José Maria Marin: Aqui se faz, aqui se paga.
José Maria Marin (São Paulo, 6
de maio de 1932) foi governador de São Paulo entre maio de 1982 e março de
1983, sendo o penúltimo do regime militar, que em 27 de maio 2015, foi banido
de qualquer atividade relacionada ao futebol, pela Federação Internacional de
Futebol (FIFA) e afastado do quadro diretivo da CBF.
José Maria Marin nasceu e
cresceu em Santo Amaro, na zona sul de São Paulo, onde mais tarde faria fama no
futebol e na política. Foi atleta do São Paulo Futebol Clube, onde atuava como
ponta-direita.
O jovem jogador chamou a
atenção de Vicente Feola, futuro técnico campeão do mundo e então treinador do
São Paulo.
Embora tecnicamente não fosse um ótimo atleta, Marin teve a astúcia e a
esperteza reconhecidas por Feola, que lhe recomendou que estudasse para
garantir uma boa profissão.
A carreira de jogador não foi
empolgante. Entre 1949 e 1954, Marin passou mais tempo atuando em clubes
menores de São Paulo, como o São Bento de Marília e o Jabaquara, do que no
próprio Tricolor Paulista, pelo qual disputou apenas dois jogos oficiais e
marcou um gol.
O jogador de um gol, se tornou
advogado para se tornar cartola.
Marin iniciou sua carreira
política em 1963, se elegendo vereador em São Paulo, filiado ao Partido de
Representação Popular, fundado pelo fascista/ integralista Plínio Salgado.
Na década seguinte, foi deputado estadual pela ARENA, proferindo
discursos inflamados contra a esquerda.
O mais notório deles foi publicado em 9 de outubro de 1975 no
Diário Oficial do Estado de São Paulo.
O texto criticava a ausência
da TV Cultura na cobertura de eventos do partido e exigia uma providência para
que a "tranquilidade" voltasse a reinar no Estado.
Mais
tarde, o discurso passou a ser visto como uma das causas que levaram à morte do
jornalista Vladimir Herzog 16 dias depois.
Em 1978, Marin foi eleito, em
eleição indireta, vice-governador de São Paulo e, entre 1982 e 1983, exerceu o
cargo de governador por dez meses, em virtude da desincompatibilização de Paulo
Maluf, que iria disputar uma vaga de deputado federal.
Como governador, deu
continuidade ao plano de governo de Maluf.
Foi presidente da Federação
Paulista de Futebol entre 1982 e 1988 e chefe da Delegação Brasileira na Copa
do Mundo de 1986, no México. Como um dos vice-presidentes da CBF, representando
a Região Sudeste, era o sucessor de Ricardo Teixeira.
A medalha embolsada:
Em 25 de janeiro de 2012, durante a
premiação após o jogo final da Copa São Paulo de Futebol Junior, ocorrida no
Estádio do Pacaembu e vencida pelo Corinthians, Marin embolsou disfarçadamente
uma medalha que seria entregue ao jogador corintiano Mateus.
O ato foi flagrado pelas câmeras da Band
e exibido ao vivo, em rede nacional.
O episódio causou revolta e foi muito
comentado nas redes sociais.
Investigação do FBI e prisão
na Suíça:
Em 27 de maio de 2015, foi
preso na Suíça, acompanhado de outros seis executivos da FIFA, em investigação
liderada pelo FBI.
De acordo com informações
publicadas pelo The New York Times, mais de uma dúzia de policiais suíços à
paisana chegaram sem aviso prévio ao Baur au Lac Hotel, local no qual
executivos se hospedavam para o congresso anual da organização, marcado para os
dias 28 e 29 de maio, e renderam os acusados de corrupção em ação pacífica, sem
menor resistência dos envolvidos.
Também foi banido pela FIFA de qualquer atividade
relacionada ao futebol.
O Departamento de Justiça dos
Estados Unidos informou ter indiciado 14 pessoas por fraude, lavagem de
dinheiro e formação de quadrilha.
Segundo os investigadores, os
acusados movimentaram cerca de 150 milhões de dólares (mais de 470 milhões de
reais) em um esquema que já existiria há pelo menos 24 anos.
Os negócios envolveriam
direitos de transmissão e acordos de marketing em campeonatos na América Latina.
Os grifos coloridos
são do autor desse Blog.
No abalizado Blog do Perrone -
http://blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br/2015/08/defesa-fala-em-pena-de-morte-antecipada-e-pede-liberdade-vigiada-para-marin/,
está escrito:
“Defesa fala em pena
de morte antecipada e pede liberdade vigiada para Marin”.
Os advogados de José Maria Marin entregaram
nesta terça-feira a defesa do ex-presidente da CBF contra o pedido de
extradição feito pela Justiça americana. Eles pedem para que, caso os suíços
entendam que o cartola deve ir para os Estados Unidos, seja concedido a ele o
direito de recorrer da decisão em liberdade assistida. É o modelo
correspondente à prisão domiciliar, já que o dirigente não é domiciliado na
Suíça.
Qualquer que seja a
decisão dos suíços, mais dois recursos serão possíveis. Assim, a definição
sobre se ele será extraditado poderá levar até mais cinco meses.
Para requerer o
direito de aguardar um eventual recurso fora da cadeia, a defesa alega que
manter Marin, aos 83 anos, preso por mais cerca de 150 dias pode significar uma
pena de morte antecipada. O discurso é de que o ex-presidente da Confederação
Brasileira está convalescendo há dois meses no cárcere e pode ter sua saúde
abalada caso fique mais um longo período esperando a resolução a respeito de ir
para os Estados Unidos. Apesar dessa tese, o cartola, detido desde 27 de maio,
está saudável.
Outra justificativa
para defender que ele recorra longe da prisão, mas vigiado pela polícia em
território suíço, é que o dirigente praticamente não teria potencial de fuga.
Isso por causa da idade e do prestígio que teria perdido desde sua detenção.
Pelo histórico de
episódios semelhantes, os advogados acham difícil impedirem a extradição. Por
isso, conversam com promotores americanos sobre a possibilidade de, no caso de
ser extraditado, Marin responder ao processo em prisão domiciliar nos Estados
Unidos, onde ele tem apartamento.
Contra o pedido de
extradição, um dos argumentos é que Marin está sendo acusado de crime
inexistente no Brasil: conspiração para lavagem de dinheiro.
A defesa aponta
também que a prisão do cartola não seguiu o procedimento correto porque o
ex-presidente da CBF tem um passaporte diplomático, apesar de a validade do
documento ter expirado em março. Os advogados sustentam que a prisão só poderia
ter sido efetivada com a presença de um diplomata na delegacia.
Procurada, a
assessoria de imprensa do Itamaraty disse ao blog que o passaporte não
garantiria imunidades diplomáticas a Marin. Isso só acontece quando o governo
expede um documento afirmando que o cidadão brasileiro está no exterior em
missão oficial.
“O senhor Marin não era acreditado pelo
governo brasileiro como representante do Brasil junto ao governo suíço”, diz
nota enviada pelo departamento de comunicação do Itamaraty ao blog.
Marin, conforme
explicou a assessoria de imprensa do órgão, teve direito ao passaporte
diplomático por presidir o Comitê Organizador Local da Copa do Mundo. A
legislação prevê esse privilégio a cidadãos que não fazem parte do corpo
diplomático nacional, desde que seja o interesse do país.
Outra tese dos
advogados é que não havia necessidade de prisão por se tratar de crime
financeiro. Bastaria, segundo eles, bloquear os bens do dirigente.
Apesar de o processo
estar na fase de discussão sobre a extradição, os advogados de Marin tocaram em
alguns pontos relativos à acusação feita pelos americanos. Sustentaram que não
há um conjunto forte de provas contra ele e que o brasileiro é apenas
coadjuvante numa gigantesca engrenagem suspeita de corrupção. O brasileiro é
acusado de participar de um esquema de propinas envolvendo a venda de direitos
de transmissão de jogos.
Perrone.
ISSO SÓ PODE SER BRINCADEIRA:
“...Marin está sendo acusado de crime
inexistente no Brasil: conspiração para lavagem de dinheiro”.
E mais:
“...o brasileiro é apenas coadjuvante numa
gigantesca engrenagem suspeita de corrupção. O brasileiro é acusado de
participar de um esquema de propinas envolvendo a venda de direitos de
transmissão de jogos”.
E isso só pode ser chicana
desses advogados...
Um
camarada que fez sua vida no facio/integralismo, que era filho de um lutador de
box de Santo Amaro, e agora é multimilionário, que não ganhou na Mega Sena, só
pode ter rabo preso em algum lugar, com alguém, e isso tem que ser averiguado
CUSTE O QUE CUSTAR.
A extradição
para o EUA tem que acontecer para o bem do futebol mundial, do futebol
nacional, da Ética & dos Bons Costumes, pois “Aqui se faz, aqui se paga”.
E
tenho dito.
Jorge
Eduardo Fontes Garcia.
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