Renan Calheiros contribuiu
para a desestabilização interna do PT com sua ideia de preservar os Direitos Políticos
de Dilma Rousseff, pois não há espaço para duas lideranças com estilos fortes (uma
tradicional- sindicalista, e outra dita “ injustiçada” bizolaestalinista) num
partido político em crise, não há.
A Bíblia já diz que ninguém pode
servir a dois senhores, conforme o evangelho de Mateus, capitulo 6, versículo
24, que diz: Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e
amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro.
Ou os petistas amarão e seguirão
a Lula, ou amarão e seguirão a Dilma.
Nenhuma liderança nacional
nova - Tarso Genro ou José Eduardo Cardozo- estará imune a essa situação criada
por Renan Calheiros.
No Mundo da Esquerda vemos
historicamente este exemplo com Josef Stalin versus Leon Trótski, assassinado
no México, em sua casa de Coyoacán, no dia 21 de agosto de 1940.
Não podia haver dois homens
fortes na URSS.
No Mundo Nazista vemos
historicamente este exemplo com Adolfo Hitler, Chanceler da Alemanha desde 30
de janeiro de 1933, versus a dupla Gregor Strasser & Ernst Röhm (ou Roehm),
assassinados no episódio conhecido como “ a Noite das facas longas” ocorrida na
Alemanha, na “ noite do dia 30 de junho para 1 de julho de 1934, quando a
facção hitlerista do Partido Nazista realizou uma série de execuções políticas
extrajudiciais tornado assim seu líder a única liderança válida dentro do
partido”.
Não podia haver três homens fortes
no Estado Nazista.
Mais isso não quer dizer que
Lula mandará matar fisicamente a Dilma, ou vice-versa, porém, em dado momento,
um tentará anular a influência do outro dentro do partido cometendo assim um “
assassinato” político-partidário.
Não há espaço para
assassinatos, e vencerá, como sempre, o mais hábil, ou os dois serão derrotados
e um novo líder poderá surgir.
Na minha ótica, ao meu ver,
Renan Calheiros proporcionou uma “ vitória de Pirro” a Dilma Rousseff, pois a
manutenção de seus Direitos Políticos criou para ela duas opções:
Primeira – Buscar custe o que
custar se impor como a Grande liderança política de oposição, o que não será fácil
devido a divisão interna do PT, e as ambições de Lula;
Segundo – Se anula, passando
para segundo plano, para ser usada quando as conveniências surgirem, sob a Grande
liderança política de oposição exercida pelo seu criador Luis Inácio Lula da
Silva.
Deixo claro que o impeachment de Dilma Rousseff será usado exaustivamente pela esquerda como arma de pressão oposicionista per
omnia saecula saeculorum, já que suas tradicionais bandeiras estão em frangalhos,
e os da esquerda atual são incapazes de realizar uma autocrítica.
Enfim, pobre povo brasileiro
que a tudo isso assistiu e que muita coisa nefasta ainda vai assistir.
Jorge Eduardo Garcia
São Paulo 01 de setembro de
2016