Banda Portugal na Praça Onze,
fundada em 26 de agosto de 1921, com
Com o nome Sociedade Nova
Banda de Música da Colina Portuguesa.
Passou a usar o nome que a
consagrou em 5 de agosto de 1925.
Nessa publicação se falava da Portela,
do Cordão da Bola Preta, e do Clube dos Embaixadores, “ o grêmio azul e
amarelo, que ficava numa sobre loja na Cinelândia, era o Carnaval em ação, como
hoje não se vê mais.
Uma pena.
Certo dia estava eu com meu
pai já em um colossal engarrafamento quando ficamos estacionados em frente o sobrado
onde estava instalada a Banda Portugal.
Nisso passou em frente de
nosso automóvel uma senhora bem vestida, coberta de ouro, em direção à porta da
agremiação.
Meu pai, um luso descendente
muito brincalhão, além de ser um homem bonito e elegante, imitando um português,
falou:
“ Ó patrícia vais sacudir os ossos”.
Ao que a dama respondeu
sorrindo:
“ Vou. Vamos ó bonitão”,
fazendo um gesto de dança.
Meu pai riu, e disse que
ficava para a próxima, arrancando com o carro.
Algum tempo depois, estávamos
nos num engarrafamento a frente da Banda Portugal, só que, também, estava meu
tio e padrinho de Crisma, João Pedro Giordani.
Meu tio se virou e falou:
“ China, olha lá a sua tia”.
Por obra do acaso e para
meu espanto era a mesma patrícia com quem meu pai havia bólido semanas antes sentada
próximo da janela
Eu chamei atenção de meu
pai ao volante, explicamos o acontecido a meu tio, e caímos na gargalhada.
Eu nunca esqueci esses fatos.
Como é engraçada a memória de
menino, pois não???
E é essa a minha lembrança da
Praça Onze berço do Samba e de lindas canções.
“Engolida pela Avenida
Presidente Vargas, a Praça 11 de Junho diminuiu de tamanho, passando a ser um
local de apresentações regulares de espetáculos de circo”, mas antes de tal
fato acontecer, aconteceram as músicas:
Praça Onze = Composição:
Herivelto Martins e Grande Otelo ·
Vão acabar com a Praça Onze
Não vai haver mais Escola de
Samba, não vai
Chora o tamborim
Chora o morro inteiro
Favela, Salgueiro
Mangueira, Estação Primeira
Guardai os vossos pandeiros,
guardai
Porque a Escola de Samba não
sai
Adeus, minha Praça Onze, adeus
Já sabemos que vais
desaparecer
Leva contigo a nossa
recordação
Mas ficarás eternamente em
nosso coração
E algum dia nova praça nós
teremos
E o teu passado cantaremos
Anos mais tarde, Chico Anysio
e João Roberto Kelly homenagearam a Praça Onze no "Rancho da Praça
Onze":
Esta é a Praça Onze tão
querida
Do carnaval a própria vida
Tudo é sempre carnaval
Vamos ver desta Praça a poesia
E sempre em tom de alegria
Fazê-la internacional
A Praça existe alegre ou
triste
Em nossa imaginação
A Praça é nossa e como é nossa
No Rio quatrocentão
Este é o meu Rio boa praça
Simbolizando nesta Praça
Tantas praças que ele tem
Vamos da Zona Norte à Zona Sul
Deixar a vida toda azul
Mostrar da vida o que faz bem
Praça Onze, Praça Onze
A minha homenagem é esse
escrito que revela que eu jamais esqueci da nossa Praça 11 tão querida e berço
do Samba e de lindas canções.
Jorge Eduardo Fontes Garcia
São Paulo - 27 de janeiro de
2016
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