Carlos Miguel
Castex Aidar (Olímpia, 25 de agosto de 1946) é um advogado e dirigente
esportivo brasileiro. Atualmente, é presidente do São Paulo Futebol Clube.
Presidente do São
Paulo por dois mandatos, entre 1984 e 1988, foi o idealizador, co-fundador e
presidente do Clube dos 13, entidade que reúne os maiores clubes do futebol
brasileiro que teve como uma das principais metas organizar a Copa União de
1987 que representaria o Campeonato Brasileiro desse ano.
Aos 37 anos de idade,
foi o mais jovem presidente do São Paulo.
O presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, recebeu na
segunda-feira (24) o plano de reforma de gestão elaborado pelo CEO Alexandre
Bourgeois, contratado em junho por indicação do empresário Abilio Diniz. O
plano transforma o São Paulo em um clube-empresa, tira poder executivo de
presidente, vices e diretores estatutários e coloca funcionários remunerados para
operar o dia a dia do clube.
Agora, Aidar terá de definir os próximos passos do plano de
reforma – que estava previsto em sua campanha presidencial, antes de ser
eleito. Cabe ao presidente passar para frente o projeto elaborado para que ele
saia do papel. A medida é vista internamente por parte da diretoria do São
Paulo como única saída pra resolver o delicado momento financeiro do clube, com
dívida avaliada em R$ 277 milhões, e para que possa criar um fundo de
investimento cujo objetivo é liquidar a dívida bancária do clube.
Uma vez que implemente a governança corporativa, o São Paulo
ganha um certificado de credibilidade e abre caminho para negociar com bancos e
captar recursos em curto prazo, além de transparecer segurança para
investidores.
"A ideia do organograma seria você ter um comitê gestor
que seria presidido e comandado pelo presidente do clube. Abaixo desse comitê
você tem o CEO e os executivos, com o CEO se reportando ao presidente",
disse Alexandre Bourgeois ao UOL Esporte.
No plano, o presidente do clube passaria a ser presidente do
conselho de administração do clube, ainda com o poder da caneta.
O plano entregue por Bourgeois não estabelece número de
pessoas no conselho de administração.
A ideia inicial no exemplo apresentado por Abilio Diniz ao
conselho deliberativo do clube era ter nove pessoas no comitê – presidente,
cinco vices, presidente do conselho deliberativo e dois são-paulinos ilustres.
"Isso está aberto para discussão. Pode ser cinco, sete,
nove, depende da composição. Não tem número fechado. Se você olhar de empresa
para empresa, tem conselho de administração com 13 pessoas, com cinco
pessoas... Depende", acrescenta Bourgeois.
O plano de profissionalização teve aceitação praticamente
unânime no conselho deliberativo do São Paulo quando explicado por Abilio
Diniz, a convite de Aidar e do presidente do conselho, Carlos Augusto de Barros
e Silva, o Leco.
Para que seja colocado em prática, primeiro – em teoria –
ainda teria de passar pelo conselho deliberativo mais uma vez porque será necessário
modificar o estatuto do clube para alterar as atribuições dos cargos
estatutários como os de vice-presidentes de departamentos, que deixarão de
participar das funções executivas.
Os obstáculos
neste momento para a implementação da governança corporativa estão na
resistência dos dirigentes estatutários, não-remunerados, que perderão poder de
execução e decisão em seus departamentos após a contratação de profissionais.
(GRIFO MEU, OU SEJA, O FIM DA BOQUINHA)
Tal resistência faz com que desde a apresentação do projeto
o CEO passe por um processo de fritura dentro do clube.
Por Guilherme Palenzuela, do UOL Esporte - 26/08/2015 11:01
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