Sabemos que Carlos Marighella,
o inimigo "número um" dos governos militares, foi ativo e importante membro
do velho Partido Comunista Brasileiro (PCB), o PARTIDÃO, um adepto ferrenho da
luta de classes armada, uma luta sem regras e sem quartel, uma luta de
guerrilhas e ataques furtivos aos centros militares, bancos, portos, ferrovias,
entre outros.
Seus companheiros eram
conhecedores das “obras de Karl Marx e Friedrich Engels, com ênfase no
marxismo-leninismo desenvolvidos por Vladimir Lênin, isso é “ a doutrina
oficial da tendência majoritária do movimento comunista”.
Com o PCB fora da Lei, Carlos Marighella
fundou a ALN (Ação Libertadora Nacional) para com ela angariar simpatizantes e
juntos combaterem os militares.
Assim, entre seus fiéis
companheiros estava um moço de 23 anos chamado Aloysio Nunes Ferreira, cuja função
era” dirigir o veículo -um Fusca roubado- usado na fuga dos parceiros”.
“ Aloysio nunca escondeu sua
relação com a guerrilha. Iniciou a militância no PCB quando estudante de
direito da USP. Dentro do partidão, seguiu a ala de Marighella, que via como
"herói", e partiu para a luta armada”. ( http://jornalggn.com.br/noticia/folha-resgata-passado-guerrilheiro-de-aloysio-nunes)
Abandonou as armas no Brasil e
foi para Paris onde “ emplacou textos de Marighella na revista do filósofo
francês Jean-Paul Sartre. "
“ Aloysio, de volta ao Brasil,
filiou-se ao MDB, embrião do PMDB, mas depois migrou para o PSDB”.
Tornou-se amigo de José Serra,
que era, e ainda é, comunista.
José Serra atuou na UNE (União
Nacional dos Estudantes) e como presidente da entidade estudantil fez um
discurso pela mobilização anti-golpe no Comício da Central do Brasil, do Rio de
Janeiro em 13 de março de 1964, aquele que apressou a queda de Jango.
“Serra eleito governador nomeou
a Aloysio Nunes Ferreira seu Chefe da Casa Civil, o tornado assim o homem mais
poderoso de seu círculo governamental”.
O doutor Aloysio ocupou os
seguintes cargos:
1- Deputado
estadual de São Paulo São Paulo – Período: 15 de março de 1983 até 1 de janeiro
de 1991;
2- Deputado
federal por São Paulo São Paulo – Período:1 de fevereiro de 1995 até 1 de
fevereiro de 2007;
3- Vice-governador
de São Paulo São Paulo – Período:15 de março de 1991 até 1 de janeiro de 1995;
4- Ministro da Justiça do Brasil do governo Fernando
Henrique Cardoso – Período: 14 de novembro de 2001 até 3 de abril de 2002;
5- Senador
por São Paulo São Paulo- Período: 1 de fevereiro de 2011 até 2 de março de 2017
quando se licenciou para assumir o MRE.
O que me chama muito atenção é
que o atual Chanceler, e senador da República licenciado, Aloysio Nunes Ferreira,
avalia dessa maneira sua atuação na guerrilha: "Atacávamos a ditadura por
uma via que não era democrática."
Vamos ver a sua atuação à
frente do Ministério das Relações Exteriores (ou Itamaraty), principalmente no
que tange aos reparos que precisam ser urgentemente realizados em nossa política
externa, uma política externa que foi “esculhambada” – não existe outro termo- pela
política internacional do Partido dos Trabalhadores – PT- capitaneada pelo senhor Marco Aurélio Garcia.
Enfim, como brasileiro e
nacionalista a moda antiga eu espero, chegando a torcer, para uma boa atuação
do cidadão Aloysio Nunes Ferreira como Ministro de Estado das Relações
Exteriores e faço votos para que Sua Excelência auxilie o Exmo. Senhor Presidente
da República na escolha de uma política externa atual, seria, dinâmica, confiável,
sem ranço partidário, e assim ambos honrem a Tradição da Diplomacia Brasileira iniciada
pelo Barão do Rio Branco.
É isso
Jorge Eduardo
Um velho nacionalista
apavorado com os rumos do Brasil
07/03/2017