Rogério Micale, treinador das categorias de base do Atlético Mineiro desde 2009 é quem deve ser o técnico da Seleção principal, e não o tal de Dunga.
o dia 29 de abril de 2015, Alexandre Gallo convocava a seleção brasileira para o Mundial sub-20, na Nova Zelândia. Com as ausências sentidas de Gerson (Fluminense) e Gabigol (Santos), o Brasil estava definido para buscar o hexacampeonato no torneio.
Surpreendentemente, dez dias após a convocação, a Confederação Brasileira de Futebol, por meio de uma nota oficial, anunciava a demissão do então técnico da sub-20. Rogério Micale, treinador das categorias de base do Atlético Mineiro desde 2009, era anunciado como substituto de Alexandre Gallo.
Com a seleção vindo de uma pífia campanha no Sul-Americano da categoria – ficou em 4º lugar -, as expectativas negativas eram muitas e compreensíveis, até porque Rogério Micale não poderia mexer na lista já convocada pelo seu antecessor. Entretanto, com apenas 23 dias de trabalho e desfalcado de última hora do atacante Kenedy (Fluminense), que passou por uma cirurgia de apêndice e foi substituído por Malcom (Corinthians), Micale conseguiu devolver uma das máximas do futebol brasileiro ao time: o jogo ofensivo e bem jogado.
Com uma defesa alta, laterais ofensivos, um jogador moderno entre as linhas de quatro defensiva e ofensiva; atletas de velocidade pelas pontas, Rogério Micale levou o Brasil à final do Mundial da categoria. Além disso, resgatou um dos maiores orgulhos do amante do futebol brasileiro, o jogo bem jogado, com transições rápidas, troca de passes e posse de bola. Mesmo com pouco tempo e a derrota na final para a Sérvia, Micale deu o primeiro passo para devolver orgulho ao povo brasileiro, tão magoado pelo 7×1 e pelo futebol apresentado pela seleção principal na Copa América.
DESTAQUES BRASILEIROS NO MUNDIAL
Como em toda bela campanha, também existiram destaques individuais. Dentre eles, Jorge, lateral-esquerdo do Flamengo; Marlon, zagueiro do Fluminense; Danilo, volante do Sporting Braga e Gabriel Jesus, atacante do Palmeiras.
MARLON
Titular do Fluminense desde 2014 e uma das grandes promessas de Xerém, Marlon foi tudo aquilo que esperávamos dele no Mundial. Com tranquilidade e maturidade, grande senso de posicionamento e personalidade para sair jogando, o zagueiro se não foi o melhor do torneio, com certeza esteve no top 3. Volta ao Fluminense com ainda mais moral e pronto para ser o único titular absoluto, da, há tempos, criticada defesa tricolor.
JORGE
Atuando em uma posição carente no atual elenco profissional do Flamengo, o lateral-esquerdo Jorge não deve demorar para ganhar oportunidades na equipe titular. Ao lado de Jajá, companheiro de Fla e também da seleção sub-20, Jorge já foi integrado aos profissionais por Cristóvão Borges.
Qualidade no passe, boa chegada a linha de fundo e o drible, são características presentes no bom futebol do jovem lateral. Taxado como um atleta muito cadenciado por alguns profissionais no Flamengo, Jorge encontrou a medida certa no mundial.
DANILO
Revelado pelo Vasco e vendido precocemente ao Sporting de Braga, Danilo foi capitão, referencial e o toque de modernidade necessário à saída de bola da seleção. Responsável por ligar a linha de quatro defensiva com a ofensiva, além de proteger o sistema defensivo, Danilo mostrou na seleção sub-20 tudo aquilo que sentimos falta no profissional. “Volante moderno” define o futebol do atleta no Mundial da categoria.
GABRIEL JESUS
Um dos principais jogadores da Copa São Paulo deste ano, Gabriel Jesus mostrou à diretoria do Palmeiras que poder ser muito mais utilizado do que vem sendo na equipe profissional. Aberto pela direita na linha de quatro ofensiva montada por Rogério Micale e com liberdade de movimentação, Gabriel Jesus, à vontade, mostrou toda sua habilidade e ousadia para encostar e também entrar na área, por vezes, como o atacante-referência. Com um pouco mais de maturidade e paciência da torcida do Palmeiras, Gabriel Jesus não demorará a entrar na equipe do ofensivo Marcelo Oliveira.
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