Caro Francis, de Nelson Hoineff
Ontem, Thereza e eu, assistimos o documentário Caro Francis,
de Nelson Hoineff , é foi uma coisa de louco.
Rimos a bandeiras desbragada com as tiradas do genial Paulo
Francis.
Contudo sofremos com a carta escrita por ele e lida no ar por
sua viúva, Sonia Nolasco, sobre os momentos finais de sua gata , Alzira, e só
quem tem bicho como companheiro pode avaliar o que eu digo.
E, também, com a safadeza da Petrobras e de um tal Joel Rennó que jogou a Petrobras contra ele, se
defendendo de uma acusação de ladroagem feita por Francis no Manhattan Connection, transmitido pelo canal
GNT, que o acabou matando.
Em vez de mover uma ação de Rennó X Francis, este camarada apaniguado de FHC e Jose Serra, gente
que a meu ver não presta, moveu uma ação
envolvendo a própria Petrobras, isso é em que a Estatal era parte, não ele diretamente,
uma aberração porque não foi a empresa a
acusada, mas sim diretores dela.
Uma empresa do Povo Brasileiro agindo contra um cidadão brasileiro
e em Nova York... PARA CALA-LO.
Foi o fim....
Hoje se sabe que desde tempos deste Rennó que na diretoria
da Petrobras tem ladrão, basta ler os noticiários sobre ela, Operação Lava-a-
Jato, Pasadena, CPI, Paulo Roberto Costa, Graças Fortes, etc e tal.. .Penso que
Paulo Francis tinha razão.
Mais em miúdos:
“ação de indenização proposta contra ele pela diretoria da
Petrobras na época, ... Em outubro de 1996 os acusados processaram o jornalista
por dano moral, cobrando indenização no valor de 100 milhões de dólares. A
proposição nos Estados Unidos tinha o evidente objetivo de se beneficiar da
doutrina e da jurisprudência americanas, que (ao contrário do procedimento
brasileiro) admitem valores elevados como verba indenizatória por danos morais,
uma lesão subjetiva, difícil de mensurar .Afora esse propósito, não parecia
haver a determinação dos diretores da Petrobrás de sacar US$ 100 milhões de
Francis. Talvez quisessem mesmo era assustá-lo, o que pode explicar a omissão
do presidente Fernando Henrique Cardoso. Amigo de longa data de Paulo Francis,
FHC não usou o poder que tinha para desestimular Rennó e colegas da ação, o que
teria magoado Francis profundamente. Ele também sofreu com "o silêncio eloquente
da maioria dos colegas jornalistas, sobretudo de velhos amigos, que não saíram
em seu apoio", relata o biógrafo Paulo Eduardo Nogueira.
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/a_verdade_sobre_a_morte_de_francis
Paulo Francis estava sofrendo com a situação e começou a ter
uma dor terrível no ombro tendo ido procurar um Doutor Jesus Cheda que diagnosticou
bursite, aplicou-lhe uma injeção, e se mandou para o Carnaval Carioca.
O Dr. Cheda nem o mandou para um cardiologista sabendo que
ele já tinha tido dois enfartes, mas é a vida, o mundo tá cheio de doutores
Chedas.
E Jesus acabou chamado Paulo Francis que teve o final do
enfarte em seu apartamento da esquina da Rua 47 com a Segunda Avenida, durante
o atendimento dos paramédicos do 911, o
telefone de emergência de Nova York,
chamados por Sonia Nolasco.
Rennó e sua ação foram, sem duvida nenhuma, responsáveis pela
morte de Franz Paul Trannin da Matta Heilborn, o nosso Paulo Francis.
Sim, o nosso Paulo Francis, pois sem ele a vida cotidiana brasileira
ficou mais triste, é só analisar estes últimos 17 anos depois de sua morte.
Eu quase não dormi por causa deste programa.
Varias e varias coisas passaram em minha mente provocando terríveis
pesadelos.
A Família Heilborn sempre foi amiga de minha família - leiam-se
meus pais e tios maternos- por isso eles eram íntimos nossos a ponto d’eu chamá-los
de tios e tias.
Maria Ignez, filha de meus tios Walther e Neda Heilborn, era
dois dias mais velha do que eu, o que provocava comentários hilariantes.
Era uma Raça inteligentíssima.
E as lembranças me incomodaram muito, além do que o caso da
gata de 11 anos, me derrubou.
Tenho uma provecta companheira felina de 11 anos, e tenho um
medo danado de que ela morra de uma hora para outra.
Isso nos deixa, Thereza e eu, doentes só de pensar.
Chega doei.
Por tudo isso este magnifico documentário de Nelson Hoineff,
Caro Francis, me abalou profundamente.
Jorge Eduardo
São Paulo
Na Rua Piauí.
15/08/2014
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