quinta-feira, 9 de março de 2017

Artigo: Os verdadeiros inimigos, por Ricardo Rangel

Se conseguissem deixar o ódio de lado, direita e esquerda veriam que seus objetivos não são opostos

O Brasil segue se digladiando em uma guerra ideológica sem ideias, brigando pelos motivos errados e combatendo falsos inimigos. É um enorme desperdício de tempo e de energia. Se conseguissem deixar o ódio de lado, direita e esquerda veriam que seus objetivos não são opostos, mas complementares, e que suas divergências não são irreconciliáveis.
A diferenciação tradicional entre esquerda e direita era que a primeira defendia o proletariado, por meio da estatização dos meios de produção, enquanto a segunda defendia os detentores privados dos meios de produção, isto é, a burguesia, e seus privilégios. Isso deixou de fazer sentido por completo. A sociedade se sofisticou, não conta mais com duas classes apenas, mas dezenas, centenas, com interesses os mais diversos. E a estatização dos meios de produção fracassou miseravelmente.

O socialismo foi tentado na URSS, na Europa Oriental, na China, na Mongólia, na Coreia do Norte, no Sudeste Asiático, em Cuba, em meia dúzia de países da África, e de várias maneiras diferentes. Não deu certo em lugar algum, e, em todos os casos, sem exceção, levou os países a ditaduras brutais e à catástrofe econômica. É surreal que alguém ainda o leve a sério.
A esquerda sabe que só existe liberdade na democracia liberal, e que só a iniciativa privada gera riqueza, mas, como não gosta desse fato, recusa-se a reconhecer sua existência. Também sabe que o partido-símbolo da esquerda no Brasil criou o maior esquema de corrupção de todos os tempos e levou o país à bancarrota, mas tampouco reconhece esse fato.
O Brasil é um dos países mais injustos do mundo, e o mercado não é perfeito, não é capaz de incluir a todos. A direita sabe que a principal bandeira da esquerda, o combate à injustiça social, é legítima, mas, como não gosta desse fato, recusa-se a reconhecê-lo.
Igualdade exige mais Estado, mas Estado grande demais implica pouco crescimento (e talvez até injustiça social, por conta dos maus serviços). Liberdade econômica exige menos Estado, mas Estado pequeno demais implica injustiça social (e talvez até pouco crescimento, por conta da baixa concorrência). Com boa vontade, não deveria ser difícil chegar a um acordo: um pouco mais para a direita, seríamos como os EUA; um pouco mais para a esquerda, seríamos como a França. Não chega a ser uma escolha de Sofia.

Em vez de brigarmos pelos motivos errados, deveríamos ser capazes de deixar nossas diferenças, que são pequenas, de lado e juntarmo-nos para combater o adversário comum: a real oposição não é entre direita e esquerda, mas entre avanço — democracia, livre mercado, apoio social — e atraso.
E o atraso está na direita obscurantista (machistas, misóginos, homofóbicos, racistas, defensores de intervenção militar, da ditadura e da tortura) como Bolsonaro, Crivella, Feliciano; a esquerda rasa e tosca que imagina que todos os ricos são igualmente calhordas (PCO, PSTU, PCdoB e boa parte do PT e do PSOL); Lula e sua curriola de cleptocratas sindicais; o Brasil feudal, encarnado por Renan, Sarney, Jader, Collor et caterva. São eles os verdadeiros inimigos.
Ricardo Rangel é produtor de cinema e TV


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Comissão do Senado aprova união estável entre pessoas do mesmo sexo.


Projeto poderá alterar Código Civil, transformando em lei entendimento do STF.

Toda Criatura tem direito a FELICIDADE.
Todo Homem merece ser livre, feliz, e em paz.
Toda Mulher merece ser livre, feliz, e em paz.
O leãozinho merece crescer livre, feliz, em paz, no local onde nasceu.
A tartaruga merece viver nadando livre, feliz, em paz, nos mares oceanos.
A cegonha merece ver garantido o seu direito natural de emigrar do Norte para o Sul da Europa em certas ocasiões do ano.
Bonita, a gatinha enjeitada que acabou aqui em casa, merece ser feliz e viver em paz, e nós fazemos de tudo para que ela se sinta feliz.
Acredito que essas minhas declarações revelem que eu sou um homem que teme a Deus, que busco estar aberto a atuação do Espirito Santo para a Honra e Gloria de nosso Senhor Jesus Cristo, meu Senhor e Salvador.
Acredito que essas minhas declarações revelem que eu como nacionalista a moda antiga desejo que meus compatriotas –conceito esquecido pelos políticos de nossos dias- sejam livres, felizes e que vivam em paz consigo mesmo e com a coletividade.
Ora, a “ Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ) aprovou ontem, com 17 votos e uma abstenção, um projeto que muda o Código Civil para reconhecer legalmente a união homoafetiva e permitir a conversão dessa união em casamento” e isso causou uma “revolução” em meio aos “ deputados conservadores, especialmente da bancada religiosa”.
Os “ deputados conservadores, especialmente da bancada religiosa” deveriam estar mais preocupados com o “papelão” que eles fazem no Congresso Nacional do que se imiscuindo na vida privada de seus compatriotas.
Os “ deputados conservadores, especialmente da bancada religiosa” deveriam estar mais preocupados com as atitudes que tomam sempre em total dicotomia da e com a Sociedade Brasileira do que se imiscuindo na vida privada de seus compatriotas.
Os “ deputados conservadores, especialmente da bancada religiosa” deveriam estar mais preocupados em cuidar mais de estacar a corrupção em que o Parlamento está submergido do que se imiscuindo na vida privada de seus compatriotas.
Enfim os “ deputados conservadores, especialmente da bancada religiosa” deveriam estar trabalhando mais para o bem-estar do Povo Brasileiro do que se metendo na FELICIDADE dos outros.
Os tempos mudaram, para alguns até o fim dos tempos já está chegando, e existem novas formas da Criatura Humana buscar sua FELICIDADE, para viver em paz consigo e com o coletivo.
Não cabe a ninguém tomar o lugar de Deus e emitir juízos sobre como alguém deve buscar a sua FELICIDADE, para viver em paz consigo e com o coletivo, muito menos essas suas excelências ditas “ deputados conservadores, especialmente da bancada religiosa” que, aliás, deviam estar mais atentos as necessidades básicas de seus compatriotas do que se imiscuindo em suas vidas privadas.
Os “ deputados da bancada religiosa” deveriam saber que cada um de nós que somos dotados com o Dom da Fé vai um dia prestar contas ao Divino de acordo com sua consciência, de acordo com seus atos nessa vida, de acordo com a regras básicas de Fé de sua religião, portanto ninguém tem que dar pitaco no como esse crente – falo de crentes de todas as religiões e não só dos cristãos – deve ou não viver.
Cabe aos sacerdotes revelar os ditames do Divino ao crente e cabe ao crente segui-los ou não.
É uma questão de livre-arbítrio.
E o bom uso do livre-arbítrio é fundamental na busca da FELICIDADE, para a criatura viver em paz consigo e com o coletivo.
De mais a mais o Estado Brasileiro é LAICO.
O Brasil não é uma Teocracia como o Estado da Cidade do Vaticano que é governado pelo Papa, o Soberano Pontífice da Igreja Católica, ou a República Islâmica do Irã cujo Chefe de Estado é o Rahbar-e enqelāb, o Líder da Revolução, um Aiatolá, que é o chefe máximo da hierarquia religiosa entre os muçulmanos xiitas.
Como cidadãos temos que separar nossos deveres constitucionais, deveres civis, deveres patrióticos, das obrigações religiosas, seja a religião que for- cristianismo, islamismo, budismo, religiões afros, etc., e ponto final.
Como cidadãos temos que que cumprir a Lei independentemente de raça, sexo, cor, língua, credo, opinião política, nacionalidade ou situação socioeconômica, e ponto final.
Não podemos aceitar essa baboseira que os “ deputados conservadores, especialmente da bancada religiosa” tentam impingir a Nação, ao Povo Brasileiro, muito mais em nome deles, para conquistar demagogicamente votos, do que nos princípios religiosos propriamente ditos, que creio, até por suas atitudes, que muitos deles desconhecem totalmente.
Por isso concordo com a advogada Raquel Castro, presidente da Comissão de Direito Homoafetivo da OAB-RJ, quando ela diz:
“ — Não se deve misturar duas áreas: uma sobre direitos e legislação, onde o Estado deve lutar pelo bem de todos, e a religião. Cada pessoa deve seguir os seus preceitos”.
É isso aí doutora.
E tenho dito.

Jorge Eduardo
Bacharel em Filosofia Eclesiástica
Dr. h.c. por Mérito Eclesiástico
Um velho nacionalista apavorado com os rumos do Brasil


09/03/17