sábado, 1 de agosto de 2015
Agora é publica a Herança Maldita de Roberto Dinamite.
Eu classifiquei como Herança
Maldita a gestão de Roberto Dinamite no Gigante da Colina, no tradicional Clube
de Regatas Vasco da Gama, em meu artigo de domingo, 26 de julho de 2015- A
Herança Maldita de Roberto Dinamite – aqui publicado, escrevendo:
Não tem jeito a passagem de
Carlos Roberto de Oliveira, mais conhecido como Roberto Dinamite, na presidente
do Club de Regatas Vasco da Gama entre 2008 e 2014, foi uma lastima, foi
lamentável, e ele conseguiu puxar para cima do Gigante da Colina uma terrível
maldição.
Não tem vela atrás do gol, nem
uniforme bento na Bahia, nem galinha preta no teto no vestiário da equipe
rival, nem reza braba, que quebre a maldição da Herança Maldita de Roberto
Dinamite.
Essa é que é a verdade.
Agora, os responsáveis pelo
Vascão confirmam de público o que eu revelei, leiam o abaixo da lavra de Edgard
Maciel de Sá e Raphael Zarko:
Penhoras ameaçam Vasco, e
diretoria culpa Dinamite: ''A gente tem crédito"
Vice jurídico ressalta trabalho
para contornar o que chama de herança absurda. Alívio só em setembro com Caixa
e se sair MP do Futebol: ''Não vamos fechar as portas''
De herança maldita para
herança absurda. A troca da gestão Dinamite para Eurico é também uma toma lá dá
cá de acusações dos dois lados. Em meio ao momento delicado dentro de campo no
Campeonato Brasileiro, com risco de terminar a rodada na lanterna e há 13
rodadas na zona de rebaixamento, com apenas 12 pontos ganhos em 16 partidas, o
clube tenta "se virar" fora dele, como diz o vice-presidente jurídico
Paulo Reis, em meio a pedidos de penhora e de execução que chegam a todo momento.
Segundo o advogado, culpa do que ele define como ''herança absurda'' deixada
pela antiga diretoria.
Na antiga gestão Dinamite, o
próprio presidente ex-jogador usava termos parecidos e o ex-vice de finanças
Nelson Rocha também falava em "herança maldita" e colocava a culpa
nas contas das administrações de Eurico Miranda e Antônio Soares Calçada. Rocha
chegou a declarar em março de 2011 que o clube já havia pago R$ 115 milhões em
dívidas criadas pela gestão anterior. Já o atual vice jurídico defende o
trabalho do presidente Eurico, que na semana que vem deve convocar coletiva
para abrir a série de pagamentos realizados e expor as várias confissões de
dívidas que chegaram desde que assumiu o clube novamente em dezembro do ano
passado. Segundo cálculos, o clube pagou mais de R$ 25 milhões em dívidas no
atual mandato.
- A diretoria antiga deixou
inúmeras dívidas, níveis incalculáveis, não tem como mensurar. A cada dia que
passa surge uma confissão de dívida absurda. Temos tentado resolver de todas as
formas fazendo acordos, regularizando as situações... É difícil, vai demorar,
mas o Vasco não vai fechar as portas. Se a antiga diretoria não tinha crédito,
a atual tem. Tanto que estamos conseguindo alguns avanços. Não uso o termo
herança maldita. Mas é uma herança absurda que deixaram para o clube.
Sinceramente? Tem cobrança de jogador que eu nem lembrava que tinha jogado no
Vasco - resumiu Reis.
A última frase do vice
jurídico se refere ao caso do meia Caíque. Recentemente, a empresa Think Ball,
que agencia a carreira do jogador, entrou na Justiça pedindo a penhora de parte
do contrato com a Vitton 44 por causa de uma dívida de cerca de R$ 60 mil.
Entre 2010 e 2011, o atleta disputou 12 jogos e marcou um gol pelo clube. Em
resposta à ação, revelada pelo site da ESPN, o Vasco disse que ''como uma bola
de neve, a situação se agrava a cada dia, tornando cada vez mais difícil a
continuidade do clube. O risco de prejuízo irreparável é inegável''. A mesma
Think Ball cobra R$ 200 mil da passagem do meia Douglas, hoje no Grêmio, pelo
clube também a título de agenciamento e intermediação na contratação.
A prática de se colocar em
posição de fragilidade é comum entre departamentos jurídicos de clubes de
futebol, que aguardam ansiosamente pela sanção da MP do Futebol, que vai
alongar as dívidas fiscais e tributárias com o governo de cinco para 20 anos.
Hoje, por mês, especula-se que quase R$ 3 milhões sejam apenas para acordos
estaduais e federais que entrariam na conta dessa renegociação e ficariam bem
mais suaves a cada mês.
- O caso do Caíque é coisa de
comissionamento da transação. Essa mesma empresa também trabalha com o Douglas.
Fora as confissões de dívida que foram feitas nas vésperas da mudança que
diretoria. Cada dia aparece algo novo. Temos um mutirão de pessoas trabalhando
na área fiscal, cível, trabalhista.... Esperamos conseguir regularizar boa
parte dos problemas nesse primeiro mandato, mas não é fácil.
Os acordos trabalhistas custam
ao clube R$ 575 mil por mês. A dívida com o Tribunal Regional do Trabalho do
Rio de Janeiro chega quase a R$ 31,5 milhões. Ela só será quitada no fim de
2019 caso o clube consiga pagar em dia. Os problemas com a União por créditos
públicos em dívida ativa representam quase R$ 63 milhões. Só essa dívida tira
dos cofres vascaínos mais R$ 1,2 milhão por mês. Já os valores referentes às
cotas de televisão estão quase todos penhorados ou adiantados.
A segunda parcela do novo
contrato de patrocínio com a Caixa, cerca de R$ 4 milhões, entrará nos cofres
em setembro. A primeira foi logo após a renovação no fim de maio e a terceira
virá em janeiro de 2016. Com os problemas que surgem a cada dia, o Cruz-Maltino
tem recorrido a pequenos empréstimos e ajuda de empresários para deixar os
salários em dia. Nos últimos dois meses, o pagamento não saiu no dia 10, mas
caiu na conta dos funcionários pouco depois.
Do contrato com a Umbro, o
clube só vai voltar a receber em novembro. No ano passado, houve adiantamento
na assinatura do contrato - que previa a quantia de R$ 400 mil por mês.
Recentemente, no entanto, a fornecedora pagou a premiação prevista pelo título estadual.
O acordo com a Vitton 44 é um dos poucos que entra no cofre do clube
mensalmente. O valor para a temporada 2015 chega a R$ 7 milhões - divididos por
meses desde a assinatura. Em 2016, a previsão é de R$ 11 milhões.
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