Armando Marques
Que saudades de Armado Marques, o melhor juiz de futebol que
eu vi atuar.
Armando Nunes Castanheira da Rosa Marques, carioca, que
de 1997 a 2005 comandou a Comissão Nacional de Arbitragem da CBF, numa passagem
polemica, que “era amado e odiado pelos torcedores e jogadores”, mas apesar de tudo
isso ainda pode ser considerado o arbitro que mais entendia das Leis do futebol
e as aplicava exemplarmente.
Homossexual conhecido, naquela época não tinha esse negócio
de assumido, foi o primeiro arbitro a ser chamado de ‘veado’ em pleno Maracanã repleto
de torcedores.
Esse contador de histórias, o que aqui escreve, estava
lá, e ficou estarrecido com a força do grito da malta ensandecida.
Armando Marques faleceu com 84 anos, no Rio de Janeiro, em
16 de julho de 2014.
E de lá para cá a atuação dos ÁRBITROS BRASILEIROS pioraram,
pioraram muito.
O comando Comissão Nacional de Arbitragem da CBF, e por
via de consequência das Federações Estaduais, refletiu a decadência do futebol
brasileiro, a ganancia dos dirigentes futebolísticos nacionais e dos empresários
internacionais.
Quanto mais o futebol se tornava fuleiro, mas a
arbitragem se tornou fuleira.
Diz o site da ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE FUTEBOL:
Por que se apitar futebol?
O árbitro não deve ser a estrela, mas deve ser aquele
que observa os astros e que pondera e age pelo equilíbrio do universo do
futebol.
Quando se decide por apitar futebol, você passa a ter
a autoridade, mas não pode ser autoritário. Passa a ser o professor, mas não
pode escrever a lição.
Um bom árbitro atua como mediador, sabe seus limites,
protege as leis do jogo e os jogadores.
Um bom árbitro sabe escutar, sem ouvir palavras que
muitas vezes saem do coração do torcedor e que não são ditas com razão.
O maior dos esportes precisa ser conduzido, com respeito,
limites, acima de tudo com lisura e por isso ele precisa da figura do apitador.
Perfeito? Longe disso, somos apenas humanos...
Pelo prazer de ver o jogo ocorrer conforme as regras e
pelo sentimento de alegria, ao ver o melhor ter vencido.
Nunca espere ser reconhecido por isso...um árbitro é a
estrela sem luz, a estrela escondida por detrás do astro.
Por que apitar futebol?
Pelo futebol, pelas regras.
Nada é mais bonito...
Alfredo Santos Loebeling
Diretor da Comissão de Arbitragem da APF
Ex-árbitro FIFA
Pois é, não é o que está acontecendo.
Os árbitros querem ser estrelas, são autoritários, só
sabem aplicar a LEI DO SILENCIO e não respeitam aos jogadores, não ouvem nem os
jogadores, e nem estão aí para as torcidas (plagiando a cômica Nadai Maria, da
Escola do Professor Raimundo, “ o torcedor é só um detalhe”), e com isso o jogo
não corre para a alegria dos torcedores, tranquilidades dos jogadores, técnicos,
etc. e tal.
Os árbitros de futebol usam e abusam de uma REGRA da CBF
que é inconstitucional, pois estão ferindo o Art. 5º do Título II - Dos
Direitos e Garantias Fundamentais - Capítulo I - Dos Direitos e Deveres
Individuais e Coletivos:
Art. 5º Todos são
iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito
à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de
fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
IV - é livre a
manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
V - é assegurado o
direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização
por dano material, moral ou à imagem;
X - são invioláveis
a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem
das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano
material ou moral decorrente de sua violação;
O tratamento que os árbitros estão dando aos jogadores
graças a Lei do Silencia imposta pela CBF é desumano, é degradante.
O tratamento que os árbitros estão dando aos jogadores
graças a Lei do Silencia imposta pela CBF castra, tira o direito, o e do jogador
de futebol, de técnicos, e qualquer outro membro da comissão técnica em campo, de manifestar livremente o seu pensamento.
O tratamento que os árbitros estão dando aos jogadores
graças a Lei do Silencia imposta pela CBF retira o direito de resposta do jogador
de futebol, de técnicos, e qualquer outro membro da comissão técnica em campo,
ante qualquer ato intempestivo ou não do juiz da partida.
O tratamento que os árbitros estão dando aos jogadores
graças a Lei do Silencia imposta pela CBF denigre a honra e a imagem do jogador
de futebol, de técnicos, e qualquer outro membro da comissão técnica em campo.
Portanto é inconstitucional a “lei ou regra” do Silencio criada
pela CBF.
Isso posto, voltarei ao assunto no próximo comentário, mas
por enquanto:
Óh, arbítrios brasileiros...
Árbitros brasileiros vão tomar agua no guandu....
Jorge Eduardo Garcia
São Paulo 06/07/2015
Dando bronca no Rei Pelé, que não era nenhum santo.
Com Gerson "Canhotinha de Ouro"
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