Tela de William Hogarth (Londres, 10 de novembro de 1697 —
Londres, 26 de outubro de 1764) foi um pintor, gravador e ilustrador inglês.
Seu trabalho se estendeu de excelentes retratos realistas a histórias em
quadrinhos como séries de imagens chamadas "assuntos morais
modernos". Muito do seu trabalho, embora às vezes vicioso, satirizavam a
política contemporânea e as alfândegas. Ilustrações de tal estilo são muitas
vezes referidas como Hogartianas.
William Hogarth nasceu em Bartholomew Close, Londres,
filho de Richard Hogarth, um pobre professor de latim e escritor de livros
didáticos, e Anne Gibbons. Em sua juventude, ele foi aprendiz do gravurista
Ellis Gamble em Leicester Fields, onde aprendeu a fazer gravaras de cartões de
comércio e produtos similares. Jovem, Hogarth também teve um vivo interesse
pela vida na rua da metrópole e as feiras de Londres, e divertiu-se desenhando
os personagens que ele via. Na mesma época, seu pai, que tinha aberto uma
cafeteria de língua latina mal sucedida na St John's Gate, foi preso por
dívidas na prisão de Fleet por cinco anos. Hogarth nunca falou da prisão de seu
pai
Descrição da tela:
As prostitutas estão roubando o relógio do Tom bêbado. No
chão, embaixo, à direita, há uma lanterna de vigia noturno a lembrança da
"noite selvagem" de Tom, o vigia, na cidade. A cena acontece no Rose
Tavern , um famoso bordel em Covent Garden . As prostitutas têm manchas pretas
em seus rostos para cobrir feridas sifilíticas.
SOBRE THE ROSE TAVERN COVENT GARDEN
Esta taberna notória, no lado
leste da rua Brydges, floresceu nos séculos XVII e XVIII, era vizinha do Teatro
Drury-lane, por isso havia uma estreita ligação entre essas duas casa de diversões
, já que ambas eram frequentada por cortesãos da nobreza e homens de letras, de caráter frouxo ou sem caráter
algum. [ conceito subjetivo do escritor do século XIX ]
Essa cena faz parte de Rake's
Progress, uma série de oito pinturas do artista inglês William Hogarth do
século XVIII.
Essa pintura - The Morning
Ramble, or the Town Humour – e de 1672.
O cenário é a "Rose Tavern, em Covent
Garden", um local de bêbados, de orgias a meia-noite, assaltos e assassinados, de “homens da moda”, que
eram chamados de "Hectors", um
termo baseado em Heitor, príncipe e um dos maiores guerreiros de Troia, cujo principal
prazer residia em frequentar as tavernas para enfrentar os bêbados que ficavam valentes
por causa do vinho.
"Os Hectors eram
corajosos, de fato! Naqueles dias que um homem não podia ir da Rosa Taverna
para a Piazza (?) sem se arriscar sua vida duas vezes pelo menos".
As mulheres de certa liberdade de caráter [ putas] frequentavam
as tavernas no começo do século passado ( XVIII) , e a ROSE, sem dúvida,
lembrava o foyer de um teatro. [ foyer sala nos teatros onde as pessoas podem reunir-se nos intervalos do
espetáculo].
Dramaturgos e poetas frenteavam
a Taberna e por volta de 1726 o aclamado John Gay ( poeta e dramaturgo inglês), em parceria com Alexander Pope( um dos maiores
poetas britânicos do século XVIII e tradutor de Homero ) e Jonathan Swift ( um
escritor anglo-irlandês, panfletário político (primeiro para os Whigs, depois
para os Tories, um libertino que se converteu e se tornou clérigo e posteriormente reitor da Catedral de São
Patrício, em Dublin) compuseram a celebre The Ballad of Molly Mogg, escrita em
homenagem a Molly Mogg, a bela garçonete do Rose e filha mais velha do
proprietário.
A balada galesa Gwinfrid Shones , impressa em 1733,
também foi um tributo a Molly Mogg.
O ator David Garrick quando ampliou o Drury-lane Theatre incorporou
a ROSE TAVERN na fachada projetada por Robert Adam, que manteve a placa oval da
antiga taverna.
Trechos do verbete de John Timbs
Club Life, de Londres, vol. II
Londres, 1866