantes.
Essa discriminação gerou o fenômeno da politização da cor,
que ganhou destaque nas duas décadas posteriores à Independência (1822),
segundo a historiadora Keila Grinberg, autora de estudos sobre o Brasil
oitocentista ("O fiador dos brasileiros", editora Civilização
Brasileira). Jornais, movimentos e até revoltas, como a Sabinada, na Bahia,
reivindicavam a igualdade entre homens livres. Inaugurou-se nesse período, de
acordo com Keila, o que poderíamos chamar de "luta contra a discriminação
racial".
Mulatos na política
O mulato baiano Antonio Pereira Rebouças, de origem pobre,
foi uma exceção digna de registro. Rábula, foi eleito seguidas vezes para a
Câmara dos Deputados, a partir dos anos 30 do século XIX, ocupando,
simultaneamente, também a cadeira de deputado provincial na Assembléia da
Bahia. Nasceu na cidade de Maragogipe, no Recôncavo baiano, filho do alfaiate
português Gaspar Pereira Rebouças com uma liberta (ex-escrava). É conhecido
ainda como pai do engenheiro e abolicionista André Rebouças.
Autodidata em Direito, em 1846, por notório saber, a Câmara
dos Deputados concedeu-lhe licença para advogar em todo o País. Aprendeu
direito trabalhando em um cartório, segundo um de seus biógrafos, Antonio
Loureiro de Souza. Foi também secretário do governo de Sergipe e Conselheiro do
Imperador D. Pedro II e um dos maiores especialistas em direito civil no Brasil
Imperial.
Mas, apesar de suas posições liberais na Câmara dos
Deputados, Rebouças "repudiou veementemente qualquer associação entre cor
e posições políticas ou condição social, segundo Keila Grinberg, autora da mais
completa biografia sobre o parlamentar. O motivo é simples. Como a maior parte
dos movimentos sociais e revoltas do Brasil, de então, tinha a participação dos
mulatos e negros (maioria da sociedade), reivindicando igualdade de direitos e
melhores condições de vida, Rebouças temia ser identificado como um radical.
Isso lhe valeu a crítica e o desprezo dos sabinos, que
liderados pelo médico mulato Francisco Sabino, na Bahia de 1837, tomaram
Salvador, capital da província, de assalto, destituindo o governo e nomeando um
governo independente. Em um conflito com notória dimensão racial, o mulato
Antônio Rebouças ficou do lado dos legalistas, organizando a resistência na
vila de Cachoeira, no recôncavo baiano, que derrotou os revoltosos.
Outro mulato, também baiano, destacou-se no Parlamento, no
século XIX. Trata-se do deputado geral Gê Acayaba de Montezuma, constituinte em
1846, já tendo sido ministro de várias pastas do Império na década de 30 dos
oitocentos. Foi condecorado visconde de Jequitinhonha por D. Pedro II.
Diferentemente de Rebouças, possuía origem abastada, tendo estudado direito na
prestigiosa Universidade de Coimbra, onde formou-se a maior parte da elite
política brasileira do século XIX, até a Independência.
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