Nesse momento que se rediscute
a Educação e a Cultura no Brasil temos que ter em mente que uma Nação só se
faz, e se mantem, com educação e cultura, o resto é conversa fiada.
Voltemos nos tempos, ao maior
dos maiores governantes das Nações de língua portuguesa, Sua Majestade Imperial
e Fidelíssima o senhor Dom João Maria José Francisco Xavier de Paula Luís
António Domingos Rafael de Bragança, pela Graça de Deus Dom João VI & I,
Imperador do Brasil, e Rei do Reino Unido de Portugal e dos Algarves, d'Aquém e
d'Além-Mar em África, Senhor da Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio da
Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, etc..
Gênio absoluto da Raça,
Soberano de notável senso político, ainda Sua Alteza Real, O Príncipe Regente, conseguiu
realizar uma proeza que nenhum outro Monarca Europeu consegui, ou seja, enganou ao todo poderoso em armas General Napoléon Bonaparte, agora Sa Majesté Impériale
et Royale Napoléon Ier l'empereur des Français, roi d'Italie, protecteur de la
Confédération du Rhin, médiateur de la Confédération helvétique.
Em suas conversas no exilio na
Ilha de Santa Helena, em meio ao Atlântico Sul,
afirmou que “nunca esqueceu D. João VI, pois foi o único me enganou”.
Sábio João que não nasceu para
reinar , mas que em Mafra foi se refugiar para bem se educar.
Educado, consciente de quem
era, de sua obrigação em defesa de sua Dinastia, em defesa do Reino Continental
e do Império Transcontinental que a duras penas os que “ passaram ainda além da
Taprobana, em perigos e guerras esforçados, mais do que prometia a força
humana, e entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram”, Dom João adotou o “estilo atoleimado” para
poder sobreviver em meio a uma Corte dividida entre o partido francês e o
partido inglês, entre cortezões que
pensavam mais em seu bem estar do que no Portugal Glorioso.
Dom João era Portugal e
Império, e Portugal e Império era Dom João.
Vindo morar no Principado do
Brasil, deu ordem para que os livros da Biblioteca Real fossem embalados, e por
quê?
Sabia o senhor Dom João que
estava mudando a capital da Dinastia de Bragança de Lisboa para o Rio de
Janeiro e sabia, também, que para reconquistar Portugal Continental para sua
descendência era necessário a formação de uma Nação Lusófono, uma Nação quem
tem a língua portuguesa como língua materna, consequentemente uma Nação de
homens civilizados, educados, cultos letrados.
Essa Biblioteca do Rei é a
base “ do acervo da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro”, uma nobre
biblioteca tão vilipendiada pelas classes dirigentes brasileiras de hoje.
Só a Mão de Deus é que está
salvando a Biblioteca Nacional do mesmo destino do Museu Nacional, vinculado à
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em mãos do PC do B, ou seja, de
um monumental incêndio.
Aqui instalado, o Príncipe
Regente assiste a Queda de Napoleão, mas, não esquece da Nação em formação nos
Trópicos, tanto que apoiou convite feito por António de Araújo e Azevedo,
primeiro conde da Barca, pelo embaixador Pedro José Joaquim Vito de Meneses
Coutinho, Marquês de Marialva, e pelo encarregado de negócios em Paris,
Francisco José Maria de Brito, a artistas e artífices franceses
E que convite foi esse?
O convite visava a organização
de uma Missão Artística Francesa, tendo como “objetivo o desenvolvimento das
Belas-Artes no Brasil introduzindo o sistema de ensino superior acadêmico”.
Em 12 de agosto de 1816 o
senhor Dom João decreta que:
"Atendendo
ao bem comum, que provêm aos meus fiéis vassalos, de se estabelecer no Brasil
uma Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, em que se promova e difunda a
instrução e conhecimentos indispensáveis aos homens destinados não só aos
Empregos Públicos da Administração do Estado, mas também ao progresso da
Agricultura, Mineralogia, Indústria e Comércio, de que resulta a subsistência,
comodidade e civilização dos povos, maiormente neste continente, cuja extensão,
não tendo o devido e correspondente número de braços indispensáveis ao amanho e
aproveitamento do terreno, precisa de grandes socorros da prática para aproveitar
os produtos, cujo valor e preciosidade podem vir a formar do Brasil o mais rico
e opulento dos Reinos conhecidos, fazendo-se, portanto, necessário aos
habitantes o estudo das Belas-Artes com aplicação e referência aos ofícios
mecânicos, cuja prática, perfeição e utilidade depende dos conhecimentos
teóricos daquelas artes, e difusivas luzes das ciências naturais, físicas e
exatas; e querendo, para tão úteis fins aproveitar, desde já, a capacidade,
habilidade e ciência de alguns dos estrangeiros beneméritos que têm buscado a
Minha Real e Graciosa Proteção, para serem empregados no ensino da instrução
pública daquelas artes: Hei por bem, e mesmo enquanto as aulas daquelas artes e
ofícios não formam a parte integrante da dita Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios
que Eu Houver de Mandar estabelecer, se pague anualmente etc…
E esse foi o Grande Passo para
o desenvolvimento da educação e da cultura no Brasil.
“ Em 26 de março de 1816, a bordo do navio Calpe,
escoltado por navios ingleses, e era formado, segundo Neves, por Joachim
Lebreton, o líder, Jean Baptiste Debret, pintor histórico, Nicolas-Antoine
Taunay, pintor de paisagens e cenas históricas, Auguste Henri Victor Grandjean
de Montigny, arquiteto, junto com seus discípulos Charles de Lavasseur e Louis Ueier,
Auguste Marie Taunay, escultor, Charles-Simon Pradier, gravador, François
Ovide, mecânico, Jean Baptiste Leve, ferreiro, Nicolas Magliori Enout,
serralheiro, Pelite e Fabre, peleteiros, Louis Jean Roy e seu filho Hypolite,
carpinteiros, François Bonrepos, auxiliar de escultura, e Félix Taunay, filho
de Nicolas-Antoine, ainda apenas um jovem aprendiz. Muitos deles trouxeram suas
famílias, criados e outros auxiliares como Sigismund Neukomm, músico, e Pierre
Dillon, secretário de Lebreton., mas seis meses mais tarde, uniram-se ao grupo
Marc Ferrez, escultor (tio do fotógrafo Marc Ferrez) e Zéphyrin Ferrez,
gravador de medalhas”.
E de chorar de emoção.
O senhor Dom João nos
primórdios do século XIX dota o Brasil de Homens de Cultura , nos presenteia
com “ cidadãos livres e profissionais,
não mais submetido à Igreja e seus temas e doutrinas”, para colaborarem
com o nosso desenvolvimento como Nação
Livre, Soberana, Altaneira, Florão da América iluminado ao sol do Novo Mundo.
Nesses tempos de tanto descaso
pela Nação Brasileira chega a dar dor no coração, faz nossa alma chorar.
Precisamos de educação.
Precisamos de cultura.
Dom João VI amou o Brasil e
daqui não queria sair.
Voltou obrigado sabendo que ia
morrer logo.
E foi assassinado.
Precisamos de lembrar dos
esforços de Dom João VI na Hora H da fundação da Nação Brasileira.
Precisamos, mas precisamos
mesmo, gritar a plenos pulmões que
amamos o Brasil.
Educação e Cultura SIM, ideologismo
NÃO.
Essa é minha opinião e ponto
final.