Não sei precisar há quanto
tempo apareceu no cenário nacional a figura do Malandro Cocô.
Sei que virou uma figura
institucional.
Diferente do antigo malandro,
que faz a malandragem e fica na encolha, ele, o Malandro Cocô, se exibe em toda
a sua pretensa onipotência, numa demonstração de que é capaz de fazer tudo, que
não tem dificuldade nenhum, que é o semideus todo-poderoso.
O pior é que ele acredita
nisso sinceramente.
Nesse estágio o Malandro Cocô
faz das suas as claras, a luz do dia, na frente de todos, até das câmaras de
Televisão, sem temer as consequências, afinal ele está acima do bem e do mal.
O velho malandro faz das suas
na surdina, e obtido o resultado vai se esconder em seu mocó.
O Malandro Cocô pavoneasse com
o resultado de sua malandragem, e ainda, balangando a pança por aí, reclama se alguém
não admira suas habilidades.
Vemos esse fenômeno no meio político,
chega a ser trágico.
Vemos na CBF, passando pelos
Clubes de Futebol, e chegando aos campos durante as partidas.
O jogador Malandro Cocô, na
frente de todos, das câmaras do “ tira a teima”, comete as maiores barbaridades,
faz das suas, e depois vai reclamar com o juiz de que não fez nada.
Chega a ser escroto.
Nesse último mês vi dois golos
marcados por conta dos Malandros Cocô, que suas excelências compactuaram com
eles.
Fiquei enojado.
Me deu nojo.
Tive engulho.
Mais, o que fazer se o nosso
Brasil, antes varonil, se tornou a pátria do Malandro Cocô?
E de se pensar.
Jorge Eduardo Fontes Garcia
São Paulo 27/09/2015