Ser gay é lindo em Toronto. Cidade quer Pan-americano 'mais LGBT da história'
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"Ódio de qualquer tipo não pode ter lugar no século
21." A declaração do secretário geral das Nações Unidas (ONU), Ban
Ki-moon, foi bastante clara na véspera da abertura da Olimpíada de Inverno em
Sochi, na Rússia, em 2014.
Mas nada surtiu efeito.
Atletas, ex-atletas, treinadores, comissões inteiras se
rebelavam contra as leis homofóbicas do país de Vladimir Putin.
A coisa é tão séria que não são raros os casos de quem
deixou a terra gelada para trás para recomeçar tudo num outro continente.
Toronto, no Canadá, é candidata a apagar as recentes
marcas contra a diversidade dos eventos esportivos. Nesta sexta-feira (10), é
dada a largada para os Jogos Pan-americanos que prometem ser um símbolo de
tolerância e diversidade.
É a terceira vez que os canadenses recebem o evento – as
edições anteriores, de 1967 e 1999, ocorreram em Winnipeg.
Os cinco milhões de habitantes da maior cidade do país
receberão seis mil atletas de 41 nacionalidades americanas.
Serão 16 dias de competições de 36 esportes diferentes.
Os acenos da organização têm sido bastante claros até
aqui. “Queremos ter certeza que qualquer um que vai participar dos Jogos
Pan-Americanos como atleta, técnico ou espectador saiba que a homofobia não vai
ter lugar em nosso ambiente.”
A fala é de John
Jansen, co-presidente de Volunteer Engagement na Pride House.
Pois, vamos lá. A Pride House foi estabelecida em Church
Village e será espécie de pavilhão que servirá de espaço de convivência para
quem quiser acompanhar os jogos.
Claro, a temática é abraçar, ser convidativo à comunidade
LGBT, mas todos são muito bem-vindos. O espaço conta com apoio oficial da organização
do Pan — é a primeira vez que isso acontece.
A própria Toronto é bastante conhecida por sua aura gay
friendly.
Bandeiras da diversidade colorem as ruas, principalmente
no bloco formado pelas ruas Gerrard, Yonge, Charles e Jarvis, em Church
Village.
É por ali que acontece a Semana do Orgulho.
Também na vizinhança está o 519 Church Street Community
Center, sede não oficial da militância pelos direitos LGBT na cidade.
20 anos está em vigor a Carta Canadense de Direitos e
Liberdades, que protege juridicamente os homossexuais de preconceito ou
discriminação.
Por tudo isso, não é difícil entender os motivos que
colocam a cidade no pódio entre as mais receptivas ao público gay.
Mas há entre os países participantes dos jogos quem não
pense da mesma forma. Barbados, Jamaica, Trinidad e Tobago ainda criminalizam
os homossexuais, por exemplo.
COB quer resultados
O Brasil conta com uma delegação de 600 atletas, a
segunda maior participação brasileira em Pan-americanos, ficando atrás somente
dos 670 atletas que vestiram os uniformes brasileiros na edição do Rio de
Janeiro, em 2007. O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) é bastante claro. A ideia
é bater as 141 medalhas conquistadas no Pan de Guadalajara, no México, em 2011.
Toronto servirá como aquecimento para tentar fazer bonito
em casa no próximo ano, quando é a vez de o Brasil receber atletas do mundo
todo para a Olimpíada do Rio.
http://www.brasilpost.com.br/2015/07/10/gay-toronto-panamericano_n_7758550.html?ir=Brazil
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