quinta-feira, 1 de setembro de 2016

A preservação dos Direitos Políticos uma “ vitória de Pirro” para Dilma Rousseff.

Renan Calheiros contribuiu para a desestabilização interna do PT com sua ideia de preservar os Direitos Políticos de Dilma Rousseff, pois não há espaço para duas lideranças com estilos fortes (uma tradicional- sindicalista, e outra dita “ injustiçada” bizolaestalinista) num partido político em crise, não há.
A Bíblia já diz que ninguém pode servir a dois senhores, conforme o evangelho de Mateus, capitulo 6, versículo 24, que diz: Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro.  
Ou os petistas amarão e seguirão a Lula, ou amarão e seguirão a Dilma.
Nenhuma liderança nacional nova - Tarso Genro ou José Eduardo Cardozo- estará imune a essa situação criada por Renan Calheiros.  
No Mundo da Esquerda vemos historicamente este exemplo com Josef Stalin versus Leon Trótski, assassinado no México, em sua casa de Coyoacán, no dia 21 de agosto de 1940.
Não podia haver dois homens fortes na URSS.
No Mundo Nazista vemos historicamente este exemplo com Adolfo Hitler, Chanceler da Alemanha desde 30 de janeiro de 1933, versus a dupla Gregor Strasser & Ernst Röhm (ou Roehm), assassinados no episódio conhecido como “ a Noite das facas longas” ocorrida na Alemanha, na “ noite do dia 30 de junho para 1 de julho de 1934, quando a facção hitlerista do Partido Nazista realizou uma série de execuções políticas extrajudiciais tornado assim seu líder a única liderança válida dentro do partido”.
Não podia haver três homens fortes no Estado Nazista.
Mais isso não quer dizer que Lula mandará matar fisicamente a Dilma, ou vice-versa, porém, em dado momento, um tentará anular a influência do outro dentro do partido cometendo assim um “ assassinato” político-partidário.
Não há espaço para assassinatos, e vencerá, como sempre, o mais hábil, ou os dois serão derrotados e um novo líder poderá surgir.
Na minha ótica, ao meu ver, Renan Calheiros proporcionou uma “ vitória de Pirro” a Dilma Rousseff, pois a manutenção de seus Direitos Políticos criou para ela duas opções:
Primeira – Buscar custe o que custar se impor como a Grande liderança política de oposição, o que não será fácil devido a divisão interna do PT, e as ambições de Lula;
Segundo – Se anula, passando para segundo plano, para ser usada quando as conveniências surgirem, sob a Grande liderança política de oposição exercida pelo seu criador Luis Inácio Lula da Silva.
Deixo claro que o impeachment de Dilma Rousseff será usado exaustivamente pela esquerda como arma de pressão oposicionista per omnia saecula saeculorum, já que suas tradicionais bandeiras estão em frangalhos, e os da esquerda atual são incapazes de realizar uma autocrítica.
Enfim, pobre povo brasileiro que a tudo isso assistiu e que muita coisa nefasta ainda vai assistir.

Jorge Eduardo Garcia


São Paulo 01 de setembro de 2016