Eu venho falando que
os juízes estão atrapalhando o espetáculo, por isso, vou publicar o que escreveu
em seu Blog o cara que na minha opinião mais conhece hoje a História do Futebol
Mundial e Nacional, sendo excelente comentarista: PVC
O Corinthians abriu sete pontos, alcançou 49 contra 42 do Atlético.
Repete exatamente o que aconteceu nos Campeonatos Brasileiros de 2013 e 2014. O
Cruzeiro tinha 46 contra 42 do Botafogo há dois anos e contra os mesmos 42 do
São Paulo, há um ano.
Na 22ª rodada, igualzinho ao
Corinthians, conseguiu a vantagem sobre o segundo colocado que nenhum líder
jamais perdeu.
Lembre-se do São Paulo, que
reverteu oito pontos de vantagem do Grêmio, quando estava em quinto lugar, no
22º jogo de 2008. Ou do Flamengo, 11º colocado, com 11 pontos a menos do que o
Palmeiras na 22ª rodada de 2009. Virou e foi campeão. Mas o primeiro colocado
não tinha sete pontos acima do segundo lugar.
O conforto era menor.
Quando teve toda essa
diferença, o líder nunca perdeu a taça.
Claro que há uma diferença
entre o Corinthians de hoje e o Cruzeiro de ontem e ela ficou explícita com os
gritos da torcida atleticana no Horto, quarta-feira à noite: “Doutor, eu não me
engano, o juiz é corintiano” e “Corinthians, Corinthians! ”
O problema dos erros de
arbitragem não é desfavorecer o Atlético ou favorecer o Corinthians. É tirar a
sensação de equilíbrio do melhor Campeonato Brasileiro dos últimos anos.
Se o Corinthians é líder, é
porque não perde nenhum jogo há 14 rodadas, porque tem a defesa menos vazada —
só 15 gols sofridos em 22 jogos –, pela força do elenco e pela compactação da
equipe.
Mas esses juízes sem juízo…
Sandro Meira Ricci tem tido
atuações trágicas desde que voltou da Copa do Mundo. No primeiro semestre,
prejudicou o Corinthians com a expulsão de Émerson. Neste Brasileirão, foi
muito mal no Fla-Flu e marcou o pênalti inexistente a favor do Atlético, contra
o Palmeiras.
Ops… A favor do Atlético.
Então não há só erros
favoráveis ao Corinthians.
Quando não erra, seu
assistente a mata. Fábio Pereira anulou o gol legalíssimo de Cícero, com o qual
o Fluminense empataria a partida contra o Corinthians, em Itaquera.
E Marcelo de Lima Henrique? A
expulsão de Marcos Rocha no Horto, ontem à noite, foi rigorosa, como também foi
a de Leonardo Silva em Chapecó, três semanas atrás. Lances assim mudam um jogo.
Repetidos, mexem com o campeonato.
Uma lástima!
Não se trata de beneficiar o
Corinthians, mas de prejudicar a credibilidade e acabar com a percepção de que
o torneio é isento. Sérgio Corrêa prometia três anos atrás que três anos depois
o nível da arbitragem seria melhor. Seria hoje o prazo para a renovação dar
resultado.
É justo dizer que estava certo
com Anderson Daronco ou com Dewson Fernando Freitas. Talvez sejam os árbitros
mais antigos o maior problema. Não importa.
É um pecado o Brasileirão em
que o jogo flui e a torcida lota estádios ser tão prejudicado pelo apito.
Ah, esses juízes sem juízo.
É o que eu digo, ou
não é.
Jorge Eduardo Fontes
Garcia
Paulo Vinicius Coelho
É colunista da Folha de S. Paulo, comentarista da Fox e blogueiro do UOL. Jornalista desde os 18 anos, descobriu ao completar 36 que já tinha mais tempo de jornalismo do que de sonho. Ou seja, mais anos no exercício da profissão do que tinha de idade quando publicou sua primeira matéria. Trabalhou na revista Placar, diário Lance!, ESPN Brasil, cobriu as Copas de 1994, 1998, 2006, 2010 e 2014, esteve em sete finais de Champions League.