Novo ensino médio terá
currículo flexível e mais horas de aula.
ARGUMENTO: Desmotivação - aqui
está o grande problema dessa obrigatoriedade do inglês imposta pela MP do
Governo Temer, ou seja, “pelo insucesso [ do aluno] em sistemas de avaliação
(exames, notas, etc.) ” , pois ele – o aluno – não CONSEGUE aprender uma língua
estrangeira, e assim será obrigado a marcar passo na escola, e com a falta de
progresso escolar ficará desmotivado e abandonará os estudos.
Mais vamos aos fatos:
“Em uma cerimônia no Palácio
do Planalto, o governo apresentou a Medida Provisória (MP) que reforma o ensino
médio no Brasil”.
Blá, blá, blá, até chegar em:
“A medida determinou também
que o inglês será o idioma a ser ensinado no país — hoje as redes escolhem o
que ofertar — e acabou com a obrigatoriedade de as escolas de ensino médio
ensinarem o espanhol como segunda língua estrangeira, de matrícula optativa”.
“Eu gostaria de saber por que
algumas pessoas têm bloqueio para aprender uma segunda língua. Que é o meu caso
por exemplo” (L. R., São Paulo)”.
Essa pergunta consta do http://www.millennium-linguas.com.br/como-vencer-bloqueio-falar-uma-lingua-estrangeira.php
e é um fato, pois muitas pessoas não conseguem aprender outra língua além de
seu idioma pátrio.
Por causa desse BLOQUEIO o
inglês não pode ser ensino obrigatório nas escolas do Brasil, e sim
facultativo, pois senão vai ATRAPALHAR a vida de muitos alunos, gente que
abandonará a escola por não progredir no ensino médio
No http://www.sk.com.br/sk-talen.html
, artigo intitulado “O que é talento para línguas? ” é primoroso, vamos há
alguns pontos:
“ É notório e surpreendente o
contraste entre a facilidade com que algumas pessoas aprendem línguas
estrangeiras e a quase impossibilidade com que outros se defrontam” –
reconhecem que muitas pessoas têm dificuldades em aprender uma segunda língua,
uma língua que não é sua língua materna, seu idioma pátrio.
“ Ansiedade: causada pela
expectativa excessiva de obtenção de resultados. A atitude ideal face ao
desafio de se assimilar uma língua estrangeira, é a de perseverança e
continuidade”.
“ Versatilidade linguística: Os
monolíngues demonstram uma forte dependência das formas da língua materna para
estruturarem seu pensamento, ao passo que os bilíngues demonstram maior
versatilidade mental” - Os monolíngues demonstram uma forte dependência das
formas da língua materna para estruturarem seu pensamento, ao passo que os
bilíngues demonstram maior versatilidade mental.
“Versatilidade linguística: Esta
maior versatilidade linguística é normalmente acompanhada de uma maior
versatilidade cultural, facilitando a identificação com a cultura alvo” – Não
conseguimos semear a CULTURA NACIONAL entre os jovens como deveríamos, como
pensar em “ a identificação com a cultura alvo” da língua estrangeira? Utopia.
“ Características de
personalidade: Fatores de ordem psicológico-afetiva podem causar um impacto
direto na capacidade de aprendizado, influindo tanto positivamente como
negativamente”.
“Falta de autoconfiança: baixa
autoestima, talvez causada por traumas durante a educação recebida em casa ou
na escola, pode produzir carência de autoconfiança que inibe a iniciativa
criativa, elemento essencial no aprendizado de línguas”.
“ Dependência da eloquência: Essa
habilidade com nossa língua materna representa segurança e poder, dos quais é
difícil abrir mão. Isso torna a tarefa de começar de novo na língua
estrangeira, do quase nada, aos tropeços, de forma rudimentar, como se pouco
inteligentes fôssemos, extremamente frustrante”.
“ Memória: a capacidade de
reter e relembrar informações e experiências – é sem dúvida uma habilidade
mental que influi no aprendizado de línguas. O grau de capacidade de memória de
cada um pode depender de fatores biológicos e psicológicos, mas vai depender muito
também de fatores externos”.
IMPORTANTÍSSIMO: Disponibilidade
mental: O grau de disponibilidade mental da pessoa para com a língua
estrangeira é inversamente proporcional ao número e ao peso das preocupações de
ordem familiar, profissional e financeira com que a pessoa vive. Quanto menor a
disponibilidade mental, tanto menor a capacidade de memória e o ritmo de
assimilação” – Em uma Nação permanentemente em crise social-política e
econômica como o Brasil como o Cidadão pode deixar de ter “preocupações de
ordem familiar, profissional e financeira”? Não pode e está provado que não
pode, pois esses são os fatores pelos quais muitos alunos abandonaram seus
estudos.
“ Motivação: A motivação é uma
força interior propulsora, de importância decisiva. Motivação está ligada ao
desejo de se satisfazer necessidades. Por exemplo, se estivermos em um ambiente
caracterizado pela presença de uma língua estrangeira, naturalmente teremos uma
forte e imediata motivação para assimilarmos essa ferramenta que nos permite
interagir no ambiente, dele participar e nele atuar. Aprender uma língua fora do ambiente de sua cultura seria como
aprender a nadar fora d'água. (Grifo meu)
“ Desmotivação, por outro lado, é a ausência de desafio e de
motivo espontâneo, frequentemente
agravada pela frustração de não se ter alcançado proficiência através do estudo
formal ou pelo insucesso em sistemas de avaliação (exames, notas, etc.).
Experiências anteriores de resultados negativos, podem desencorajar o aluno de
uma nova tentativa. Também aquele que não se identifica com a cultura
estrangeira, - ou que às vezes até a despreza, - normalmente por falta de
informação a respeito da mesma, estará desmotivado a aprender sua língua” –
aqui está o grande problema dessa obrigatoriedade do inglês imposta pela MP do
Governo Temer,
ou seja, “pelo insucesso [ do
aluno] em sistemas de avaliação (exames, notas, etc.)” , pois ele – o aluno –
não CONSEGUE aprender uma língua estrangeira, e assim será obrigado a marcar
passo na escola, e com a falta de progresso escolar ficará desmotivado e
abandonará todos os estudos.
Vamos agora um fator que os
doutos que “bolaram” essa mudança certamente não levaram em conta:
“ O inglês faz um uso do sistema articulatório e exige um esforço
muscular e uma movimentação de seus órgãos, especialmente da língua,
significativamente diferentes, quando comparado à fonética do português. A articulação de muitos sons do inglês bem
como de outras línguas de origem germânica, pode ser facilmente classificada
como sendo de natureza difícil. Isto está provavelmente relacionado ao fato
de que o inglês é rico na ocorrência de consoantes enquanto que o português é
abundante na ocorrência de vogais e combinações de vogais (ditongos e
tritongos). Ex: December is the twelfth month of the year. / Eu vou ao Uruguai
e o Áureo ao Piauí. / Eu sou europeu”.
(Grifo meu)
Ou seja: Pode se tornam impossível
um aluno aprender o inglês por deficiência física e isso sem falar que se torna
impossível Entender e Compreender.
Mais, isso não foi levado em
conta, num País que cada dia fica mais claro que nem a Lei é igual para todos,
imagine o aprendizado?
Enfim, na minha opinião essa Medida
Provisória (MP) que reforma o ensino médio no Brasil foi mais uma das trapalhadas
do Governo Temer.
Jorge Eduardo Garcia
Filosofo,
Dr. H.c. por Mérito Eclesiástico,
Historiador, e blogueiro.
Leia mais sobre esse assunto em
http://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/novo-ensino-medio-tera-curriculo-flexivel-mais-horas-de-aula-20164798#ixzz4L64NG7Lj
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