terça-feira, 7 de março de 2017

Aloysio Nunes Ferreira o guerrilheiro que virou Chanceler.

Sabemos que Carlos Marighella, o inimigo "número um" dos governos militares, foi ativo e importante membro do velho Partido Comunista Brasileiro (PCB), o PARTIDÃO, um adepto ferrenho da luta de classes armada, uma luta sem regras e sem quartel, uma luta de guerrilhas e ataques furtivos aos centros militares, bancos, portos, ferrovias, entre outros.
Seus companheiros eram conhecedores das “obras de Karl Marx e Friedrich Engels, com ênfase no marxismo-leninismo desenvolvidos por Vladimir Lênin, isso é “ a doutrina oficial da tendência majoritária do movimento comunista”.
Com o PCB fora da Lei, Carlos Marighella fundou a ALN (Ação Libertadora Nacional) para com ela angariar simpatizantes e juntos combaterem os militares.
Assim, entre seus fiéis companheiros estava um moço de 23 anos chamado Aloysio Nunes Ferreira, cuja função era” dirigir o veículo -um Fusca roubado- usado na fuga dos parceiros”.
“ Aloysio nunca escondeu sua relação com a guerrilha. Iniciou a militância no PCB quando estudante de direito da USP. Dentro do partidão, seguiu a ala de Marighella, que via como "herói", e partiu para a luta armada”. ( http://jornalggn.com.br/noticia/folha-resgata-passado-guerrilheiro-de-aloysio-nunes)
Abandonou as armas no Brasil e foi para Paris onde “ emplacou textos de Marighella na revista do filósofo francês Jean-Paul Sartre. "
“ Aloysio, de volta ao Brasil, filiou-se ao MDB, embrião do PMDB, mas depois migrou para o PSDB”.
Tornou-se amigo de José Serra, que era, e ainda é, comunista.
José Serra atuou na UNE (União Nacional dos Estudantes) e como presidente da entidade estudantil fez um discurso pela mobilização anti-golpe no Comício da Central do Brasil, do Rio de Janeiro em 13 de março de 1964, aquele que apressou a queda de Jango.
“Serra eleito governador nomeou a Aloysio Nunes Ferreira seu Chefe da Casa Civil, o tornado assim o homem mais poderoso de seu círculo governamental”.

O doutor Aloysio ocupou os seguintes cargos:
1-      Deputado estadual de São Paulo São Paulo – Período: 15 de março de 1983 até 1 de janeiro de 1991;
2-      Deputado federal por São Paulo São Paulo – Período:1 de fevereiro de 1995 até 1 de fevereiro de 2007;
3-      Vice-governador de São Paulo São Paulo – Período:15 de março de 1991 até 1 de janeiro de 1995;
4-       Ministro da Justiça do Brasil do governo Fernando Henrique Cardoso – Período: 14 de novembro de 2001 até 3 de abril de 2002;
5-      Senador por São Paulo São Paulo- Período: 1 de fevereiro de 2011 até 2 de março de 2017 quando se licenciou para assumir o MRE.

O que me chama muito atenção é que o atual Chanceler, e senador da República licenciado, Aloysio Nunes Ferreira, avalia dessa maneira sua atuação na guerrilha: "Atacávamos a ditadura por uma via que não era democrática."

Vamos ver a sua atuação à frente do Ministério das Relações Exteriores (ou Itamaraty), principalmente no que tange aos reparos que precisam ser urgentemente realizados em nossa política externa, uma política externa que foi “esculhambada” – não existe outro termo- pela política internacional do Partido dos Trabalhadores – PT-  capitaneada pelo senhor Marco Aurélio Garcia.
Enfim, como brasileiro e nacionalista a moda antiga eu espero, chegando a torcer, para uma boa atuação do cidadão Aloysio Nunes Ferreira como Ministro de Estado das Relações Exteriores e faço votos para que Sua Excelência auxilie o Exmo. Senhor Presidente da República na escolha de uma política externa atual, seria, dinâmica, confiável, sem ranço partidário, e assim ambos honrem a Tradição da Diplomacia Brasileira iniciada pelo Barão do Rio Branco.

É isso
Jorge Eduardo
Um velho nacionalista apavorado com os rumos do Brasil

07/03/2017