O Sertanejo.
Vi na Globo a série 'Cem Anos
da Seca do 15' - Cem anos depois, sertão do Ceará guarda histórias da seca de 1915
lembram 'O Quinze', livro sobre uma das maiores estiagens de autoria de Rachel
de Queiroz”. ***
Fiquei pasmo.
Casas, terras, cidades, TUDO
está à venda, por causa da seca e da pobreza que se abate sobre o sertão
nordestino.
E desde dos tempos da Colonia
– houve um “ período seco de 1721 até 1725- – passando pelo nascente Império -
a grande estiagem de 1824-35 – o sertanejo sofre com a seca no Nordeste, e
ninguém faz nada para ameniza-la.
O 6º Presidente da República, o
Dr. Afonso Pena, em 21 de outubro de 1909, criou a Inspetoria de Obras Contra a
Seca, depois Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas, que em 1945 passou a
ser o atual Departamento Nacional de Obras Contra as Secas – Dnocs.
E nada fizeram para resolver
realmente o problema da seca, pois era interessante consolidar “ Industria da
Seca” em benéfico dos grandes políticos da região.
O Dnocs “ dispõe a sua legislação básica tem por
finalidade executar políticas do Governo Federal, no que se refere a
beneficiamento de áreas e obras de proteção contra as secas e inundações,
irrigação, radicação da população em comunidades de irrigantes e
subsidiariamente, outros assuntos que lhe seja cometidos pelo Governo Federal,
nos campos do saneamento básico, assistência às populações atingidas por
calamidades públicas e cooperação com os Municípios”, CONTUDO sempre
foi um antro de corrução e safadeza.
Afirmo isso, e me benefício de
um exemplo típico: O “deputado federal Inocêncio de Oliveira que utilizou dos
serviços do Departamento Nacional de Obras contra a seca, no Nordeste, para
perfurar poços no terreno de sua revendedora para lavar motocicletas em Serra
Talhada”.
E mais: “ Em 2009, o DNOCS
comemorou 100 anos de fundação, com um acervo “importantíssimo do semiárido
nordestino”. Apesar de Inocêncio Oliveira ter defendido a manutenção deste
arquivo, quase perdido durante o governo de FHC, ficou também registrado, na história do DNOCS, o mau uso da verba
pública. O departamento,
criado para acabar com a seca do Nordeste, foi utilizado pelo deputado
Inocêncio Oliveira e outros políticos para benefício próprio”.
“ A reportagem “A Indústria da
Miséria”, da revista Veja, de 21/04/1993, denunciou que a indústria da seca
continuava a castigar milhares de pessoas em cidades sem serviço de saúde
pública, como ainda sofrem hoje, quase 20 anos depois da reportagem moradores
de Recife/PE. O fato era que o DNOCS, estava perfurando três poços nas terras
do deputado Inocêncio Oliveira, quando era o presidente da Câmara Federal, em
Brasília, pelo PFL-PE”.
Fonte: http://www.muco.com.br/ Muco – Museu da
Corrupção.
Não só ao senhor Inocêncio de
Oliveira, deputado federal de 1975 até 2015, a chamada “ Industria da Seca” interessava,
mas, também, a muitos políticos desde os tempos da organização atual do DNOCS.
A reportagem da revista VEJA,
de 21/04/1993, citada acima a chama de “A Indústria da miséria”, e é verdade.
A “A Indústria da Miséria”
beneficiava sobretudo o Coronelismo, cuja cabeça é o “ Coronel”, que com essa
estrutura manda e demanda no Poder Municipal, Estadual, e influencia o Pode
Federal, no Brasil.
Assim o “ mandão” é o coronel,
que faz e desfaz no território sob seu domínio impedindo assim o exercício
livre da política pelos cidadãos daquela localidade.
O Coronelismo gera, também, o filhotismo,
ou apadrinhamento, pois os que vivem naquele “ feudo’, não querem, nem podem
perder a proteção e o bem querer do coronel.
A mão que alimenta a população
das localidades onde impera o coronelismo é a do coronel e por via de
consequência as de seus familiares.
Essa política vexatória,
somada as grandes secas, criaram a o Fluxo das Migrações – no caso chamado de Êxodo Rural, que é o
deslocamento da população rural para a cidade, bem como o Êxodo Urbano-urbana,
que é a mudança de indivíduos de uma cidade para outra - em resumo os
deslocamentos de cidadãos e suas famílias do Nordeste para outras regiões do
Brasil principalmente para o chamado “Sul Maravilha”.
Essas Migrações foram realizadas
de forma precária, na maioria das vezes feitas em caminhões, os chamados “pau
de arara”, e no qual a família de Luis Inácio da Silva, o Lula, veio para
“Sunpaulo”.
O que é Migração:
Migração é o
deslocamento de indivíduos dentro de um espaço geográfico, de forma temporária
ou permanente. Esses fluxos migratórios podem ser desencadeados por vários
motivos: econômicos, culturais, religiosos, políticos e naturais (secas,
terremotos, enchentes etc.). A migração econômica é a que exerce maior
influência na população. É entendida como o deslocamento de contingentes
humanos para áreas onde o sistema produtivo concentra uma maior ou uma melhor
oportunidade de trabalho.
FONTE: http://www.significados.com.br/migracao/
Como se fazia, se faz, e fará,
necessário uma Política Migratória para a Nação Brasileira, pois “ a migração
econômica é a que exerce maior influência no nordestino”, eu em “Tempos de Constituinte,
ou seja, antes da promulgação da apelidada Constituição Cidadã, em 5 de outubro
de 1988, escrevi um artigo e enviei – pessoa a pessoa- ao jornalista Manuel Francisco do Nascimento
Brito, diretor do Jornal do Brasil, que o publicou com destaque no Cartas.
Apostolava que na Constituição se tratasse do tema, para que assim a
população brasileira fosse fixada no ou ao local de seu nascimento, e que com
isso sessasse o GRANDE FLUXO MIGRATÓRIO.
Ninguém tratou do assunto, até
porque não queriam, nem querem acabar com a “ Industria da Seca”, geradora de
votos para o Cacique da Ocasião, tanto no âmbito municipal, estadual e federal.
Inocêncios pra lá, Inocêncios
para cá, e surgiu o Bolsa Família, uma invenção do trânsfuga Marconi Perillo,
governador do Estado de Goiás, encampado pelo senhor Lula da Silva, então 35º
Presidente do Brasil.
E o Bolsa Família passou a ser
o NOVO CORONEL DO SERTÃO, beneficiando seu organizador nordestino e pau de
arara de Caetés, PE, bem como seu partido, o PT, e todos os seus aliados de
ocasião.
Repito: Ela substituiu a
figura centenária do Coronel, e de sua gente, pelos representantes ou aliados
do Partido dos Trabalhadores, mas especificadamente do LULODILMISMO.
Graças ao Bolsa Família a
senhora Dilma Rousseff ganhou de lapada no Nordeste para Presidente do
Brasil.
Eu sempre fui contra o Bolsa
Família por considera-lo eleitoreiro, e patrocinador do ÓCIO, do “não fazer
nada”, o dolce far niente, de muitas
famílias, principalmente as que moram nos grandes centros.
E continuo pensando isso.
Vejo gente que trabalha aqui
em São Paulo, que não necessita dessa grana mensal, que usa e abusa do programa
social “ direcionado às famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza em
todo o País, de modo que consigam superar a situação de vulnerabilidade e
pobreza”.
Para garantir seus votos os
governantes não fazem a triagem que deveriam fazer e a população explora,
espolia, assalta o Estado Brasileiro.
Por causa disso o Bolsa Família
deixa de ser “ um programa de transferência direta de renda” digno e justo.
CONTUDO ... assistindo na
Globo a série 'Cem Anos da Seca do 15’, acima citado, ouvindo o que falou um
nordestino digno na porta de sua casa a venda, sobre o que ele chamou de Bolsa
Escola, pois o Bolsa Família é dado para “ as essas famílias terem o direito à
alimentação e o acesso à educação e à saúde”, antevi que esse Programa Social
poderia ser usado como um regulador da Política Migratória no Brasil.
O que quero dizer:
Falou o bravo sertanejo que de
fome ele e a família não morriam por causa do Bolsa Família (para ele Bolsa
Escola), e por isso ali permanecia.
Na minha cabeça: PONTO PARA O
BOLSA FAMÍLIA, POIS FIXOU A HOMEM A SUA LOCALIDADE NATAL.
O Bolsa Família evitou assim
seu Êxodo para as grandes cidades, que estão ‘inchadas ‘, superpovoadas, com
grandes problemas de infraestrutura, de moradia, de saúde, de educação, de
transportes/ locomoção, de TRABALHO, etc, todos esses de difíceis
soluções.
O surto de dengue, de vírus
zika, de chikungunya, graças ao Aedes aegypti, é o melhor exemplo de como as
cidades estão esgotadas, pois as municipalidades não têm condições de suprir as
necessidades dos seus moradores no que tange e a Limpeza Urbana, que tem como consequência
a falta de um programa eficaz de saúde pública.
E isso é só um exemplo.
As Grandes Cidades, ou mesmo
as cidades intermediárias, não podem mais receber migrantes como se eles fossem
água da chuva, como na década de cinquenta do século passado, do Brasil de JK,
em nome da LIBERDADE, do Direto de Circulação, do Direto de ir e vir, não
podem, não existe condições de assimilação desta população flutuante que deseja
se estabelecer.
Não existe, e quem afirma ao
contrário é demagogo, é irresponsável, é canalha, e um mau cidadão.
O aumento da marginalidade,
tão decantada em prosa e verso, pelas TVs e pelo povo dos Diretos Humanos, é
fruto desse Fluxo Migratório
Desnorteado que assola o nosso país.
O “cabra” chega com a família,
não tem, também, como sobreviver com dignidade, vai roubar, matar e destruir.
Seus filhos que ouviram
maravilhas sobre o final a viagem migratória, não conseguem ver realizados seus
sonhos, o final do Arco-íris estava posicionado num lixão, sai para roubar,
matar e destruir.
E assim é decretada a falência
da Sociedade.
Para os Apóstolos do Caos,
instalados em partidos de esquerda, é o Mundo Maravilhoso de Oz, é a volta ao
Jardim do Éden, pois podem deitar suas baboseiras a vontade, e o povão
acredita.
Pensam que vão poder conter
essa massa ensandecida com
suas posturas, e não vão, pois, toda revolução é antropofágica, e eles serão
comidos, devorados, engolidos, pelas ondas revolucionárias, pelo Novo Poder
Estabelecido, pela Nova Ordem.
Entretanto, não enxergam como nesse
tempo no qual estão desfrutando do Poder poderiam melhorar a situação do Povão,
não só as dos nordestinos, como, também, as dos citadinos, usando de maneira responsável
o Bolsa Família, exemplifico:
Um Nordestino de Caetés, PE,
está desempregado numa Grande Cidade, São Paulo por exemplo, só TERIA O DIRETO
DE RECEBER O BOLSA FAMÍLIA SE VOLTASSE PARA SUA CIDADE NATAL, caso contrário
não poderia se beneficiar do Bolsa Família, deste programa de distribuição
direta de renda, nem tão pouco teria o Direito a nenhum outro Programa Social,
inclusive o SUS e a Aposentadoria, bem como a quaisquer outros concedidos pelo
Estado Brasileiro.
Só voltaria a receber ele e a
desfrutar deles se comprovadamente estivesse residindo do em Caetés, no bravo
Estado de Pernambuco, saiu dela, perdeu seus diretos, e PONTO FINAL.
É Stalinismo?
É, mas que foi que disse que Joseph Stalin não foi um
grande estadista?
O sertanejo, que não tivesse
como comprovar um emprego fixo de carteira assinada por no mínimo quatro (4) anos
(tempo de um mandato de deputado Federal) não podia sair de sua localidade,
caso contrário não poderia se beneficiar do Bolsa Família, deste programa de
distribuição direta de renda, nem tão pouco teria o Direito a nenhum outro
Programa Social, inclusive o SUS e a Aposentadoria, bem como a quaisquer outros
concedidos pelo Estado Brasileiro.
Se perdesse o emprego, tinha
que retornar, e PONTO FINAL.
É Stalinismo?
É, mas que foi que disse que
Joseph Stalin não foi um grande estadista?
Eu só entendo, só compreendo,
só aplaudo, o Programa Bolsa Família, se ele passar a ser usado como “ arma” da
fixação do Homem a sua Terra, como um elemento Regulador da Política de
Migração Brasileira, caso contrário continuarei afirmando que ele é um presente
aos vagabundos de plantão, patrocinador do ÓCIO, do “não fazer nada”, o dolce far niente, de muitas famílias por
esse Brasilzão afora.
Dito isso, afirmo que o efetivo combate a “ Industria da
Seca”, a “ A Indústria da Miséria”, no Nordeste do meu Brasil varonil, só tem
uma ‘arma’ que é efetivamente levar ÁGUA para o Sertão, e a única forma de fazê-lo
é com a Dessalinização da Água do Mar, com as águas do Atlântico Sul que beijam
as nossas praias, pois o resto é CAVILAÇÃO.
Jorge Eduardo Fontes
Garcia
São Paulo, 1 de fevereiro de
1016
***
Maiores detalhes em : http://g1.globo.com/ceara/noticia/2015/03/cem-anos-depois-sertao-do-ceara-guarda-historias-da-seca-de-1915.html
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