Ao centro Dr. Geraldo Pinho Alves.
Efemérides de 4 de setembro
PAULISTA, A "NAMORADA DO SOL".
Pernambuco .
Fundação em 4 de setembro de 1935
Paulista é um município brasileiro do estado de Pernambuco.
Faz parte da Região Metropolitana do Recife e localiza-se ao norte da capital
do estado, distante cerca de 17 quilômetros.
Segundo o IBGE Ocupa uma área de 93,52 km².
Sua população estimada segundo IBGE no ano de 2014 é de 319
769 habitantes.
No ano de 1535 Paulista era uma vilarejo com duas
freguesias, Paratibe e Maranguape, e formava parte da então vila de Olinda.
Em meados do século XVI as terras de Paratibe foram doadas
por Duarte Coelho a Jerônimo de Albuquerque pelos serviços prestados à colônia.
Anos mais tarde, Jerônimo de Albuquerque cedeu as terras de
Paratibe a Gonçalo Mendes Leitão, no momento de contrair matrimônio com sua
filha. Posteriormante com a morte de Mendes Leitão, seus herdeiros venderam as
propriedades, dividindo-se a partir deste momento em Paratibe de Cima e
Paratibe de Baixo.
No ano 1656 a freguesia de Maranguape foi adquirida por João
Fernandes Vieira e ao final deste século, no ano 1689, as duas frequesias,
Paratibe e Maranguape, foram vendidas ao bandeirante paulista, Manoel Alvares
de Morais Navarro, conhecido como "Paulista", dando origem ao atual
nome da cidade.
Os séculos posteriores caracterizaram-se pelo crescimento
tanto político como econômico para a cidade. Paulista foi o segundo distrito de
Olinda até o ano de 1935, o qual se converteu em município independente e
atualmente está formado pelos distritos de Paratibe, Arthur Lundgren I, Arthur
Lundgren II, Jardim Paulista Baixo, Jardim Paulista Alto, Conceição, nossa
senhora do Ó, Janga, Pau Amarelo, Nobre, Maranguape I, Maranguape II, Jardim
Maranguape,Jardim Velho, Jaguarana, Alameda Paulista, Maria Farinha, Engenho
Maranguape, Mirueira e Vila torres Galvão.
A GRANDE IMPORTANCIA DE PAULISTA PARA O COMÉRCIO NACIONAL.
No princípio do século XX, Herman Lundgren comprou da firma
Rodrigues Lima & Cia. uma fábrica de tecidos situada em Paulista, então um
distrito de Olinda, a Companhia de Tecidos Paulista, a qual originou a rede de
estabelecimentos de venda a retalho, a maior de sempre que já se conheceu no
Brasil, as famosas Casas Pernambucanas, inicialmente também denominadas Lojas
Paulista, mas após a derrota de São Paulo na Revolução de 1932, passou a
prevalecer, por decisão dos herdeiros, a denominação Casas Pernambucanas para
todos os estabelecimentos no país.
Em 1915 a rede das Casas Pernambucanas já tinha
estabelecimentos em Porto Alegre, Florianópolis e Teresina. A rede expandiu-se
rapidamente por vender a baixos preços artigos têxteis populares, recorrendo
com frequência à publicidade para se tornar mais conhecida. Tornaram-se famosas
no interior de vários estados do Brasil as pichações que se faziam em pedras,
barrancos e porteiras em beiras de estrada, com seus anúncios. Conta-se que de
certa feita, num domingo, uma das Pernambucanas pintou seu anúncio na porteira
principal de um sítio em Itu (SP). No dia seguinte, quando a loja foi aberta,
diante dela estava o dono do sítio, com tinta, pincel e escada na mão,
perguntando onde poderia pintar o nome da sua propriedade. Na década de 1970 as
Casas Pernambucanas atingiram seu auge, com 800 lojas e 40.000 funcionários.
Hoje tem 295 lojas, em sete estados brasileiros.
FAMÍLIA
LUNDGREN:
Herman Theodor Lundgren (Norrköping, c. 1835 - Recife, 1907)
, foi um empresário sueco naturalizado brasileiro, cujos herdeiros, entre os
quais o seu homónimo filho primogénito Herman Theodor Lundgren (jr), mais de
ano e meio após a sua morte, dia 25 de setembro de 1908 fundaram as Casas
Pernambucanas, motivo pelo qual se tornou o seu fundador póstumo. Era filho de
Johann Willhem Lundgren, um pequeno industrial da cidade de Norrköping, na
Suécia. Nada se sabe sobre a situação financeira de seu pai quando Herman
decidiu emigrar.
Herman deixou a Suécia em 1855, fazendo uma viagem de dois
meses por mar até atingir o Rio de Janeiro, com o objetivo de se aventurar e
enriquecer nas Américas. Poliglota - falava além do sueco, alemão, inglês e
aprendeu rapidamente o português -, decidiu estabelecer-se no Recife (então a
segunda cidade mais importante do Brasil) por entender que lá teria menos
concorrência. Antes de ir para o Recife, passou por Salvador. Alguns biógrafos
citam os frequentes surtos de febre amarela, que ocorriam então no Rio de
Janeiro, como um dos possíveis motivos de sua mudança para o nordeste.
Logo arrumou um trabalho no porto do Recife, como intérprete
para estrangeiros que chegavam à cidade.
Nesse mister tornou-se tão conhecido que foi nomeado cônsul
honorário dos países nórdicos no Recife.
Começou a ganhar
dinheiro fazendo corretagem de navios.
Trabalhando no porto, percebeu que toda a pólvora no Brasil
era importada e custava muito caro.
Assim decidiu fundar
uma fábrica de pólvora no Recife, em 1866, a Pernambuco Powder Factory.
Enriqueceu vendendo essa pólvora, que distribuía usando uma
frota própria de veleiros.
Por causa das suas atribuições consulares, em 1876 Herman
Lundgren conheceu Anna Elisabeth Stolzenwald (* 14 de janeiro de 1847,
Barmstedt, Holstein - † 12 de maio de 1934 Recife, PE2 ), com quem veio a se
casar, em 1877.
No município de Paulista predominam atividades ligadas ao
setor de serviços, comércio e indústria. O turismo também é responsável por
atrair empreendimentos para o município, com a implantação de hotéis,
restaurantes, pontos comerciais e marinas.
Em Paulista está localizado também o parque industrial de
Paratibe, que abriga empresas de diversos setores, dinamizando a economia da
região e gerando emprego para a população.
O município faz parte da Região Metropolitana do Recife, que
polariza fluxos econômicos, com predominância do setor de serviços e funciona
como centro distribuidor de mercadorias. Além de concentrar maior número de
indústrias de transformação do Estado, outro pilar da economia metropolitana é
a agroindústria voltada para o álcool e o açúcar. Destaca-se também o cultivo
de frutas e hortaliças, como banana, coco, inhame, mandioca, entre outros.
Paulista possui uma faixa litorânea com 14 km de extensão,
onde se encontra um mar de águas mornas e azuis, uma vasta área de coqueirais e
casarios rústicos, colônias de pescadores, hotéis, bares e restaurantes, ao
longo das praias de Enseadinha, Janga, Pau Amarelo, Praia do Ó, Conceição e
Maria Farinha. É a principal praia do estado para o Turismo Náutico.
Na praia de Maria Farinha existe de um lado o mar e de outro
o rio Timbó, que possui uma faixa, oferecendo aos visitantes vários tipos de
lazer náutico, além de agregar o maior parque náutico do país e belezas
geográficas naturais. Favorecer passeios de barco ou de catamarã de onde se
apreciam as belezas dos mangues, o Porto Artur, os Pocinhos Naturais e a Coroa
do Avião.
Por ter uma frequência eclética, Maria Farinha fica dividida
em duas partes: a parte do rio, frequentada por grandes lanchas que fazem
passeios até as Prainhas de Arrecifes e a faixa da praia onde se instalam os
domingueiros típicos que desembarcam na areia em busca de sol e badalação.
Paulista, que já foi conhecida como "Cidade das
Chaminés" e "Capital dos Eucaliptos", hoje, devido ao potencial
turístico das suas praias e águas sempre mornas e de seu sol típico dos
trópicos, é conhecida como "NAMORADA DO SOL".
Conhecido como Dr. Geraldo, Geraldo Pinho Alves foi prefeito
de Paulista em três ocasiões e Deputado Estadual em outras duas, sendo líder do
governo de Miguel Arraes na Assembleia Legislativa de Pernambuco. Sempre
militante da esquerda, ajudou a fundar o MDB de Pernambuco e posteriormente o
PMDB, juntamente com outros políticos como Jarbas Vasconcelos e Marcos Freire.
Foi prefeito de Paulista como podemos ver abaixo:
nº Nome início término
11 Geraldo
Pinho Alves 1959 1962
19 Geraldo
Pinho Alves 15 de março de 1983 1º de janeiro de 1989
22 Geraldo
Pinho Alves 1º de janeiro de 1997 2 de Dezembro de 2000
Geraldo Pinho Alves
foi
1958 – Diretor do Sandu em Paulista
1962 a 1966 – Deputado Estadual pelo Partido Trabalhista
Brasileiro (PTB)
1966 a 1968 – Reeleito deputado estadual novamente pelo PTB
1968 – Cassado pelo AI-5
1994 a 1996 – Presidente do IPSEP
1996 a 2000 – Prefeito de Paulista, pelo PSB.
Eleito pelo PTB, o Deputado Estadual Geraldo Pinho Alves
tornou-se um dos principais aliados do governo de Miguel Arraes, além de ter
sido líder do governo na Assembléia e posteriormente, com a cassação do
Governador pela Ditadura Militar, tornou-se o líder da oposição.
Homem de poucas palavras, mas munido de uma retórica
admirável, elegeu a educação e a saúde como suas grandes bandeiras. Ocupou a
secretaria e a vice-presidência da assembléia, no período de 1964 a 1966.
Foi reeleito para a Assembleia em 1966.
Democrata convicto, Geraldo Pinho Alves fez discursos
inflamados contra a prisão do então governador Arraes, e posteriormente teceu
inúmeras críticas ao Vice-Governador que assumiu o cargo, Paulo Guerra. Por seu
posicionamento contrário ao "movimento revolucionário" instalado
(ditadura militar brasileira) foi cassado em 1968 pelo AI-5, Dr. Geraldo foi
obrigado a deixar a vida pública e voltar a lides médicas.
Durante o período em que esteve cassado, Dr. Geraldo
participou ativamente dos movimentos políticos, que tinham como objetivo lutar
contra os excessos cometidos pelo governo. Inicialmente com a oposição
enfraquecida, e finalmente no que culminou na criação do MDB e nas lutas pelas
diretas. Essa luta, além dos projetos que levou ao município, fez com que o
então ex-prefeito e ex-deputado por Paulista, fosse agraciado com o título de
cidadão honorário, concedido por unanimidade pela Câmara Municipal do Paulista
em 1978.
Após 14 anos fora da política, ao término da Ditadura
Militar, Dr. Geraldo retorna à vida pública sendo eleito pela segunda vez
Prefeito do Paulista. Após constatar os graves problemas enfrentados pelo
município, Geraldo Pinho Alves lança a campanha "fé em Paulista e mãos à
obra" que pretendia revitalizar o município. Logo no início de seu
mandato, Geraldo Pinho Alves juntamente com o então governador Roberto
Magalhães, assinam parcerias para renovar e ampliar a estrutura viária de
Paulista revitalizando a PE-01 (principal do Janga) e construindo a PE-22 que
liga o litoral do município ao Centro da Cidade. Além da inclusão de Paulista
no sistema da Adutora de Botafogo.
Com o propósito de conseguir os recursos necessários para o
seu plano de reconstrução do Paulista, Dr. Geraldo coloca Geraldo Pinho Alves
Filho como candidato a Deputado Estadual, tendo sido este último, eleito como o
deputado mais votado do PMDB e o terceiro mais votado de Pernambuco.
Outras realizações:
Reforma, ampliação e reequipamento de 19 escolas além da
construção de mais 13;
Reforma de 6 postos de saúde, além da construção de mais 27;
Ampliação da frota de Limpeza Urbana;
Projeto de pavimentação e drenagem;
36 abrigos;
3 escadarias.
Em seu mandato a praia de Maria Farinha se tornou uma das
mais bem frequentadas do país. Em 1988, ao término de seu mandato, Dr. Geraldo
escolheu Roberto Rêgo como seu sucessor nas eleições que seguiam naquele ano.
Porém, o ex-prefeito Ademir Cunha vence as eleições.
Em 1998, Geraldo Pinho Alves, no PSB, mesmo partido que o
elegera prefeito em 1996, apoia Miguel Arraes para o governo do estado,
derrotado por Jarbas Vasconcelos, mas consegue eleger seu filho, Sérgio Pinho
Alves, Deputado Estadual. Geraldo Pinho Alves falece antes do fim de seu
mandato, sendo substituído por seu vice.
Geraldo Pinho Alves, é internado no hospital Unicórdis no
Recife com problemas respiratórios. Após 15 dias de internação morre no
hospital. A causa mortis: parada respiratória.
Seu corpo foi velado na Assembleia Legislativa de Pernambuco
no dia 2 de dezembro, e posteriormente na Igreja Matriz de Paulista. Seu corpo
está enterrado no "Cemitério Morada da Paz" em Paulista.
Dr. Geraldo deixou esposa, Marília Russell de Pinho Alves.
Seis Filhos (Marco, Kátia, Lígia, Geraldo Filho, Bianca e Sérgio Pinho Alves).
E catorze netos (Filipe, Bruno, Renata, Tatiana, Diogo, Larissa, Thiago,
Nicolas, Victor, Elizabeth, Oto, Bryan, Steffanie e Maria Luiza Pinho Alves).
No dia 28 de Setembro de 2009, Dr. Geraldo foi homenageado
postumamente pelos serviços prestados ao estado e ao município do Paulista.
Homenagem prestada
pela Assembleia Legislativa de Pernambuco, na figura do Deputado Amaury Pinto.
Enquanto que no dia
27 de Janeiro de 2010 o Governador Eduardo Campos, inaugurou uma Unidade de
Pronto Atendimento (UPA) em Paulista e esta recebeu o nome de Geraldo Pinho
Alves em homenagem ao ex-prefeito e ex-deputado.
Geraldo Pinho Alves, filho de Carlos Alberto da Silva Alves,
que era filho de Manoel Alves e Minervina da Silva Alves, portanto primo irmão
de minha mãe, Dona Suzana, nascida Alves Barreto de Almeida.
Jorge Eduardo Fontes Garcia
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