sexta-feira, 15 de agosto de 2014

JORGE EDUARDO FONTES GARCIA - IN FOCUS : Caro Francis, de Nelson Hoineff

Caro Francis, de Nelson Hoineff


Ontem, Thereza e eu, assistimos o documentário Caro Francis, de Nelson Hoineff , é foi uma coisa de louco.
Rimos a bandeiras desbragada com as tiradas do genial Paulo Francis.
Contudo sofremos com a carta escrita por ele e lida no ar por sua viúva, Sonia Nolasco, sobre os momentos finais de sua gata , Alzira, e só quem tem bicho como companheiro pode avaliar o que eu digo.
E, também, com a safadeza da Petrobras e de um tal Joel  Rennó que jogou a Petrobras contra ele, se defendendo de uma acusação de ladroagem feita por Francis no  Manhattan Connection, transmitido pelo canal GNT, que o acabou matando. 
Em vez de mover uma ação de Rennó X Francis, este  camarada apaniguado de FHC e Jose Serra, gente que a meu ver não presta,  moveu uma ação envolvendo a própria Petrobras, isso é em que a Estatal era parte, não ele diretamente,  uma aberração porque não foi a empresa a acusada, mas sim diretores dela.
Uma empresa do Povo Brasileiro agindo contra um cidadão brasileiro e em Nova York... PARA CALA-LO.
Foi o fim....
Hoje se sabe que desde tempos deste Rennó que na diretoria da Petrobras tem ladrão, basta ler os noticiários sobre ela, Operação Lava-a- Jato, Pasadena, CPI, Paulo Roberto Costa, Graças Fortes, etc e tal.. .Penso que Paulo Francis tinha razão.
Mais em miúdos:
“ação de indenização proposta contra ele pela diretoria da Petrobras na época, ... Em outubro de 1996 os acusados processaram o jornalista por dano moral, cobrando indenização no valor de 100 milhões de dólares. A proposição nos Estados Unidos tinha o evidente objetivo de se beneficiar da doutrina e da jurisprudência americanas, que (ao contrário do procedimento brasileiro) admitem valores elevados como verba indenizatória por danos morais, uma lesão subjetiva, difícil de mensurar .Afora esse propósito, não parecia haver a determinação dos diretores da Petrobrás de sacar US$ 100 milhões de Francis. Talvez quisessem mesmo era assustá-lo, o que pode explicar a omissão do presidente Fernando Henrique Cardoso. Amigo de longa data de Paulo Francis, FHC não usou o poder que tinha para desestimular Rennó e colegas da ação, o que teria magoado Francis profundamente. Ele também sofreu com "o silêncio eloquente da maioria dos colegas jornalistas, sobretudo de velhos amigos, que não saíram em seu apoio", relata o biógrafo Paulo Eduardo Nogueira. http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/a_verdade_sobre_a_morte_de_francis
Paulo Francis estava sofrendo com a situação e começou a ter uma dor terrível no ombro tendo ido procurar um Doutor Jesus Cheda que diagnosticou bursite, aplicou-lhe uma injeção, e se mandou para o Carnaval Carioca.
O Dr. Cheda nem o mandou para um cardiologista sabendo que ele já tinha tido dois enfartes, mas é a vida, o mundo tá cheio de doutores Chedas.
E Jesus acabou chamado Paulo Francis que teve o final do enfarte em seu apartamento da esquina da Rua 47 com a Segunda Avenida, durante o atendimento dos paramédicos do  911, o telefone de emergência  de Nova York, chamados por Sonia Nolasco.
Rennó e sua ação foram, sem duvida nenhuma, responsáveis pela morte de Franz Paul Trannin da Matta Heilborn, o nosso Paulo Francis.
Sim, o nosso Paulo Francis, pois sem ele a vida cotidiana brasileira ficou mais triste, é só analisar estes últimos 17 anos depois de sua morte.

Eu quase não dormi por causa deste programa.
Varias e varias coisas passaram em minha mente provocando terríveis pesadelos.
A Família Heilborn sempre foi amiga de minha família - leiam-se meus pais e tios maternos- por isso eles eram íntimos nossos a ponto d’eu chamá-los de tios e tias.
Maria Ignez, filha de meus tios Walther e Neda Heilborn, era dois dias mais velha do que eu, o que provocava comentários hilariantes.
Era uma Raça inteligentíssima.
E as lembranças me incomodaram muito, além do que o caso da gata de 11 anos, me derrubou.
Tenho uma provecta companheira felina de 11 anos, e tenho um medo danado de que ela morra de uma hora para outra.
Isso nos deixa, Thereza e eu, doentes só de pensar.
Chega doei.


Por tudo isso este magnifico documentário de Nelson Hoineff, Caro Francis, me abalou profundamente.

Jorge Eduardo

São Paulo
Na Rua Piauí.
15/08/2014



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