Assis foi
um jogador que não deu certo.
Promessa
na sub-20 de 1987, teve uma carreira futebolística que durou só 15 anos, por
ter sofrido uma grave lesão no joelho, mas teve a sorte de ser irmão de
Ronaldinho Gaúcho, cuja carreira foi de 17 anos, portanto dois a mais do que o “brother”.
E
Assis passou a ser empresário.
Ronaldinho
Gaúcho da base do Grêmio foi para o francês PSG e posteriormente ao clube
espanhol Barcelona, onde esteve por cinco anos, antes de partir para o Milan, e
Assis atuou como agente e conselheiro de seu irmão, passando a ter “uma grande
influência e força orientadora do jogador”.
Já
sem aquela ‘bola toda’, Ronaldinho Gaúcho saiu do Milan para o Flamengo em 2011
ficando até 2012, como não deu certo se transferiu para o Atlético Mineiro,
onde ficou até 2014.
Nesse
momento, no Atlético Mineiro, Ronaldo de Assis Moreira, mais conhecido como
Ronaldinho Gaúcho ou simplesmente Ronaldinho, com 34 anos, deveria ter parado
de jogar futebol.
Sair
de cena com todas as glorias de quem foi chamado de “Rei do Drible".
MAIS,
a nítida ganancia de Roberto de Assis Moreira, mais conhecido por Assis, fez
com que o “ Show Man’ continuasse capengado pelos campos mexicanos, no Querétaro
Fútbol Club, para depois do grande insucesso, leva-lo para o aristocrático Fluminense
Football Club, onde amargou um banco junto com os “meninos de Xerém”.
Via-se
pela TV um homem melancólico, triste, totalmente desprovido de motivação, mas
que fazer se “ sua grande influência, sua força orientadora” havia conseguido
mais aquele contrato?
Foi
uma tragédia.
Mais,
a ganancia de Assis pelo dinheiro que os pés de Ronaldinho Gaúcho podiam trazer
para as finanças familiares falou mais alto, e essa é a verdade nua e crua.
Não
pensou no homem Ronaldo, mas no tilintar da ‘pila’ que o jogador veterano e
acabado podia ainda trazer.
Foi
um péssimo irmão, um mau conselheiro, uma desastrosa força orientadora, e essa
situação levou a Juca Kfouri, o mestre, escrever em seu Blog o abaixo:
Tão talentoso que era conseguia enganar aqui e ali — e ia
levando.
Até que chegou ao Galo e o ajudou a ganhar sua primeira
Libertadores, de maneira apoteótica.
Era a hora de parar.
Mas não.
Ontem anunciou-se a rescisão de seu malsucedido contrato
com o Fluminense que durou pouco e não rendeu nada por mais que a nota oficial
do Fluminense queira dizer o contrário, até realçando a importância de ser um
clube que desperta o interesse dos maiores jogadores do futebol mundial.
Bobagem.
Porque se este fosse o caso, o Querétaro, do México, onde
Ronaldinho também fracassou antes de ir para o Flu, poderia dizer o mesmo.
O Flu errou ao contratá-lo assim como ele errou ao não
parar no Galo.
Um dos maiores de todos os tempos, Ronaldinho sai de cena
sem a grandeza que fez por merecer.
Uma pena!
Eu, também, acho.
Jorge Eduardo Fontes Garcia.
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