Eu tenho dois escudeiros de total confiança:
1-
Renato de Oliveira, taxista que me leva para
todos os cantos, pai das lindíssimas Emely e Luna, um bebe rechonchudo, que é são-paulino
persistente. Ainda considera o Rogerio Ceni o maior goleiro do mundo em atuação;
2-
João Batista Santos Silva, meu valet a moda
antiga, dono de um incrível cão misto de mini poodle e outra raça pequenina que
se acha um verdadeiro rottweiler. “ Seu” João é corintiano roxo, tanto que
chama o Timão de “minha seleção”.
Estava eu em meu gabinete quando o respeitoso e educado “seu”
João entrou falando:
“ Seu Jorge, eu não tou gostando”.
Não tá gostando de que “seu” João?
“ Dessa coisa de beneficiarem a ‘minha seleção’ com a
arbitragem”.
“ É claro que ELES querem que a ‘seleção’ ganhe para
aumentar a renda dos jogos, e assim o Timão pagar as suas dívidas, mas isso não
tá certo não”.
“ Tem que ganhar na bola”.
“ Isso é coisa do Andrés
Sanchez, e eu não tou gostando”.
“ Não tou gostando nada disso”.
E saiu como entrou, falando e resmungando sobre a “sua
seleção”, o Sport Club Corinthians Paulista.
Fiquei pensando:
Como é sábio o “senso comum”.
Jorge Eduardo Fontes Garcia
São Paulo,17/08/15
Nota: Senso comum ou conhecimento vulgar é a primeira
suposta compreensão do mundo resultante da herança fecunda de um grupo social e
das experiências atuais que continuam sendo efetuadas. O senso comum descreve
as crenças e proposições que aparecem como "normais", sem depender de
uma investigação detalhada para se alcançar verdades mais profundas, como as
científicas.
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