O grande Adoniran Barbosa,
nome artístico de João Rubinato, nascido em Valinhos, município brasileiro do Estado
de São Paulo, no dia 6 de agosto de 1910, e falecido em 23 de novembro de 1982 na
Cidade de São Paulo, com 72 anos, foi um compositor, cantor, humorista, ator,
que compôs os mais tradicionais sambas paulistas como “ O trem das onze”, o “ Saudosa
Maloca, que é considerado a porta de entrada de Adoniran no hall da fama de
compositores brasileiros”.
Contudo o
grande Adoniran Barbosa não “imprimiu” um rosto ao Carnaval da Cidade de São Paulo
como fizeram Tia Ciata, Pixinguinha, Donga, Heitor dos Prazeres, Cartola, Zé Keti,
Davi Nasser, o compositor e marchista Mario Lago, o marchista João Roberto Kelly
(Girinão Roberto Esteves Kelly), entre outros BAMBAS DO SAMBA, entre outros
BAMBAS DAS MARCHINHAS, que imprimiram um rosto ao Carnaval do Rio de Janeiro.
Contudo o
grande Adoniran Barbosa não “imprimiu” um rosto ao Carnaval da Cidade de São Paulo
como fizeram o Olodum, os Filhos de Ghandi, o Ilê Aiyê, o Chiclete com Banana,
a cantora e ativista social Daniela Mercury, entre outros, que imprimiram um
rosto ao Carnaval de Salvador, ou imprecisamente Carnaval da Bahia.
Contudo o
grande Adoniran Barbosa não “imprimiu” um rosto ao Carnaval da Cidade de São Paulo
como o “ jornalista Oswaldo Oliveira, na edição de 9 de fevereiro de 1907 do Jornal
Pequeno, que fez a primeira referência ao FREVO, declarado Patrimônio Imaterial
da Humanidade pela UNESCO em 2012, e que com essa publicação imprimiu um “rosto” ao Carnaval de Recife, no Carnaval de Pernambuco”.
Sem um “rosto”
definido o senhor Alexandre “ Alex” Youssef, promotor cultural da Cidade de São
Paulo, que parece ser o novo inspirador do carnaval paulista, pode definir esse
“rosto” ao seu bel-prazer, pode impor aos blocos carnavalescos que pululam pela
Paulicéia Desvairada a regra de que as tradicionais marchinhas carnavalescas não
podem ser tocadas, devem ser banidas do imaginário popular, pois elas são “politicamente incorretas”.
É um direito
dele, segue quem quiser.
Só não pode
querer impor sua regra contra as tradicionais marchinhas carnavalescas, pois elas
são “politicamente incorretas”, ao Carnaval Carioca.
Não pode
mesmo.
Só não pode
querer impor sua regra contra as tradicionais marchinhas carnavalescas, pois elas
são “politicamente incorretas”, ao Carnaval de outras cidades pelo Brasil Varonil,
oba, oba.
Não pode
mesmo.
Até porque essa regra 'politicamente correta' fere “ uma das principais funções da
democracia que é a proteção da liberdade de expressão”.
O senhor Alexandre
“ Alex” Youssef, promotor cultural da Cidade de São Paulo, que parece ser o
novo inspirador do carnaval paulista, com apoio da GloboNews, pode considerar que
o carnaval é democrático (declaração que por si só a transforma em um conceito
paulistano), e que nele – o democrático carnaval- vale todos os ritmos, em uma
guerra declarada aos Sambas e Marchinhas cariocas, mas não é bem assim.
Quem quer
tocar outros ritmos não faz carnaval, no conceito brasileiro dessa palavra, mas
sim shows durante o período carnavalesco, “que ocorre antes da estação
litúrgica da Quaresma, do Tempo da Quaresma, que antecede a Páscoa cristã”, e
como shows devem ser consideradas essas manifestações musicais-populares.
Nada tenho
contra esses shows com cantores sertanejos, com amantes do Beatles, com
funkeiros, etc., muito pelo contrário, só considero que não podem ser
considerados como carnaval no sentido brasileiro dessa festa popular.
Que se monte
Trio- elétricos com DJ, com cantores sertanejos, com amantes do Beatles, com
funkeiros, etc., mas que essas pessoas deem a Cesar o que é de Cesar, ou seja, aos
Sambas, as Marchinhas, o local que é delas por direito de nascimento, por direito
de conquista de gerações e gerações, no Carnaval carioca, no coração do povo
carioca, em muitos dos corações dos brasileiros, e ponto final.
Sem mais...
Jorge
Eduardo Garcia