segunda-feira, 6 de julho de 2015

ÁRBITROS BRASILEIROS VÃO TOMAR ÁGUA NO GUANDU. - 1

Armando Marques 


Que saudades de Armado Marques, o melhor juiz de futebol que eu vi atuar.
Armando Nunes Castanheira da Rosa Marques, carioca, que de 1997 a 2005 comandou a Comissão Nacional de Arbitragem da CBF, numa passagem polemica, que “era amado e odiado pelos torcedores e jogadores”, mas apesar de tudo isso ainda pode ser considerado o arbitro que mais entendia das Leis do futebol e as aplicava exemplarmente.
Homossexual conhecido, naquela época não tinha esse negócio de assumido, foi o primeiro arbitro a ser chamado de ‘veado’ em pleno Maracanã repleto de torcedores.
Esse contador de histórias, o que aqui escreve, estava lá, e ficou estarrecido com a força do grito da malta ensandecida.
Armando Marques faleceu com 84 anos, no Rio de Janeiro, em 16 de julho de 2014.
E de lá para cá a atuação dos ÁRBITROS BRASILEIROS pioraram, pioraram muito.
O comando Comissão Nacional de Arbitragem da CBF, e por via de consequência das Federações Estaduais, refletiu a decadência do futebol brasileiro, a ganancia dos dirigentes futebolísticos nacionais e dos empresários internacionais.
Quanto mais o futebol se tornava fuleiro, mas a arbitragem se tornou fuleira.
Diz o site da ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE FUTEBOL:
Por que se apitar futebol?
O árbitro não deve ser a estrela, mas deve ser aquele que observa os astros e que pondera e age pelo equilíbrio do universo do futebol.
Quando se decide por apitar futebol, você passa a ter a autoridade, mas não pode ser autoritário. Passa a ser o professor, mas não pode escrever a lição.
Um bom árbitro atua como mediador, sabe seus limites, protege as leis do jogo e os jogadores.
Um bom árbitro sabe escutar, sem ouvir palavras que muitas vezes saem do coração do torcedor e que não são ditas com razão.
O maior dos esportes precisa ser conduzido, com respeito, limites, acima de tudo com lisura e por isso ele precisa da figura do apitador.
Perfeito? Longe disso, somos apenas humanos...
Pelo prazer de ver o jogo ocorrer conforme as regras e pelo sentimento de alegria, ao ver o melhor ter vencido.
Nunca espere ser reconhecido por isso...um árbitro é a estrela sem luz, a estrela escondida por detrás do astro.
Por que apitar futebol?
Pelo futebol, pelas regras.
Nada é mais bonito...
Alfredo Santos Loebeling
Diretor da Comissão de Arbitragem da APF
Ex-árbitro FIFA

Pois é, não é o que está acontecendo.
Os árbitros querem ser estrelas, são autoritários, só sabem aplicar a LEI DO SILENCIO e não respeitam aos jogadores, não ouvem nem os jogadores, e nem estão aí para as torcidas (plagiando a cômica Nadai Maria, da Escola do Professor Raimundo, “ o torcedor é só um detalhe”), e com isso o jogo não corre para a alegria dos torcedores, tranquilidades dos jogadores, técnicos, etc. e tal.
Os árbitros de futebol usam e abusam de uma REGRA da CBF que é inconstitucional, pois estão ferindo o Art. 5º do Título II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais - Capítulo I - Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos:
 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
  II -  ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
 III -  ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
 IV -  é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
 V -  é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;
    X -  são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;

O tratamento que os árbitros estão dando aos jogadores graças a Lei do Silencia imposta pela CBF é desumano, é degradante.
O tratamento que os árbitros estão dando aos jogadores graças a Lei do Silencia imposta pela CBF castra, tira o direito, o e do jogador de futebol, de técnicos, e qualquer outro membro da comissão técnica em campo, de manifestar livremente o seu pensamento.
O tratamento que os árbitros estão dando aos jogadores graças a Lei do Silencia imposta pela CBF retira o direito de resposta do jogador de futebol, de técnicos, e qualquer outro membro da comissão técnica em campo, ante qualquer ato intempestivo ou não do juiz da partida.
O tratamento que os árbitros estão dando aos jogadores graças a Lei do Silencia imposta pela CBF denigre a honra e a imagem do jogador de futebol, de técnicos, e qualquer outro membro da comissão técnica em campo.
Portanto é inconstitucional a “lei ou regra” do Silencio criada pela CBF.
Isso posto, voltarei ao assunto no próximo comentário, mas por enquanto:
Óh, arbítrios brasileiros...
Árbitros brasileiros vão tomar agua no guandu....
Jorge Eduardo Garcia
São Paulo 06/07/2015





Dando bronca no Rei Pelé, que não era nenhum santo.



Com Gerson "Canhotinha de Ouro"

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