segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

BBB2020 , A MIXÓRDIA Autor: Jorge Eduardo Garcia



Alguém já assistiu o BBB2020?
Não?
Que bom !!!
Eu assisti dois programas, inclusive o de ontem.
Minhas cataratas sofreram muito, mas fiquei firme diante daquela barbaridade levada ao ar pela emissora dos Irmãos Marinho.
É um programa sórdido, com mulheres repugnantes e homens asquerosos.
Casos de Família é um programa  do SBT que desde  2004 apresenta as mazelas, a pobreza, o desgosto, a escassez de bens materiais, a falta de educação e de cultura, da chamada  Classe Baixa ou Classes Baixas,  “ que apresentam dificuldades em manter as necessidades básicas do ser humano” segundo o economista alemão Max Weber.
Na minha ótica a Classe Baixa é que sofre mais do que chamo de “ PREGUIÇA SOCIAL”, logo o programa tem tristemente muito que mostrar.
Vê-lo é um exercício para entendermos o que se passa realmente na Sociedade Brasileira, não o que a Mídia Tupiniquim quer nos fazer engolir goela abaixo.
Mas, o BBB não é “isso”, é outra “coisa”, e uma “coisa” trágica.
Um bando de gente oriundos de só Deus sabe onde, com vivencias diferentes, com níveis sociais diferentes, com estruturas familiares diferentes, com educação básica e social diferentes, com zero de cultura geral, TODOS buscando o ESTRELATO.
Estrelato - significado: Posição de grande destaque social que alguém vivência por estar no auge de uma carreira artística, esportiva ou pública, fama, prestígio.
Os BBB buscam a FAMA de maneira sórdida, dormindo amontoados em pequenos espaços, sem tomar banho completo, comendo com uma voracidade que causa nojo, vestindo roupas ridículas, vexaminosas ( como uma lá que vive dentro de um reduzido duas peças com um bumbum que mais parece saco de batata de porta de venda), o que faz com que todos tenham um aspecto de sujos e mal lavados.
Isso sem falar na conversação que além de pobre de criatividade, mal elaborada,  desprovida de significados claros, é num linguajar rasteiro, verdadeira chulice.
Podemos qualificar a conversa BBB como verdadeira inurbanidade, uma conversa que falta urbanidade, civilidade.
Os que se apresentam no “ Casos de Família” vão para contar suas mazelas, e Cristina Rocha, uma apresentadora que sabe bem ouvir, os deixe muito à vontade para fazer, ou realizar, seus desabafos, suas catarses, lembrando que essas – a catarse – “ representa a cura de um paciente, que é alcançada através da expressão verbal de experiências traumáticas recalcadas”, segundo Freud.
No BBB não é assim, são minutos de demonstração de comportamento sórdido por um grupo  que deseja conquistar fama e um fugaz prestígio social custe o que custar.
Um moço com um cordão no pescoço,  cujo berloque era uma coroa, deitava uma falação canhestra como se fosse “ o gênio da raça”, mas que estava mais para “ o rei da cocada preta”, despertou em mim a vontade de adentrar pelo aparelho de TV e falar para ele o que o rei de Espanha falou para o ditador Hugo Chávez: ¿Por qué no te callas?
O moço não parava de falar, era irritante.
Mas, fazer o que?
Enfim...
BBB2020 solapa a MORAL.
BBB2020 prejudica as BOAS MANEIRAS.
BBB2020 propõe caminhos contraditórios para alcançar seus objetivos de vida.
BBB2020 é a apoteose da MEDIOCRIDADE.
Pobre Brasil.
Pobre Nação Brasileira.
Jorge Eduardo Garcia                                                           
São Paulo, 27 de janeiro de 2020