Nesse ano de 2016 peço a Deus que o Mundo
cultue a BELEZA em todas as suas formas, como os antigos gregos faziam.
Friné
Julgamento de Friné
Friné em
frente ao Areópago, 1861,
Jean-Léon
Gérôme.
*Vesoul, 11 de
maio de 1824 — + Paris, 10 de janeiro de 1904
Escultor e pintor
academicista francês.
Acusada de profanar os
Mistérios de Elêusis foi defendida pelo orador Hipérides, um de seus amantes.
O discurso de acusação, de
acordo com Diodoro periegetes, citado por Ateneu XIII.591e, foi escrito por
Anaxímenes de Lâmpsaco.
Quando Hipérides percebeu que
o veredicto seria desfavorável, rasgou o manto da bela Friné exibindo seus
seios, conseguindo com isso a mudança no julgamento dos juízes que a
absolveram.
Outra versão diz que ela mesma
tirou suas roupas.
A mudança no julgamento dos
juízes não foi simplesmente porque eles ficaram fascinados pela beleza de seu
corpo nu, mas sim porque, naquela época, a beleza física era muitas vezes vista
como um aspecto da divindade ou um sinal de favor divino.
Friné na
Celebração à Poseidon, ou Possêidon, deus supremo do mar, conhecido pelos
romanos como Netuno, no “ Mistérios de Elêusis”, ritos de iniciação ao culto
das deusas agrícolas Deméter e Perséfone,
De Nikolay
Pavlenko.
Cópia de pintura
de Henryk Siemiradzki, 1889
Mnesarete (em grego Μνησαρετή)
era seu verdadeiro nome, mas devido à sua tez amarelada, ela foi chamada de
Friné (Sapo), apelido dado por outras cortesãs, no Brasil também é conhecida
como Frinéia.
Nasceu em Téspias na Beócia
mas acredita-se ter vivido em Atenas, cerca de 400 A.C.
Adquiriu tanta riqueza por sua
extraordinária beleza que se ofereceu para reconstruir os muros de Tebas
(Grécia), que haviam sido destruídos por Alexandre, o Grande (336 aC), na
condição de que as palavras "Destruído por Alexandre, restaurado por Friné
a hetaira", fossem inscritos em cima deles, as autoridades rejeitaram a
oferta.
Bela e famosa. Por ocasião de
um Festival de Posidão em Elêusis, ela colocou de lado suas roupas, soltou os
cabelos, e entrou nua no mar, à vista do povo, inspirando o pintor Apeles, em
sua grande obra "Afrodite Anadyomène" (às vezes também retratada como
"Vênus Anadyomène "), para o qual Friné posou como modelo.
Devido à sua beleza, ela também
inspirou mais tarde a pintura do artista Jean-Léon Gérôme, "Friné devant
l'Areopage" (Friné antes do Areópago, 1861), bem como outras obras de arte
ao longo da história. Ela foi também (segundo alguns), o modelo para a estátua
da Afrodite de Cnido por Praxíteles.
Olavo Bilac poeta brasileiro,
membro fundador da Academia Brasileira de Letras, em sua obra "Sarças de
Fogo" descreve o julgamento da bela Friné na poesia "O Julgamento de
Frinéia" em 1888.
Charles Baudelaire, em seus
poemas Lesbos e La beauté e Rainer Maria Rilke em seu poema Die Flamingos foram
inspirados pela beleza e fama de Friné.
De um ponto de vista musical,
Friné foi objeto de uma ópera de Camille Saint-Saëns: Phryne (1893).
No cinema Friné é referenciada
no Filme de 1951 de Alessandro Blasetti, "ALTRI TEMPI" onde o oitavo
e último episódio é "IL PROCESSO DI FRINE"
Pode- se encontrar outras
referências à Friné como o asteroide que foi descoberto em 15 de setembro de
1933 por Eugène Joseph Delporte "1291 Phryne" .