quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

VASCO 2 x 0 VOLTA REDONDA – autor: Jorge Eduardo Fontes Garcia.

O Vascão não está morto não.
Gostei do que vi.
E olha que o Volta Redonda Futebol Clube jogou muito bem, foi um combativo, um competitivo, time que não teve medo de jogar em São Januario, a vetusta e tradicional sede Club de Regatas Vasco da Gama, , inaugurado em 21 de Abril de 1927.
Visão de Jogo:
Mais, vamos ver o que diz o UOL-Esporte sem eu site http://esporte.uol.com.br/futebol/campeonatos/estadual-do-rio/ultimas-noticias/2016/02/10/vasco-x-volta-redonda-pelo-campeonato-carioca.htm

Primeiro tempo
O Vasco não foi o mesmo das outras partidas, Nenê pouco atuou na zona de criação, e o meio de campo sem "volante brucutu" sofreu nos contragolpes do rival. Foi isso que fez a metade inicial ser equilibrada. Destaque para as duas bolas na trave, uma de cada lado: aos 41 minutos, Niltinho, do Volta, carimbou o poste esquerdo de Martín Silva. Aos 42, Éder Luis, de cabeça, após cobrança de escanteio, respondeu também acertando o pau.
Segundo tempo
Com chance de somar pontos contra um dos grandes clubes do campeonato, o Volta voltou ainda mais preocupado com a marcação - como consequência, perdeu intensidade ofensiva. Aos 15, Nenê abriu o placar, de pênalti. O time visitante acordou na sequência: tentou empate com Vinícius Pacheco, aos 20, em finalização da entrada da área. Também quase chegou lá quando Niltinho cruzou e a bola tomou o rumo do gol. E teve outra oportunidade aos 33: Martin Silva fez ótima defesa na cabeçada de Tiago Amaral - no rebote, Luan e Niltinho finalizaram mal. Mas foi do Vasco, de Thalles, o tento que definiu o marcador.
E parece que não foi o dia dos Luans conforme o abaixo:
PIORES [ jogadores]:
Luan, Volta Redonda
O Volta Redonda deu sufoco no Vasco a partir da metade do segundo tempo, e poderia ter empatado a partida, caso Luan acertasse a mira. Aos 33 minutos do segundo tempo, Tiago Amaral cabeceou firme, de dentro da área, e exigiu defesa "milagrosa" de Martín Silva, que ficou caído no chão. A bola sobrou no pé do zagueiro - que, no ataque, deu uma de defensor. Ele pegou na "orelha" da redonda, que, em vez de estufar a rede, saiu para o lado.
Luan, Vasco
O zagueiro do Vasco, também Luan, foi outro destaque negativo do confronto. Aos 36 minutos do primeiro tempo recebeu cartão amarelo por matar contragolpe puxado por Dija Baiano. Aos 44 do segundo, viu outra advertência, desta vez por falta em Niltinho, e acabou expulso. Ele não enfrentará o Flamengo no clássico de domingo (14).
Ficha Técnica:
Data: 10/02/2016, uma quarta-feira de cinzas.
Local: Estádio de São Januario com um Rio na hora do confronto com os termômetros na registrando 31ºC - ou pior: a sensação térmica nesta quarta-feira de cinzas chegou atingiu 50ºC.
A partida teve início às 19h30, já à noite, mas mesmo assim o árbitro Bruno Arleu de Araújo promoveu paradas técnicas nos dois tempos.
Árbitro: Bruno Arleu de Araújo
Cartões amarelos: Bruno Barra (Volta), Luan (Vasco), Jorge Henrique (Vasco), Nenê (Vasco), Martín Silva (Vasco), Rodrigo (Vasco)
Cartão vermelho: Luan (Vasco)
Gols: Nenê (Vasco), aos 15' do segundo tempo, Thalles (Vasco), aos 48' do segundo tempo
Vasco: Martin Silva; Mádson (Bruno Gallo), Rodrigo, Luan e Julio Cesar; Julio dos Santos, Andrezinho e Nenê; Éder Luis (Thalles), Riascos e Jorge Henrique (Yago Pikachu)
Técnico: Jorginho
Volta Redonda: Mota; Marrone (Rafael Pernão), Luan, Mailson e Cristiano; Bruno Barra, Marcelo, Vinícius Pacheco (Pedro Isidoro) e Dija Baiano (Luiz Gustavo); Tiago Amaral e Niltinho
Técnico: Ricardo Cruz
Repito: Eu gostei de ver o Vascão, que tem 100% de aproveitamento, contra seu arquirrival o Clube de Regatas do Flamengo, e que vença o melhor em campo.

Jorge Eduardo Fontes Garcia 

PORTUGUESA 0X5 FLAMENGO – autor: Jorge Eduardo Fontes Garcia

Local: Estádio Raulino de Oliveira - Estádio General Sylvio Raulino de Oliveira, também chamado de Estádio da Cidadania – na dinâmica cidade de Volta Redonda, na mesorregião Sul Fluminense, no estado do Rio de Janeiro.
A brava Associação Atlética Portuguesa, com sede Rua Haroldo Lobo, 400 – Ilha do Governador – qual Fênix ressurgiu das cinzas e está disputando o Campeonato Carioca de 2016.  
A brava Portuguesa não foi páreo para o Flamengo de Dom Muricy Ramalho.
Vi o VT e não gostei do que vi, pois me deu pena dos jogadores da equipe luso-carioca.
Foi uma tristeza.
Visão de Jogo:
Mais, foi assim que o reporte de O Dia viu o jogo:
O Flamengo pressionou a Portuguesa logo no começo do jogo. Juan ganhou pelo alto, em cobrança de falta, mas desviou para fora, com perigo. Depois, Willian Arão deixou Sheik cara a cara com o goleiro. Márcio salvou. O goleiro da Lusa também saiu nos pés de Rodinei e abafou outro lance. E ainda deu sorte. A arbitragem marcou toque de mão de Diego Maia. Pênalti. Sheik isolou.
O Rubro-Negro chegou a ter 83% de posse de bola. Era praticamente ataque contra defesa. O gol do Flamengo até que demorou a sair. Aos 31, Mancuello cobrou falta na medida para Guerrero, de peixinho, fazer 1 a 0. Foi o quarto gol do atacante peruano na temporada, igualando o número feito em 2015.
O segundo gol saiu três minutos depois. Sheik, por elevação, achou Willian Arão. Com toque de cabeça, ele encobriu o goleiro e fez 2 a 0. Uma atuação contundente do Flamengo, com movimentação e posse de bola.
O Flamengo continuou superior e encurralando a Portuguesa no segundo tempo. Logo no começo, Sheik lançou Marcelo Cirino, desarmado na hora H. Depois, a arbitragem ignorou pênalti em Guerrero. Na sequência, o atacante levou perigo em chute com força, para fora. A movimentação rubro-negra surtia efeito. E novamente com Arão se lançando ao ataque.
Guerrero escorou para Cirino, que percebeu a movimentação de Arão. Ele dominou e chutou. A bola bateu no goleiro, ganhou altura e, apesar do esforço da zaga, entrou: 3 a 0.
O baile rubro-negro seguia. A Portuguesa se complicou ainda mais quando Allan Miguel foi expulso após falta em Gabriel, que entrou no lugar de Marcelo Cirino. A situação da Lusa piorou... Márcio derrubou Sheik na área e fez pênalti. Como já tinha amarelo, também foi expulso. Como o time já havia feito três substituições, o zagueiro Fernando, revelado pelo Fla, foi para gol. Emerson Sheik bateu e agora marcou: 4 a 0.
O Flamengo mandava no jogo, mas não chutava a gol. E ainda levou um susto. Em contra-ataque, Rafael Paty ganhou pelo alto e obrigou Paulo Victor a salvar o Rubro-Negro. Improvisado, Fernando até defendeu o primeiro chute que foi a gol, mas não evitou o quinto do Fla, com Rodinei.

FICHA TÉCNICA
PORTUGUESA 0X5 FLAMENGO
Estádio: Raulino de Oliveira
Público e renda:  7.077 pagantes / 8.205 presentes / R$ 181.765,00
Árbitro: Philip Bennett
Gols: Guerrero (Flamengo, aos 31' do 1ºT), Willian Arão, (Flamengo, aos 34' do 1ºT e aos 14' do 2ºT), Emerson Sheik (Flamengo, aos 29' do 2ºT) e Rodinei (Flamengo, aos 44' do 2ºT)
Cartão amarelo: Guerrero (Flamengo) e Rafael Paty e Elivelton (Portuguesa)
Cartão vermelho: Allan Miguel e Márcio (Portuguesa)
PORTUGUESA: Márcio; Belamino, Pessanha, Allan Miguel e Diego Maia; Silvano, Victor Hugo (Éberson, aos 5' do 2ºT) e Alê Carioca; Allan (Fernando, aos 25' do 2ºT), Rafael Paty e Gilcimar (Elivelton, aos 3' do 2ºT); Técnico: Gaúcho.
FLAMENGO: Paulo Victor; Rodinei; Juan, Wallace e Jorge; Márcio Araújo, Willian Arão (Alan Patrick, aos 38' do 2ºT) e Mancuello; Emerson Sheik, Marcelo Cirino (Gabriel, aos 19' do 2ºT) e Guerrero (Felipe Vizeu, aos 32' do 2ºT); Técnico: Muricy Ramalho.
Vamos ver se essa boa maré, esse time que será colocado à prova no domingo, no clássico com o Vasco, em São Januário, dará conta do recado, até porque o Vasco não tá morto não.
É isso aí...
Jorge Eduardo Fontes Garcia


São Paulo 1 X 0 Cesar Vallejo. Autor: Jorge Eduardo Fontes Garcia

Acabou o Carnaval, agora é futebol, por isso vamos a São Paulo 1 X 0 Cesar Vallejo.
Local: Pacaembu – SP- em 10/02/2016.
O Club Deportivo Universidad César Vallejo, mais conhecido como Universidad César Vallejo, é um clube de futebol peruano da cidade de Trujillo, que joga na primeira divisão do Campeonato Peruano, fundado em 6 de janeiro de 1996, portanto um time sem grande tradição futebolística.
Uma equipe fraca, mais eu destaco a atuação de Riojas, um zagueiro de 24 anos, e 1: 83 de altura, que deu dois chapéus no nervosinho Michel Bastos, e que motivou o pênalti sofrido pelo artista P.H. Ganso, pois de pênalti a jogada não teve nada.
Aliás, o nervosinho capitão Michel Bastos perdeu o pênalti.
É o que eu chamo de justiça divina no futebol.
Não foi pênalti, arbitro errou, não entrou...
O São Paulo, velho e acabado, com jogadores pífios, que acertaram mais as traves da meta adversária do que jogaram um futebol palatável, não vai muito longe nem na Libertadores, nem no Campeonato Paulista, muito menos no Brasileirão.  
Já se viu que contratar técnico estrangeiro não dá certo, pois eles não conhecem a essência dos jogadores brasileiros, nosso jeito de ser e de jogar, mas insistiram contratando Edgardo Bauza, um argentino de 58 anos, que em seu currículo consta que levou a Liga Deportiva Universitaria, mais conhecida como LDU, de Quito, Equador, a vitória na Taça Libertadores de 2008, e, também, o Club Atlético San Lorenzo de Almagro, o San Lorenzo do Papa Francisco, a vitória da  Copa Libertadores de 2014,e vice-campeão da Copa do Mundo de Clubes da FIFA no mesmo ano.
Mais, vamos lhe dar uma chance, afinal o pobre homem é treinador de uma equipe cujos jogadores deixam muito a desejar, pois não???
Vamos ver a próxima partida do veteraníssimo São Paulo Futebol Clube na próxima quarta-feira (17), contra o The Strongest, pela Copa Libertadores, e no Campeonato Paulista contra o Corinthians.
Visão de Jogo:
De Guilherme Palenzuela
Primeiro tempo
A ausência de Alan Kardec foi sentida pelo São Paulo no primeiro tempo. Se no jogo no Peru as principais movimentações passavam pelo pé do camisa 14, o mesmo não acontecia com seu substituto, Jonathan Calleri, no Pacaembu. O argentino pouco participou das ações coletivas. Nos 45 minutos iniciais, o jogador com mais participação era outro estrangeiro: Centurión. O camisa 20 foi o responsável pela maior parte das jogadas ofensivas pelas laterais, mas, na melhor chance, chutou para fora depois de passar por dois adversários.
Segundo tempo
Com um Ganso mais participativo, o São Paulo voltou melhor para a segunda etapa. Foi em cima do camisa 10, inclusive, o lance que poderia ter dado mais tranquilidade ao time brasileiro na partida. Aos 6 minutos, o meia foi derrubado na área. Na cobrança do pênalti, Michel Bastos acertou a trave. Apesar do erro, o São Paulo continuou na pressão, mas com dificuldades para invadir a área peruana. Dessa maneira, a solução eram os chutes de fora da área: Thiago Mendes teve a melhor chance, aos 32 minutos, mas parou na defesa do goleiro Libman. E se já estava dramático, a trave deixou a situação ainda mais tensa. Em dois minutos, Calleri e Hudson chegaram perto de balanças as redes, mas pararam no poste. Mas a mudança da vitória viria aos 40 minutos, quando Rogério entrou no lugar de Ganso. Dois minutos mais tarde, o atacante balançou as redes do Cesar Vallejo e garantiu a classificação são-paulina.

Ficha técnica
São Paulo 1 X 0 Cesar Vallejo
Local: Pacaembu (SP)
Data: 10/02/2016
Horário: 21h45 (de Brasília)
Árbitro: Cristian Ferreyra (URU)
Assistentes: Nicolas Tarrán e Richard Trinidad (ambos do Uruguai)
Público: 32.567
Renda: R$ 1.951.355,00
Cartões amarelos: Mena e Michel Bastos (São Paulo); Riojas, Montes, Millan e Guizasola (Cesar Vallejo)
Gol: Rogério, aos 43 minutos do segundo tempo
São Paulo: Denis; Bruno, Lucão, Rodrigo Caio e Mena (Carlinhos); Hudson, Thiago Mendes, Centurión (Wesley), Ganso e Michel Bastos; Calleri. Técnico: Edgardo Bauza
Cesar Vallejo: Libman; Requena, Cardoza, Riojas e Guizasola; Ciucci, Quinteros (Vidales), Morales (Rossel), Millan e Hohberg; Montes (Chavez). Técnico: Franco Navarro

É isso aí.

Jorge Eduardo Fontes Garcia
São Paulo 11 de fevereiro de 2016. 

Macularam a Águia do G.R.E.S. Portela e perderam. Autor : Jorge Eduardo Fontes Garcia

Oswaldo Cruz é um bairro tipicamente residencial, com aproximadamente 40 mil habitantes, na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro, fazendo parte da XV Região Administrativa de Madureira.
O bairro de Oswaldo Crus “localiza-se entre os bairros de Madureira (leste); Bento Ribeiro (oeste); Campinho e Vila Valqueire (sul); e Turiaçu e Rocha Miranda (norte) ”.
Sua História começa com a abolição da escravatura quando “ os antigos latifúndios começaram a ser repartidos pela população pobre que se amontoavam no Centro do Rio por causa das reformas urbanas realizadas pelo prefeito Francisco Franco Pereira Passos, alcaide do Rio de Janeiro de          1902 a 1906 ”.
Nessa época o local era denominado de Rio das Pedras por causa do Rio das Pedras que a atravessa, e que hoje faz parte da Sub-bacia dos Rios Acari/Pavuna/Meriti (Vila Valqueire, Praça Seca, Campinho Oswaldo Cruz Bento, Ribeiro e Rocha).
Acontece que em 17 de abril de 1898 foi inaugurada a estação de trens da Estrada de Ferro Central do Brasil, antiga Estrada de Ferro D. Pedro II, que foi
denominada Estação Rio das Pedras, e “a partir daí a História do bairro se confunde com a da Ferrovia”, claro, pois facilitou o acesso.
“ Após a morte do médico e sanitarista Oswaldo Cruz, em 1917, a Estação Rio das Pedras passou a ser a Estação Oswaldo Cruz, e com o tempo o bairro nascente, que cresceu ao longo das ruas João Vicente e Carolina Machado, também, passou a ser denominado Oswaldo Cruz, sendo os seus primeiros logradouros oficializados no mesmo ano da mudança de nome da estação de trens, ou seja, 1917”.  

Paulo da Portela (Paulo Benjamin de Oliveira), O Cidadão Samba, cuja família se mudou em 1920 para Osvaldo Cruz, indo morar numa casinha de vila que hoje corresponde ao 338 da Estrada da Portela, fundou, no início do mesmo ano o "Ouro Sobre Azul", o primeiro bloco de Osvaldo Cruz, mais no estilo dos ranchos do que do samba, na casa de ‘seu’ Napoleão, pai de ‘seu’ Natal da Portela, um dos grandes festeiros do bairro.
Paralelamente “ nos idos de 1921, Dona Esther Maria Rodrigues e seu marido Euzébio Rosas, então porta-bandeira e mestre-sala do cordão Estrela Solitária, de Madureira, mudaram-se para Osvaldo Cruz, onde fundaram o bloco “Quem Fala de Nós Come Mosca”, bloco este frequentado tanto pelas pessoas do bairro, quanto por alguns artistas como Pixinguinha, Cartola, Roberto Silva, Augusto Calheiros, Donga, Gilberto Alves, entre outros”.
Em 1922 houve um desentendimento e uma turma capitaneada por Paulo da Portela fundou o bloco "Baianinhas de Oswaldo Cruz".
“Eram eles Galdino Marcelino dos Santos, Antônio Rufino dos Reis e Antônio da Silva Caetano, entretanto esse bloco não durou muito tempo, não teve vida longa”.


“Em 11 de abril de 1923, reunidos na Casa e Bar do Nozinho, na Estrada do Portela, número 412, os bambas Paulo da Portela, Antônio Rufino dos Reis e Antônio da Silva Caetano, entre outros, decidiram criar um outro nascendo assim o Conjunto Carnavalesco Osvaldo Cruz, que teve Paulo da Portela como seu primeiro presidente”.
Esse bloco só teve bloco documentação oficializada em 1926, mas podemos considera-lo como o embrião do Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela, tanto que a Tradicional Portela ignora a data de 1926, e considera a data 11 de abril de 1923 como o de sua fundação.
“O Pai de Santo Zé Espinguela em 20 de janeiro de 1929, um domingo, dia de Oxóssi para alguns e de São Sebastião para outro, realizou o primeiro concurso entre Escolas de Samba na Rua Adolpho Bergamini, no bairro de Engenho de Dentro”.
Desfilaram a Mangueira, a Estácio de Sá, e o Conjunto Oswaldo Cruz.
O vencedor desse concurso não oficial foi “ o Conjunto Carnavalesco Oswaldo Cruz, que teve Paulo da Portela como seu primeiro presidente” e que mereceu um elogio do próprio carnavalesco Zé Espinguela. ”
Heitor dos Prazeres, compositor, cantor e pintor autodidata, estava entre os participantes do Conjunto Carnavalesco Oswaldo Cruz, e foi o responsável pelo samba dessa vitória de nome Não Adianta Chorar.
Os vencedores resolveram mudar o nome para "Vae Como Pode", por causa de uma briga entre Heitor dos Prazeres e Antônio Rufino dos Reis, pois Heitor “ teria se apropriado dos direitos autorais de Rufino, registrando em seu nome o samba "Vai mesmo", prática comum entre os sambistas da época, mas não tolerada em Oswaldo Cruz”.
Era roubo de propriedade intelectual, mas naquela época já valia a esperteza, como foi o caso do registro de “Pelo Telephone. ”
Paulo da Portela se afastou da agremiação por um tempo, e Antônio da Silva Caetano se tornou o novo presidente, e foi ele que escolheu as cores azul e branco para a agremiação.
“ Também na mesma ocasião foi escolhida a águia como símbolo da entidade, pois esta simbolizaria, para Caetano, o voo mais alto que os sambistas desejariam alçar”.
AÍ É QUE ESTÁ O BUSÍLIS. 


Muda o nome, mais uma vez:
 “Em a 3 de março de 1935, o delegado Dulcídio Gonçalves, da Delegacia de Costumes e Diversos, na época, a responsável pela inscrição e desfile dos blocos carnavalescos, recusou-se a renovar a licença da Vae Como Pode, por considerar o nome chulo e indigno, ele próprio sugeriu que a agremiação fosse batizada como Portela, em referência a Estrada do Portela, onde os sambistas se reuniam, com a histórica frase: "Então vai se chamar Portela”. ”
“Assim, Paulo da Portela, Cláudio Manuel, José Natalino (“ seu” Natal), Candinho, Alcides Dias Lopes (Alcides Histórico), Manuel Gonçalves (Manuel Bam-Bam-Bam), Antonio Rufino e Antonio Caetano criaram o Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela, e com o novo nome, a escola de samba venceu pela primeira vez o desfile de carnaval carioca, com o enredo "O Samba Dominando o Mundo”. ”
“Durante o desfile, a escola levou para a avenida um rústico globo terrestre, idealizado por Antônio Caetano, introduzindo, desta forma, as alegorias nos desfiles das escolas de samba”.
“ Segundo o livro "Carnaval - Seis Mil Anos de História", de autoria de Hiram Araújo, durante todos os anos em que desfilou, conseguiu dois bicampeonatos, dois tricampeonatos, dois tetracampeonatos, um pentacampeonato, um hexacampeonato e um heptacampeonato, totalizando 21 títulos”.
Mais, voltemos ao AÍ É QUE ESTÁ O BUSÍLIS.
Antônio da Silva Caetano escolheu a Águia como símbolo da Portela porque “ esta simbolizaria o voo mais alto que os sambistas desejariam alçar”, portanto a Águia é o Símbolo Sagrado do Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela.
“ Sagrado (do latim sacratu) refere-se a algo que merece veneração ou respeito religioso por ter uma associação com uma divindade ou com objetos considerados divinos”.
Muito bem.
Eu não gosto do trabalho do carnavalesco Paulo Barros, é um direito meu não gostar.
Não gostei mais ainda quando ele colocou um componente vestido de Moisés sobre o Símbolo Sagrado do Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela, a Águia, no desfile da Marquês de Sapucaí, a Passarela do Samba.
Seu carnaval foi denominado “No voo da águia, uma viagem sem fim...”, mas isso não lhe dava o direto de MACULAR A ÁGUIA DA PORTELA.
Não mesmo.
Não gostei, mesmo.
Que colocasse dezenas, centenas, de águias pelo desfile afora, mas não na Grande Águia que sempre abriu o desfile da agremiação, seu Símbolo Sagrado, para assim justificar o nome de seu carnaval, de sua criação para o Carnaval 2016.  
E tem mais:
Moisés, o «mais humilde do que todos os homens que havia sobre a face da terra» (Números 12:3), nunca andou sobre águia nenhuma, NUNCA.
Os fatos sagrados realizados por Moisés são de grande relevância para a História da Humanidade, pois, ele é um Profeta importantíssimo para o Judaísmo e para o Cristianismo, importância esta reconhecida até pelo Islamismo, portanto criar para o Homem Santo um fato profanador não está certo.
Colocar Moisés em cima de uma águia é fazer dele um personagem de historietas de fantasias, como o Pequeno Príncipe de Saint-Exupéry que foi puxado por um bando de pássaros.  
Não se deve brincar com a Fé das pessoas.
Isso é um desrespeito.
Não podem.
Dessa “ extravagância” não se pode dizer que é uma exegese, uma interpretação um texto religioso, pois em nenhum versículo das Sagradas Escrituras fala de Moisés pegando carona no costado de uma águia, NENHUM.
O nome Moisés, em hebraico: מֹשֶׁה; moderno: Moshe, tem o significado de "retirado das águas", em referência às circunstâncias de sua adoção, mas isso não dá o direito do senhor Paulo Roberto Barros Braga, de Nilópolis, com 53 anos, colocar o Homem Santo na avenida Marques de Sapucaí passando sobre umas ‘coisas’ azuis que representavam as águas – quiçá o Mar Vermelho-  nos costados de uma águia, NÃO MESMO.
A chamada “interpretação poética de um artista” tem limites.
Eu não concordo nem um pouco com a chamada “Releitura de um fato bíblico”, porque não existe releitura de um fato bíblico.
Além do que a “liberdade de criação” não pode “esculhambar” com um acontecimento religioso, não pode afrontar a Fé das pessoas, e ele o fez com essa colocação de Moisés sobre a águia em meio a uma festa considerada profana pelos verdadeiros cristão e muçulmanos.
A Águia Pisoteada 

Isso sem falar, repito, dele ter conspurcado o maior símbolo da Portela, a Águia.
Ele afirma, e parece que foi, o seu Monarco, discípulo de Paulo da Portela, que que permitiu tal feito, e eu acredito pelo que vi na TV Globo, já que o senhor Barros até ajoelhou para beijar as mãos do velho compositor da Velha Guarda da Portela, afirmando que ele era o substituto de seu pai que morrera a dois anos, mas será que os portelenses à antiga, como eu, concordam com o feito?
Será que Paulo da Portela concordaria com o fato?
Será que Antônio da Silva Caetano que escolheu o Símbolo, A águia, concordaria com tal ultraje?
Será que o “ seu” Natal, de saudosa memória, aceitaria esse despautério?
Será que os outros “ Pais da Escola” concordariam com tal absurdidade?
Será que os portelenses de coração concordam em ver a sua gloriosa Águia servindo de ‘ veiculo’, ou fazendo parte de algo, sendo assim colocada em segundo plano?
Sendo vilipendiada?
Sendo injuriada?
Sendo ultrajada?
Sendo PISADA?
Sim, pois o Símbolo maior foi pisado sem dó nem piedade.
Sujado por pés que lá não deveriam estar, nem no momento do desfile, nem nunca.
Eu me considero ofendido com tal desprezo, sim para mim desprezo, do carnavalesco e de sua turma, bem como pela postura do velho compositor Monarco, que permitiu essa violação do sagrado.
Começa assim, daqui a pouco querem colocar ‘penduricalhos’ na Bandeira da Portela, em seu orgulho Pavilhão de tantas glorias.
"Seu" Natal, de saudosa memória. 

Acontece que nesse Brasil do Lulodilmismo tudo é permitido, tudo pode, não há limites, portanto, vemos e veremos os “ Paulos Barros da vida” fazerem e desfazerem como bem entende de todos os símbolos, de todos os valores, da Sociedade Judaico-Cristã, pois a maioria não está nem aí para cor da chita.
Amortecido por tantos fatos desabonadores que pululam no Brasil, que nos reprime, que não nos permite ter claramente a consciência deles, os fatos desabonadores, o Inconsciente Coletivo não reage mais...   
Assim, quem pode faz o que quer, pois sabe que não será punido por nada.

Não é o CAOS, mas é a ESCULHAMBAÇÃO TOTAL.

Todavia, eu aqui do meu cantinho vejo que “ Macularam a Águia da Portela e perderam”.
 E tenho dito.

Jorge Eduardo Fontes Garcia

São Paulo 11 de fevereiro de 2016.





Oyá, Exu e Zé Pelintra na Marquês de Sapucaí autor: Jorge Eduardo Fontes Garcia


Maria Bethânia ao dar entrevista ao jornalista Luis Roberto, da TV GLOBO, definiu o carnaval da Mangueira levantando os braços e exclamando:
“ Eu sou filha de Oyá, a homenagem é para ela”.
Nesses tempos modernos realmente a cantora foi usada como tema “dentro” do, ou “para”, o maior culto do Candomblé jamais realizado nesse País por um Grêmio Recreativo Escola de Samba, pelo menos que eu tenha assistido. 
Como eu já afirmei as agremiações dos sambistas do carnaval do Rio de Janeiro estão ligadas as religiões africanas, em especial ao Candomblé, desde os seus primórdios, pois seus pavilhões eram bentos pela famosa Tia Ciata, uma baiana de Santo Amaro da Purificação como a “homenageada Bethânia”, uma Iyakekerê (Mãe Pequena), aliás, aclamada como a Mãe do Samba, que residia na nossa Praça Onze tão querida.
Tia Ciata benzia os pavilhões dos ranchos que são os ‘pais’ da Escolas de Samba.
Era   "obrigatório" passar diante de sua casa antes de qualquer desfile.

Assim sendo, fica claro, claríssimo, que os desfiles das agremiações carnavalesca são parte integrante do ‘culto afro’ desde do início, desde os tempos das Tias Baianas, as senhoras negras, muitas delas originárias da Bahia, que viviam no Rio de Janeiro.



Em 28 de abril de 1928 no “ Buraco Quente (Travessa Saião Lobato nº 21), na casa de seu Euclides da Joana Velha, pai do João Cocada, foi fundada a agremiação que veio a ser Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira da Mangueira (o nome foi dado em 1935), sendo sete os sambistas   fundadores: Seu Euclides (Euclides Alberto dos Santos, o dono da casa), Saturnino, Marcelino, Cartola, Pedro Caim, Abelardo da Bolinha e Zé Espinguela”.
O pavilhão verde e rosa – cores escolhidas por Cartola- não foi bento por Tia Ciata já que ela havia morrido em 1924, e eu não tenho a menor ideia de quem o benzeu.
Contudo, houve uma Tia importante na consolidação do Samba no Complexo do Morro da mangueira, a Tia Fé.
Benedita de Oliveira, a Tia Fé, “ uma negra que se vestia de baiana o ano inteiro, que era Mãe de Santo de um Terreiro famoso no primeiro quartel do vinte do século XX, Terreiro esse que com sua morte foi herdado por seu genro, Hilário Chiquinho Crioulo”.
Com isso a casa de Tia Fé, também, no Buraco Quente, se tornou um local de reunião dos sambistas do Morro da Mangueira.

Em 1910 criou com o filho Alcides e o genro Júlio Dias Moreira, marido de sua filha Palméria, o rancho carnavalesco Pérolas do Egito, cuja “ a sede era dentro da cerca da Estrada de Ferro, pois lá ficava o Registro, era o cano de água da Rio Douro, onde as lavadeiras da localidade costumavam disputar uma vaguinha no grito e no tapa*”. EITCHA... 




A iniciativa de Tia Fé certamente influenciou os sambistas como o já citado “ José Gomes da Costa, o Zé Espinguela, Pai de Santo e "irmão de cabeça" de dona Lucíola, velha matriarca da Mangueira.
Zé Espinguela, que não morava no morro, mas de lá não sai por causa de uma teuda e manteuda, em “1925 teve ideia de fundar um bloco, a que deu o sugestivo nome de Bloco dos Arengueiros, constituído, entre outros, por Cartola (Angenor de Oliveira), Maçu (Marcelino José Claudino), Saturnino Gonçalves e seu irmão Arthur (respectivamente pai e tio de D. Neuma da Mangueira), Carlos Cachaça (Carlos Moreira de Castro), Chico Porrão, Fiúca e Homem Branco”.
Esses acima mencionados, os ‘arengueiros”, são os fundadores da agremiação carnavalesca que em 1935 passou a ser o Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira da Mangueira.
O Pai de Santo Zé Espinguela “em 20 de janeiro de 1929, um domingo, dia de Oxóssi para alguns e de São Sebastião para outro, realizou o primeiro concurso entre escolas de samba no bairro de Engenho de Dentro, em frente a sua casa, na Rua Adolpho Bergamini, onde hoje está a sede do Grêmio Recreativo Escola de Samba Arranco.
Disputaram a Estácio, a Mangueira e o Conjunto Carnavalesco Osvaldo Cruz, (a futura Portela).
A vencedora desse concurso não oficial foi a “ o Conjunto Carnavalesco Osvaldo Cruz, sabiamente dirigida pelo Paulo”, segundo as palavras do próprio Zé. ”
Mais, o que importa aqui é que vemos uma Tia Mãe de Santo nos primórdios do samba no complexo do Morro da Mangueira, e mais:
Um Pai de Santo entre os fundadores do Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira.

Com isso, mais uma vez, conseguimos entender a “ Simbiose” entre as religiões afros e as agremiações de sambista, uma inter-relação de tal forma íntima iniciada por Tia Ciata, uma Iyakekerê, que é considerada a Mãe do Samba, na Praça Onze tão querida. 
Mas vamos para o presente: 

A Mangueira não ganhava o Concurso do Grupo Especial das Escolas de Samba desde o Carnaval de 2002, com o enredo “Brazil com 'Z' é para Cabra da Peste, Brasil com 'S' é a Nação do Nordeste”, do carnavalesco Max Lopes, "O Mago das cores", imortal da Academia Brasileira de Belas Artes (ABBA), tendo como puxador de seu samba o célebre Jamelão, portanto a 14 anos.
O jovem carnavalesco Leandro Vieira, só tem 31 anos, depois de passar pela Caprichoso de Pilares resolveu ‘resgatar orgulho' da Mangueira.
Bastante religioso - “ Os inúmeros santinhos colados num boneco articulado sobre a mesa e a pequena figa de guiné segurando guizos preso ao quadro de avisos – juntou o útil ao agradável escolhendo Maria Bethânia como tema, o que dava a ele a oportunidade de homenagear os Orixás em um culto belíssimo e extraordinário na Avenida Marques de Sapucaí.
Deu no que deu, VENCEU com seu “ a Menina dos Olhos de Oyá”, recebendo da comissão julgadora 269, 80. 
Mais quem é Oyá?
“O nome Oyá vem do Rio Oyá onde era e é o local principal do culto a divindade”.
O Rio Oyá hoje é denominado Rio Níger e fica na Nigéria.
“Oyá é um orixá feminino dos ventos, relâmpagos e tempestades, bem como das paixões.”.
“ Oyá recebeu o título de Iansã - A mãe do céu rosado ou A mãe do entardecer- de Xangô, seu marido, que a via ao entardecer sempre, sempre, radiante”.
No Candomblé - O Mundo dos Orixás - http://ocandomble.com/ está escrito sobre as “ características dos filhos de Iansã / Oyá:
Para os filhos de Oyá, viver é uma grande aventura. Enfrentar os riscos e desafios da vida são os prazeres dessas pessoas, tudo para elas é festa. Escolhem os seus caminhos mais por paixão do que por reflexão. Em vez de ficar em casa, vão à luta e conquistam o que desejam.
São pessoas atiradas, extrovertidas e diretas, que jamais escondem os seus sentimentos, seja de felicidade, seja de tristeza. Entregam-se a súbitas paixões e de repente esquecem, partem para outra, e o antigo parceiro é como se nunca tivesse existido. Isso não é prova de promiscuidade, pelo contrário, são extremamente fiéis à pessoa que amam, mas só enquanto amam.
Estas pessoas tendem a ser autoritárias e possessivas; o seu génio muda repentinamente sem que ninguém esteja preparado para essas guinadas. Os relacionamentos longos só acontecem quando controlam os seus impulsos, aí, são capazes de viver para o resto da vida ao lado da mesma pessoa, que deve permitir que se tornem os senhores da situação.
Os filhos de Oyá, na condição de amigos, revelam-se pessoas confiáveis, mas cuidado, os mais prudentes, no entanto, não ousariam confiar-lhe um segredo, pois, se mais tarde acontecer uma desavença, um filho de Oyá não pensará antes de usar tudo que lhe foi contado como arma.
O seu comportamento pode ser explosivo, como uma tempestade, ou calmo, como uma brisa de fim de tarde. Só uma coisa o tira do sério: mexer com um filho seu é o mesmo que comprar uma briga de morte: batem em qualquer um, crescem no corpo e na raiva, matam se for preciso.
E assim se considera Oyá uma deusa de temperamento mais agressivo, e em sendo a cantora Maria Bethânia uma mulher de temperamento forte e Filha de Santo do Terreiro do Gantois ou Ilê Iyá Omin Axé Iyá Massê, “ um candomblé familiar de tradição hereditária consanguínea, em que os regentes são sempre do sexo feminino”, localizado no o Alto do Gantois, 33, no bairro da Federação, Salvador, Bahia, nada melhor do que ela se tornar, como se tornou, o enredo da Mangueira em 2016, para que seus deuses fossem honrados e cultuados.

Alias, Dona Bethânia pediu orientação a Iansã no Gantois, se ela podia ou não podia aceitar, se era do agrado de Oyá o enredo, e consequentemente o desfile na Marques de Sapucaia, da Mangueira. Só depois, segundo ela, da permissão de Oyá foi que ela aceitou ser o Tema, dando sinal verde para os trabalhos no enredo.  

Venceu...

Dr. Milton Cunha.
Uma disputa entre os Orixás:

Segundo o professor doutor em Letras pela UFRJ, Carnavalesco renomado, comentarista do desfile das Escolas de Samba do Rio de Janeiro pela Rede Globo, o senhor Milton Cunha, nesse ano de 2016 houve “uma guerra entre os Orixás na Marques de Sapucaí”.
Afirmou ele que de um lado estava:

1-     A Mangueira com Oyá/Iansã;
2-     Do outro o Grêmio Recreativo Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro “com Exu, o Orixá guardião dos templos, encruzilhadas, passagens, casas, cidades e das pessoas, mensageiro divino dos oráculos, e Zé Pelintra, “ considerado o espírito patrono dos bares, locais de jogo e sarjetas, embora não alinhado com entidades de cunho negativo, é uma espécie de transcrição arquetípica do malandro”.

O enredo do Salgueiro foi “ Ópera dos Malandros”, um “ enredo livremente inspirado na obra “A Ópera do Malandro” de Chico Buarque de Hollanda”, como afirma o site do Grêmio Recreativo Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro. **
Eu penso que usaram “A Ópera do Malandro” como forma de reverenciar a Exu, tanto que um componente altíssimo caracterizado como o Orixá foi posto na frente da Comissão de Frente, bem como honrar a Zé Pelintra, pois na mesma Comissão, e durante o desfile, apareceram malandros cantando o samba – enredo do Salgueiro que diz:
Malandro…
Dono deum jeito manso que é só seu de aparar os dilemas da vida no fio da navalha.
É o sujeito cordial que desfila macio entre dados, cartas e roletas.
É o rei de todos os naipes num carteado de damas, valetes e coringas.
Aquele que, mesmo quando o jogo vira contra, nunca joga a toalha.
Porque é o filho gerado no ventre da sorte, a imperatriz do mundo!

Malandro…
É o pensador dos botequins, filósofo das mesas de bar!
O dono de um mundo que aprendeu a domar.
Poeta, comanda o cortejo na cadência bonita do samba vadio
que o luar lhe emprestou.

É pode ser, e quem sou eu para contrariar o Doutor Milton Cunha um entendido nessas ‘paradas’.
Mais pelo sim, ou pelo não, quem ganhou foi Oyá, pois segundo Maria Bethânia uma filha de Oyá, a homenageada era ela, a Divindade.

Parabéns Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, vocês ganharam limpo e fizeram o maior culto do Candomblé jamais realizado nesse País por um Grêmio Recreativo Escola de Samba.


Exu do Salgueiro 




Malandros da Comissão de Frente do Salgueiro 

E tenho dito.

Jorge Eduardo Fontes Garcia

São Paulo 10 de fevereiro de 2016 


A Fonte para esses dados foram retiradas da publicação de Rodson Magalhães Lourenço, no site “Ala das Baianas – Historias e Memórias de Baianas das Escolas de Samba” - http://aladebaianas.com.br/i/novidades/158-tia-fe-pioneira-da-mangueira.html

** Nesse concurso de 2016 o Grêmio Recreativo Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro ficou em quarto lugar com 269,80 pontos recebidos da comissão julgadora, ou seja, uma diferença de apenas 30 pontos da vencedora Mangueira.

Ira Santa contra os deturpadores da Bíblia.

Moisés irado quebra as primeiras Tabuas da Lei,

Significado de Ira: s.f. Raiva; sentimento intenso e permanente de ódio, mágoa e rancor que, normalmente contra uma ou algumas pessoas, é gerado por uma ofensa, dando origem a uma situação agressiva.
A manifestação desse sentimento ou o que é causado por ele: sua ira acabou causando o fim do seu casamento.
P.ext. Indignação agressiva, violenta: a ira do povo!
P.ext. Vingança; sentimento impulsionado pelo desejo de se vingar: não se deve brincar com a ira dos Deuses.
(Etm. do latim: ira.ae)

João capitulo 2, versículos de 13 até 17 - Jesus no templo:
Quando já estava chegando a Páscoa judaica, Jesus subiu a Jerusalém.
No pátio do templo viu alguns vendendo bois, ovelhas e pombas, e outros assentados diante de mesas, trocando dinheiro.
Então ele fez um chicote de cordas e expulsou todos do templo, bem como as ovelhas e os bois; espalhou as moedas dos cambistas e virou as suas mesas.
Aos que vendiam pombas disse: "Tirem estas coisas daqui! Parem de fazer da casa de meu Pai um mercado!"
 Seus discípulos lembraram-se que está escrito: "O zelo pela tua casa me consumirá".

Ao expulsar esse Turma do Templo, Jesus estava tomando por uma “ Ira Santa”.
Eu fico tomado por ela quando recebo “coisas” contendo uma exegese errada da Bíblia Sagrada.
A começar pela mania que os crentes têm de não reconhecer os deuses de outros povos.
FATO: Livro do Deuteronômio, “ o quinto livro da Bíblia, parte do Pentateuco, os cinco primeiros livros bíblicos, cuja autoria é, tradicionalmente, atribuída a Moisés, sempre reputado pelos judeus como parte da Lei, e Jesus atesta a autenticidade de Deuteronômio, citando-o três vezes ao repelir as tentações de Satanás, o diabo. (Mateus 4:1-11; Deuteronômio 6:13-16, Deuteronômio 8:3) ”.
Capitulo 10 – “ As Segundas Tabuas da Lei”;
Versículos 15 até 17:
No entanto, o Senhor se afeiçoou aos seus antepassados e os amou, e a vocês, descendentes deles, escolheu entre todas as nações, como hoje se vê.
Sejam fiéis à sua aliança em seus corações, e deixem de ser obstinados.
Pois o Senhor, o seu Deus, é o Deus dos deuses e o Soberano dos soberanos, o grande Deus, poderoso e temível, que não age com parcialidade nem aceita suborno.

Destaco, o “ Pois o Senhor, o seu Deus, é o Deus dos deuses e o Soberano dos soberanos, o grande Deus, poderoso e temível, ...”
Ora, se o nosso Deus, o D-us de Israel, Allāh dos Islamitas, diz que é “ Deus dos deuses” quem somos nós para duvidar que exstem outros deuses?
Nada, nem ninguém.
Então que os apóstolos, bispos, pastores, e crentes, deixem de atacar as outras religiões, principalmente as Religiões tradicionais africanas, as Religiões Afro-Americanas, como o Candomblé, a Umbanda, a Quimbanda, o Tambor de Mina, etc e tal.
Deixem seus fiéis em PAZ, pois eles estão contrariando o Senhor nosso Deus, que admite os outros deuses, sendo Ele o Deus dos deuses.
Outra coisa é a perseguição, como na época da Inquisição Espanhola, aos homossexuais, esquecendo que Jesus afirmou e está em Mateus 22, versículos 1, 14, e 29:
Então Jesus, tomando a palavra, tornou a falar-lhes em parábolas, dizendo:
Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.
Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus.
Desataco:
“ Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos”, portanto saber quem foi “chamado, e posteriormente escolhido” só Jesus sabe.
Porque um homossexual não pode ser escolhido por Jesus?
Porque se deitou com outro homem conforme está na Lei, em “Levítico, o terceiro livro do Pentateuco, contendo as leis de Deus sobre sacrifícios, pureza e outros assuntos relacionados com a adoração e santificação YHVH”, de Deus, capitulo 20, versículo 13: “ Quando também um homem se deitar com outro homem, como com mulher, ambos fizeram abominação; certamente morrerão; o seu sangue será sobre eles”, MAS é o Perdão?
Jesus pregou o PERDÃO ou não?
Jesus se sacrificou na Cruz pelo nosso PERDÃO ou não?
“ Todos precisamos de perdão porque todos somos pecadores.
Em Rom. 3:23 e v. 12 diz: “Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; todos se extraviaram e se fizeram inúteis”.
Em Ecl. 7:20 diz: “não há Homem justo sobre a Terra, que faça o bem, e nunca peque".
No Sal. 51:5 diz: "em pecado me concebeu minha mãe". Assim, todos somos pecadores por natureza. Entretanto, ninguém será condenado porque é pecador por natureza, mas serão condenados todos os que rejeitarem a salvação que Deus oferece pelo sacrifício de Jesus”.
E tem mais:
“ O perdão só existe em Deus e nos é concedido para perdoarmos sempre os outros e pedir que Deus também os perdoe”.

Ora, se o “ perdão só existe em Deus”, como nós os homens pecadores, ousamos CONDENAR os homossexuais?
Não podemos, não devemos, só a Deus pertence esse Juízo.
Aí ficam esses apóstolos, bispos, pastores, e crentes, atacando e julgando os homossexuais, um JUIZO que não os cabe fazer.

Por isso, eu fico tomado pela “ Ira Santa” ao vê-los, e ao receber essas “coisas” contendo uma exegese errada da Bíblia Sagrada.


Jorge Eduardo Fontes Garcia.

São Paulo 27 de janeiro de 2016.