A arbitragem, patrocinada pela Crefisa, entrou em ação. Anulou gol legítimo da Ponte. Ajudou o Corinthians a chegar à semifinal do Paulista. O bandeira Vicente Romano foi o melhor jogador de Tite…
A arbitragem, patrocinada pela Crefisa, entrou em ação logo no primeiro jogo das quartas-de-final. Mostrou sua incompetência. A Ponte Preta teve um gol absurdamente anulado, quando dominava o Corinthians e a partida estava 0 a 0. O bandeira Vicente Romano Neto inventou impedimento.
O lance foi claro, vergonhoso. Ajudado, o time de Tite se recuperou na partida e venceu o dificílimo jogo por 1 a 0, gol de Renato Augusto. Foi muito injusto o que aconteceu no Itaquerão. A maneira que o Corinthians chegou à semifinal do Paulista acabou sendo constrangedora.
Logo na manhã deste sábado, uma surpresa nada agradável para Tite. Guerrero acordou com febre alta, suando e com fortes dores no corpo. Os sintomas clássicos de dengue. Guerrero foi internado imediatamente no hospital São Luiz. A previsão do departamento médico corintiano é que, se confirmada a doença, o peruano ficará dez dias, no mínimo, longe do futebol.
Se isso se confirmar, o artilheiro perderá jogos fundamentais. Como o contra o San Lorenzo, no Itaquerão, na quinta-feira. A esperança é que se recupere a ponto de enfrentar o São Paulo, no último jogo da fase de grupos da Libertadores.
O desfalque de Guerrero mudaria toda a maneira de o Corinthians atacar. O time está mais do que habituado em atuar com o peruano como referência no ataque, fixo. Brigando, prendendo dois zagueiros. Com Vagner Love, as características do ataque se transformariam. Não haveria mais um atleta como referência na frente. A defesa rival teria mais tranquilidade não só para marcar, como sair com a bola dominada.
O duelo entre Tite e Guto Ferreira mereceu um capítulo à parte. Os dois se conhecem muito. Guto foi auxiliar do próprio Tite por dois anos no Internacional, entre 2008 e 2009. Continuam grandes amigos. As conversas sobre futebol são constantes. Cada um sabe como o outro pensa.
E Guto começou a agir ainda durante a semana. Fez seu time treinar em gramado rente e molhado, para a bola correr muito, como no gramado do Itaquerão. Os atletas foram obrigados a usar travas de alumínio, que muitos não gostam. Tudo para que seu time treinasse com toda a intensidade com que sonhava anular o time do amigo.
Guto tratou de tirar um meia e colocar mais um volante. Sabia que o ponto forte corintiano está no meio de campo, com seus jogadores se aplicando para dominar o setor. E assim controlar o adversário. Atacar e defender em bloco. Com o apoio dos laterais. A maneira mais comum que os grandes times europeus atuam.
Para o veneno, o antídoto. Com nada menos do que quatro volantes com forte pegada, Juninho, Fernando Bob, Josimar e Bruno Silva, o oxigênio não chegava aos pulmões corintianos. Elias, Jadson, Renato Augusto e Emerson era muito bem vigiados. Quase não conseguiram jogar no primeiro tempo.
Apenas o volante da Seleção Brasileira teve uma ótima chance. Fagner e Jadson tabelaram e abriram a defesa. A bola foi rolada para Love que descobriu Elias livre, na entrada da área. Em vez de correr mais com a bola, afobado, chutou fraco para fácil defesa de Matheus.
O lance aos dez minutos o que o Corinthians fez de melhor no primeiro tempo. A Ponte Preta foi ganhando confiança por conseguir anular o adversário. Os atletas percebiam a afobação dos corintianos. Não tinham paciência para se livrar dos adversários. Precipitavam jogadas.
Inteligentes, os jogadores rodados de Campinas como Renato Cajá e Rildo encontravam espaço por trás de Ralf e Elias. Começavam a incomodar, encontrar espaço. Principalmente pelas laterais. Tanto Fagner como Uendel estavam sobrecarregados. A Ponte tinha maior posse de bola do que o Corinthians no Itaquerão, um feito.
Cássio já tinha feito duas ótimas defesas, quando veio o lance mais polêmico do jogo. A Ponte Preta teve um gol legal anulado. Lance claro, que comprometeu todo a partida.
Biro Biro encontrou Juninho livre, o chute saiu forte, Cássio rebateu. A bola sobrou livre, para Renato Cajá, que empurrou para as redes. A Ponte Preta fazia 1 a 0 aos 37 minutos. Só que o bandeira Vicente Romano Neto não deixou. Sabotou o trabalho do árbitro Flávio Rodrigues de Souza. Marcou um inexistente impedimento. A arbitragem bancada pela Crefisa ajudou o rival do Palmeiras. Impediu que o time interiorano saísse na frente.
O Corinthians estava dominado. Se ficasse atrás no placar, ninguém pode dizer o que aconteceria. E ninguém vai poder. Porque Vicente Romano Neto não permitiu.
O 0 a 0 foi no intervalo foi um presente para o Corinthians. Triste injustiça para a Ponte Preta. O time interiorano não merecia tamanho erro do bandeira.
Nos 15 minutos que teve para conversar com seus jogadores, Tite agiu. E muito bem. Tratou de adiantar a marcação na saída de bola dos campineiros. E exigir maior proximidade dos atletas. Assim dariam mais opção para quem estivesse organizando a jogada. Era para atuar com mais personalidade.
Os atletas da Ponte souberam no intervalo o quanto haviam sido prejudicados. Entraram no segundo tempo irritados com a arbitragem. Perderam a concentração. Um gol anulado injustamente tem peso enorme. Ainda mais em uma decisão na casa do adversário favorito. O dano que o bandeira Vicente Romano Neto foi imenso.
Muito melhor postado e com confiança, o Corinthians foi outro no segundo tempo. E logo marcou 1 a 0. Jadson tocou de peito para Renato Augusto. Ele procurou e encontrou Vagner Love. O atacante fez muito bem o pivô, devolvendo a bola com açúcar e afeto. A zaga da Ponte não acompanhou Renato Augusto. O corintiano foi ágil e chutou rasteiro, rápido. Matheus ainda tocou na bola, mas ela foi morrer no fundo das redes. Gol do Corinthians, aos dez minutos.
A partir daí, Tite fez seu time recuar. Inverteu o tabuleiro de xadrez. Era seu time que marcava, que esperava o erro do adversário. O Corinthians passava a atuar no 4-1-4-1. Renato Augusto, Jadson e Emerson passaram a fechar a intermediária. Apenas Love ficava mais adiantado.
O time campineiro estava muito nervoso, irritado. Com o erro do primeiro tempo e com o gol sofrido. A Ponte não tinha espaço para tocar a bola. O vivido e consciente Corinthians, invicto há 30 partidas no Itaquerão, sabia muito bem o que fazer. Marcou, diminuiu o ritmo de jogo. E conseguiu a importantíssima vitória. Chegou à semifinal do Paulista.
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