quarta-feira, 4 de novembro de 2015

A GAIOLA DE OURO DE MARIN EM NY



Após concordar em pagar fiança de US$ 15 milhões (cerca de R$ 57 milhões) às autoridades americanas, o ex-presidente da CBF José Maria Marin cumpre prisão domiciliar em um dos endereços mais cobiçados de Nova York.
Marin, de 83 anos, é proprietário de um apartamento na Trump Tower, um dos prédios mais luxuosos de Manhattan.
Acusado de envolvimento em um esquema de corrupção na Fifa, o ex-dirigente chegou a Nova York na terça-feira, após ser extraditado pelo governo da Suíça, onde estava preso desde 27 de maio.
Poucas horas depois de desembarcar na cidade americana, ele compareceu a um tribunal federal no bairro do Brooklyn, onde se declarou inocente. Marin estava acompanhado de advogados e da mulher, Neusa.
Atração turística
Com o pagamento da fiança, Marin poderá responder ao processo em prisão domiciliar no arranha-céu de 68 andares, localizado no número 725 da 5ª Avenida.
A duas quadras do Central Park, a Trump Tower é uma das atrações turísticas de Nova York.
O edifício foi construído em 1983 pelo magnata e atual pré-candidato à Presidência dos Estados Unidos Donald Trump, dono de uma cobertura que ocupa três andares e é avaliada em US$ 100 milhões (cerca de R$ 381 milhões).
O apartamento de Marin não é tão espaçoso quanto o do bilionário americano.
Com 101 metros quadrados e uma suíte, a unidade teria sido comprada em 1989 por US$ 900 mil.
Atualmente, um apartamento de metragem semelhante na Trump Tower custa em torno de US$ 2,6 milhões (cerca de R$ 9,9 milhões), segundo corretores de imóveis em Nova York.
Vizinhos famosos
Além de Trump, Marin terá outros vizinhos famosos.
O jogador Cristiano Ronaldo, do Real Madrid, comprou em agosto um apartamento de 233 metros quadrados no prédio por US$ 18,5 milhões (cerca de R$ 70,5 milhões).
Astro português comprou apartamento no local pelo equivalente a R$ 70,5 milhões
Situada em uma área de lojas exclusivas na 5ª Avenida, a Trump Tower é conhecida por seu lobby revestido de mármore rosa, que ocupa seis andares e é muito frequentado por turistas.
O espaço abriga restaurantes e lojas de artigos de luxo, entre elas duas Trump Stores, que vendem produtos relacionados ao proprietário famoso.
Os primeiros 26 andares do prédio são ocupados por escritórios. O restante, por apartamentos de luxo.
Para evitar a aglomeração de turistas, os moradores utilizam uma entrada privativa, na rua 56.
Conforto
Apesar das restrições a sua liberdade, Marin poderá contar com a estrutura do prédio, que inclui confortos como academia de ginástica e serviço de camareira.
Durante o tempo em que estiver em prisão domiciliar, o ex-dirigente deverá ser monitorado e não poderá manter contato com os outros investigados no esquema de corrupção na Fifa.
Marin é acusado de aceitar milhões de dólares em propina de empresas de marketing esportivo em conexão com a venda de direitos comerciais para a Copa América de 2015, 2016, 2019 e 2023 e para a Copa do Brasil no período de 2013 a 2022.
Sua próxima audiência no tribunal do Brooklyn está marcada para 16 de dezembro.

http://terceirotempo.bol.uol.com.br/noticias/conheca-o-luxuoso-endereco-em-nova-york-onde-marin-cumpre-prisao-domiciliar?utm_content=not%C3%ADcias+do+futebol+exclusivas&utm_source=Terceiro+Tempo&utm_campaign=Noticias+do+futebol

Defesa de Marin conseguiu o que queria: prisão domiciliar com rapidez - Blog do Perrone

Os trabalhos desse Blog foram interrompidos por doença de seu autor. 
A redação. 

A defesa de José Maria Marin conseguiu o que queria: uma audiência marcada com rapidez, a fiança estabelecida prontamente e evitar que seu cliente ficasse pelo menos semanas numa cadeia nos Estados Unidos antes de poder responder ao processo em prisão domiciliar em Nova York.
Ao decidirem não recorrer da extradição da Suíça para os Estados Unidos, os defensores do brasileiro queriam evitar que ele ficasse pelo menos mais três meses preso até o resultado do recurso. A estratégia era conseguir logo a prisão domiciliar. O principal argumento usado foi a idade de Marin. Os advogados alegaram que aos 83 anos sua saúde estaria em risco com mais tempo na cadeia e que ele teria pouca agilidade para tentar fugir do país.
Deu certo. No mesmo dia em que chegou aos Estados Unidos, na última terça, ele já participou de uma audiência e ganhou o benefício da prisão domiciliar com fiança de US$ 15 milhões.
Esse dinheiro é uma garantia de que Marin não vai fugir durante o processo. Se ele se comportar, vai recuperar boa parte dessa quantia ao final do caso.
A rapidez como tudo foi feito desde a extradição, mostra um bom diálogo entre os advogados do cartola e as autoridades americanas, sem que para isso Marin se declarasse culpado de crimes ligados a corrupção.
Porém, o fato de o ex-presidente da CBF se declarar inocente, não significa que ele não tenha o que contar para a Justiça. Muitas perguntas ainda vão ser feitas durante o processo.

http://blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br/2015/11/defesa-de-marin-conseguiu-o-que-queria-prisao-domiciliar-com-rapidez/?cmpid=fbesp-geral