sexta-feira, 31 de julho de 2015

FERNANDÃO NÃO PERDOOU O VASCÃO . A DIVIDA É 10 MILHÃO...


Fernandão obtém efeito suspensivo e pode penhorar até R$ 10 mi do Vasco
Processo de ex-jogador de vôlei que intermediou patrocínio da Eletrobrás tem novo andamento e juíza estende penhora para cotas de TV. Vasco corre para conseguir recurso
O Vasco recebeu, na manhã desta sexta-feira, uma notícia que pode prejudicar os cofres do clube. A juíza Debora Maria Barbosa Sarmento, da 7ª vara cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) restabeleceu a penhora que havia sido revogada, em março deste ano, no processo do ex-jogador de vôlei Fernandão, que cobra R$ 6.343.872,78 por ter intermediado o patrocínio da Eletrobrás, no início da gestão Roberto Dinamite. Com correções, o valor pode chegar a R$ 10 milhões.
Desta vez, porém, as penhoras foram estendidas para as cotas de TV - antes era apenas de Caixa Econômica Federal (patrocinador master), Ferj e CBF. Sendo assim, 10% da verba que vem destes quatro está temporariamente bloqueada. O departamento jurídico do clube já corre para entrar com um recurso para revogar as penhoras e retomar a decisão do fim de março, quando o processo foi julgado como extinto. O restabelecimento da penhora, aliás, foi objeto de recurso pendente no julgamento.
- O processo restabeleceu uma penhora que foi anulada em um julgamento de um juiz anterior, que o julgou extinto. A diferença é que nessa última decisão a juíza também estendeu a penhora para as cotas de TV, o que não significa que seja uma decisão final, pois recorreremos na segunda, haja visto que a juíza não detém competência para tal - disse o diretor jurídico do Vasco, Leonardo Rodrigues.
O advogado de Fernandão no processo é Alan Belaciano, que foi membro ativo da chapa "Sempre Vasco", do candidato Julio Brant, segundo colocado na eleição presidencial do Vasco no ano passado. A defesa de Alan neste processo foi alvo de críticas dos demais candidatos durante o pleito.
ENTENDA O CASO
Em 2009, a empresa de Fernandão, a Soccer Media, foi contratada pelo Vasco para intermediar o contrato com a Eletrobrás, que foi patrocinadora master do clube entre 2010 e 2013. Como forma de pagamento, o então presidente Roberto Dinamite acertou uma comissão de 1,25% para a empresa em cada parcela paga pela Eletrobrás. O acordo, porém, não foi cumprido. Assim, Fernandão, um dos fundadores do Movimento Unido Vascaíno (MUV), que apoiou Dinamite e foi opositor ferrenho a Eurico no fim dos anos 1990 e início dos anos 2000, acionou a Justiça em maio de 2013 cobrando R$ 6.343.872,78.


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