domingo, 5 de março de 2017

O Palácio da Alvora a mais nova crise da Republica...





A Máquina de Assar Frangos da Presidência da República Federativa do Brasil.
Eu não posso afirmar, e nem ninguém pode, que ao projetar o Palácio da Alvorada o arquiteto Oscar Niemeyer não tinha em mente uma daquelas maquinas de assar frangos que ficam nas portas das padarias.
Essas maquinas de assar frango são verdadeiros bendengós que deixam à mostra, isso graças as suas portas de vidro, os pobres dos franguinhos que lá estão sendo tostados.
 “ O Palácio da Alvorada é uma construção revestida de mármore e vedada por cortinas de vidro”, cortinas de vidro é o apelido chique de vidraças.
E são essas vidraças que trazem tremendo transtorno aos seus inquilinos, o Presidente da República e seus familiares.
A arquitetura do Alvorada, que se tornou “ um dos ícones da arquitetura moderna brasileira”, é acachapante.
A arquitetura do Alvorada, que se tornou “ um dos ícones da arquitetura moderna brasileira”, faz com que os que no Palácio habitam fiquem expostos como os franguinhos que estão sendo tostados naquelas maquinas de assar frangos das portas das padarias.
Para resguardar a privacidade dos moradores deselegantes e pesadas persianas foram instaladas o que aumenta o calor em seu interior, pois o calor em Brasília é infernal, é abrasador, é sufocante, e não há máquina de ar-condicionado que de conta de tal área, uma grande construção em três pavimentos, a ser climatizada.
Por não ser cercado por um parque arborizado o Palácio da Alvorada é inóspito.
O terreno onde está localizado é agreste e nem espelho d'água, com a escultura “As banhistas” de Alfredo Ceschiatti, que o povo dizia que eram dona Márcia e dona Maristela, filhas de JK, puxando os cabelos quando o saudoso presidente comunicava a elas que tinham que ir a Brasília, ameniza a rudeza do local.   
Hoje está instalada uma crise porque o presidente Temer não quis ficar morando no Alvorada e retornou ao Palácio Jaburu, “ situado às margens do Lago Paranoá, inaugurado em 1977, residência oficial do Vice-Presidente da República”, mas só os de má-fé não compreendem a escolha.
O Palácio da Alvora entre todos os seus defeitos não foi idealizado para uma família com filhos pequenos.
O Palácio da Alvora entre todos os seus defeitos não foi idealizado para uma família de origem comum, normal, de classe média (com avós, pais, filhos e netos à lá brasileira), cujos membros não nasceram em palácios como os membros da Realeza Britânica.
Suas ENORMES vidraças, seus espaços grandes e calorentos, enfim sua planta arquitetônica não foi concebida para ter ou ver um pimpolho, ou pimpolhos, correndo de um lado para o outro, em um sobe e desce rampa sem fim.
Aliais, o Clima de Brasília - “   tropical com estação seca, e é comum que os níveis de umidade relativa do ar fiquem muitas vezes abaixo de 30%, bem abaixo do ideal considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de 60%” -  não foi levado em conta, só foi levado em conta a busca da beleza de suas linhas, pelo arquiteto Oscar Niemeyer e sua equipe, o que torna o Palácio uma incubadora para doenças respiratórias.
Não podemos esquecer que crianças pequenas são mais sensíveis as doenças respiratórias, portanto a saúde do pequeno Michelzinho (Michel Miguel Elias Temer Lulia Filho) de 7 anos de idade, foi levada em conta para que esse retorno ao Palácio Jaburu fosse o mais rápido possível.
Um providencia por parte dos pais altamente compreensível e louvável.
É fato histórico que o presidente João Goulart, o Jango, tinha dois filhos pequenos com dona Maria Thereza Fontella Goulart – João Vicente e Denize- que nunca moraram no Palácio do Alvorada, até porque o presidente fixou moradia na Residência Oficial da Granja do Torto, uma granja com características de casa de veraneio, fora do Plano Piloto de Brasília.
Dona Maria Thereza e os filhos durante a presidência de Jango moravam em um apartamento de salão e três quartos no Edifico Prelúdio, Av. Atlântica, 1782 - Copacabana, Rio de Janeiro - RJ, isso é no Condomínio Chopin Preludio Balada, com vista sobre a piscina do Hotel Copacabana Palace.
Os demais presidentes da Republica que moraram no Palácio do Alvorada eram quase sempre avós, portanto os netos não moravam com eles, iam de visita o que facilitava muito o dia a dia nessa residência oficial do Presidente do Brasil.
 Conta-se que dona Dilma Rousseff vivia ‘policiando ‘ o neto Gabriel, que mora em Porto Alegre (RS), quando o menino ia visita-la, com um “ não pegue isso, não corra” e por aí ia.
O coitado do menino devia odiar essas visitas a avó que lhe tolhia os movimentos, mas viver e conviver no Palácio da Alvorada trazem esses percalços, que fazer?

Em resumo:
Como o Palácio da Alvorada é um bonito e luxuoso edifício, com grandes salões, com uma bela vista da piscina e do Lago Paranoá, deveria ser transformado em um Palácio de Aparato, onde “ quaisquer tipos de festejos ou cerimônias que denotam pompa e/ou magnificência” envolvendo a representação do Estado Brasileiro seriam realizadas.
Como o Palácio da Alvorada, uma edificação histórica não só porque nele moraram chefes da Nação, mas, também, porque “ foi o primeiro edifício inaugurado na Capital Federal, em 30 de junho de 1958”, é recheado de Obras de Arte e como Brasília precisa de atrativos turísticos ele deveria ser transformado em museu aberto ao público.
O Palácio da Alvorada, uma edificação inóspita, não deveria mais ser Residência Oficial do Presidente da República Federativa do Brasil.

 E tenho dito


Jorge Eduardo
Um velho nacionalista apavorado com os rumos do Brasil


05/03/20 7

Obras de arte dos palácios do Planalto e do Alvorada são preciosas - CB


Da série Cenas brasileiras fazem parte os quadros Jangadas do Nordeste e Os seringueiros de Candido Portinari.

Essas telas, e mais outras com o mesmo tema "brasilidade", foram pintadas na década de cinquenta para o Hall do sétimo andar da diretoria e redação da Revista O Cruzeiro, na Rua do Livramento, Gamboa, RJ, por encomenda do jornalista Leão Gondim de Oliveira,  diretor da Empresa e da Revista O CRUZEIRO, e meu primeiro sogro, levando um bom tempo para serem entregues. No começo da década de setenta todas elas foram restauradas pela equipe do grande restaurador Edson Motta. Foram entregues a um credor da Empresa Gráfica O Cruzeiro anos depois.