Fernandão obtém efeito
suspensivo e pode penhorar até R$ 10 mi do Vasco
Processo de ex-jogador de
vôlei que intermediou patrocínio da Eletrobrás tem novo andamento e juíza estende
penhora para cotas de TV. Vasco corre para conseguir recurso
O Vasco recebeu, na manhã
desta sexta-feira, uma notícia que pode prejudicar os cofres do clube. A juíza
Debora Maria Barbosa Sarmento, da 7ª vara cível do Tribunal de Justiça do Rio
de Janeiro (TJ-RJ) restabeleceu a penhora que havia sido revogada, em março
deste ano, no processo do ex-jogador de vôlei Fernandão, que cobra R$
6.343.872,78 por ter intermediado o patrocínio da Eletrobrás, no início da
gestão Roberto Dinamite. Com correções, o valor pode chegar a R$ 10 milhões.
Desta vez, porém, as penhoras
foram estendidas para as cotas de TV - antes era apenas de Caixa Econômica
Federal (patrocinador master), Ferj e CBF. Sendo assim, 10% da verba que vem
destes quatro está temporariamente bloqueada. O departamento jurídico do clube
já corre para entrar com um recurso para revogar as penhoras e retomar a
decisão do fim de março, quando o processo foi julgado como extinto. O
restabelecimento da penhora, aliás, foi objeto de recurso pendente no
julgamento.
- O processo restabeleceu uma
penhora que foi anulada em um julgamento de um juiz anterior, que o julgou
extinto. A diferença é que nessa última decisão a juíza também estendeu a
penhora para as cotas de TV, o que não significa que seja uma decisão final,
pois recorreremos na segunda, haja visto que a juíza não detém competência para
tal - disse o diretor jurídico do Vasco, Leonardo Rodrigues.
O advogado de Fernandão no
processo é Alan Belaciano, que foi membro ativo da chapa "Sempre
Vasco", do candidato Julio Brant, segundo colocado na eleição presidencial
do Vasco no ano passado. A defesa de Alan neste processo foi alvo de críticas
dos demais candidatos durante o pleito.
ENTENDA O CASO
Em 2009, a empresa de
Fernandão, a Soccer Media, foi contratada pelo Vasco para intermediar o
contrato com a Eletrobrás, que foi patrocinadora master do clube entre 2010 e
2013. Como forma de pagamento, o então presidente Roberto Dinamite acertou uma
comissão de 1,25% para a empresa em cada parcela paga pela Eletrobrás. O
acordo, porém, não foi cumprido. Assim, Fernandão, um dos fundadores do
Movimento Unido Vascaíno (MUV), que apoiou Dinamite e foi opositor ferrenho a
Eurico no fim dos anos 1990 e início dos anos 2000, acionou a Justiça em maio
de 2013 cobrando R$ 6.343.872,78.
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