quarta-feira, 12 de agosto de 2015

José Maria Marin: Aqui se faz, aqui se paga.


José Maria Marin: Aqui se faz, aqui se paga.

José Maria Marin (São Paulo, 6 de maio de 1932) foi governador de São Paulo entre maio de 1982 e março de 1983, sendo o penúltimo do regime militar, que em 27 de maio 2015, foi banido de qualquer atividade relacionada ao futebol, pela Federação Internacional de Futebol (FIFA) e afastado do quadro diretivo da CBF.
José Maria Marin nasceu e cresceu em Santo Amaro, na zona sul de São Paulo, onde mais tarde faria fama no futebol e na política. Foi atleta do São Paulo Futebol Clube, onde atuava como ponta-direita.
O jovem jogador chamou a atenção de Vicente Feola, futuro técnico campeão do mundo e então treinador do São Paulo. Embora tecnicamente não fosse um ótimo atleta, Marin teve a astúcia e a esperteza reconhecidas por Feola, que lhe recomendou que estudasse para garantir uma boa profissão.
A carreira de jogador não foi empolgante. Entre 1949 e 1954, Marin passou mais tempo atuando em clubes menores de São Paulo, como o São Bento de Marília e o Jabaquara, do que no próprio Tricolor Paulista, pelo qual disputou apenas dois jogos oficiais e marcou um gol.
O jogador de um gol, se tornou advogado para se tornar cartola.
Marin iniciou sua carreira política em 1963, se elegendo vereador em São Paulo, filiado ao Partido de Representação Popular, fundado pelo fascista/ integralista Plínio Salgado.
Na década seguinte, foi deputado estadual pela ARENA, proferindo discursos inflamados contra a esquerda.
O mais notório deles foi publicado em 9 de outubro de 1975 no Diário Oficial do Estado de São Paulo.
 O texto criticava a ausência da TV Cultura na cobertura de eventos do partido e exigia uma providência para que a "tranquilidade" voltasse a reinar no Estado.
Mais tarde, o discurso passou a ser visto como uma das causas que levaram à morte do jornalista Vladimir Herzog 16 dias depois.
Em 1978, Marin foi eleito, em eleição indireta, vice-governador de São Paulo e, entre 1982 e 1983, exerceu o cargo de governador por dez meses, em virtude da desincompatibilização de Paulo Maluf, que iria disputar uma vaga de deputado federal.
Como governador, deu continuidade ao plano de governo de Maluf.
Foi presidente da Federação Paulista de Futebol entre 1982 e 1988 e chefe da Delegação Brasileira na Copa do Mundo de 1986, no México. Como um dos vice-presidentes da CBF, representando a Região Sudeste, era o sucessor de Ricardo Teixeira.
A medalha embolsada:
Em 25 de janeiro de 2012, durante a premiação após o jogo final da Copa São Paulo de Futebol Junior, ocorrida no Estádio do Pacaembu e vencida pelo Corinthians, Marin embolsou disfarçadamente uma medalha que seria entregue ao jogador corintiano Mateus.
O ato foi flagrado pelas câmeras da Band e exibido ao vivo, em rede nacional.
O episódio causou revolta e foi muito comentado nas redes sociais.
Investigação do FBI e prisão na Suíça:
Em 27 de maio de 2015, foi preso na Suíça, acompanhado de outros seis executivos da FIFA, em investigação liderada pelo FBI.
De acordo com informações publicadas pelo The New York Times, mais de uma dúzia de policiais suíços à paisana chegaram sem aviso prévio ao Baur au Lac Hotel, local no qual executivos se hospedavam para o congresso anual da organização, marcado para os dias 28 e 29 de maio, e renderam os acusados de corrupção em ação pacífica, sem menor resistência dos envolvidos.
Também foi banido pela FIFA de qualquer atividade relacionada ao futebol.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos informou ter indiciado 14 pessoas por fraude, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
Segundo os investigadores, os acusados movimentaram cerca de 150 milhões de dólares (mais de 470 milhões de reais) em um esquema que já existiria há pelo menos 24 anos.
Os negócios envolveriam direitos de transmissão e acordos de marketing em campeonatos na América Latina.
Os grifos coloridos são do autor desse Blog.

No abalizado Blog do Perrone - http://blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br/2015/08/defesa-fala-em-pena-de-morte-antecipada-e-pede-liberdade-vigiada-para-marin/, está escrito:

“Defesa fala em pena de morte antecipada e pede liberdade vigiada para Marin”.
 Os advogados de José Maria Marin entregaram nesta terça-feira a defesa do ex-presidente da CBF contra o pedido de extradição feito pela Justiça americana. Eles pedem para que, caso os suíços entendam que o cartola deve ir para os Estados Unidos, seja concedido a ele o direito de recorrer da decisão em liberdade assistida. É o modelo correspondente à prisão domiciliar, já que o dirigente não é domiciliado na Suíça.
Qualquer que seja a decisão dos suíços, mais dois recursos serão possíveis. Assim, a definição sobre se ele será extraditado poderá levar até mais cinco meses.
Para requerer o direito de aguardar um eventual recurso fora da cadeia, a defesa alega que manter Marin, aos 83 anos, preso por mais cerca de 150 dias pode significar uma pena de morte antecipada. O discurso é de que o ex-presidente da Confederação Brasileira está convalescendo há dois meses no cárcere e pode ter sua saúde abalada caso fique mais um longo período esperando a resolução a respeito de ir para os Estados Unidos. Apesar dessa tese, o cartola, detido desde 27 de maio, está saudável.
Outra justificativa para defender que ele recorra longe da prisão, mas vigiado pela polícia em território suíço, é que o dirigente praticamente não teria potencial de fuga. Isso por causa da idade e do prestígio que teria perdido desde sua detenção.
Pelo histórico de episódios semelhantes, os advogados acham difícil impedirem a extradição. Por isso, conversam com promotores americanos sobre a possibilidade de, no caso de ser extraditado, Marin responder ao processo em prisão domiciliar nos Estados Unidos, onde ele tem apartamento.
Contra o pedido de extradição, um dos argumentos é que Marin está sendo acusado de crime inexistente no Brasil: conspiração para lavagem de dinheiro.
A defesa aponta também que a prisão do cartola não seguiu o procedimento correto porque o ex-presidente da CBF tem um passaporte diplomático, apesar de a validade do documento ter expirado em março. Os advogados sustentam que a prisão só poderia ter sido efetivada com a presença de um diplomata na delegacia.
Procurada, a assessoria de imprensa do Itamaraty disse ao blog que o passaporte não garantiria imunidades diplomáticas a Marin. Isso só acontece quando o governo expede um documento afirmando que o cidadão brasileiro está no exterior em missão oficial.
 “O senhor Marin não era acreditado pelo governo brasileiro como representante do Brasil junto ao governo suíço”, diz nota enviada pelo departamento de comunicação do Itamaraty ao blog.
Marin, conforme explicou a assessoria de imprensa do órgão, teve direito ao passaporte diplomático por presidir o Comitê Organizador Local da Copa do Mundo. A legislação prevê esse privilégio a cidadãos que não fazem parte do corpo diplomático nacional, desde que seja o interesse do país.
Outra tese dos advogados é que não havia necessidade de prisão por se tratar de crime financeiro. Bastaria, segundo eles, bloquear os bens do dirigente.
Apesar de o processo estar na fase de discussão sobre a extradição, os advogados de Marin tocaram em alguns pontos relativos à acusação feita pelos americanos. Sustentaram que não há um conjunto forte de provas contra ele e que o brasileiro é apenas coadjuvante numa gigantesca engrenagem suspeita de corrupção. O brasileiro é acusado de participar de um esquema de propinas envolvendo a venda de direitos de transmissão de jogos.
Perrone.

ISSO SÓ PODE SER BRINCADEIRA:
“...Marin está sendo acusado de crime inexistente no Brasil: conspiração para lavagem de dinheiro”.
E mais:
“...o brasileiro é apenas coadjuvante numa gigantesca engrenagem suspeita de corrupção. O brasileiro é acusado de participar de um esquema de propinas envolvendo a venda de direitos de transmissão de jogos”.
E isso só pode ser chicana desses advogados...

Um camarada que fez sua vida no facio/integralismo, que era filho de um lutador de box de Santo Amaro, e agora é multimilionário, que não ganhou na Mega Sena, só pode ter rabo preso em algum lugar, com alguém, e isso tem que ser averiguado CUSTE O QUE CUSTAR.

A extradição para o EUA tem que acontecer para o bem do futebol mundial, do futebol nacional, da Ética & dos Bons Costumes, pois “Aqui se faz, aqui se paga”.
E tenho dito.


Jorge Eduardo Fontes Garcia.

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