quarta-feira, 27 de agosto de 2014

INTEGRALISMO DE DOM HELDER CÂMARA.

Ação Integralista Brasileira (AIB) foi fundado em 7 de outubro de 1932 por Plínio Salgado, escritor modernista, jornalista e político.
Tão logo o partido iniciou suas atividades, influenciado pelo fascismo italiano.
A atitude dos integralistas Brasileiros em público era marcada pela simbologia e iconografia adotada. Os integralistas se apresentavam, oficialmente, uniformizados. As camisas e capacetes eram verde-oliva, as calças eram pretas ou brancas ou cáquis e as gravatas pretas.
Cumprimentavam-se utilizando a palavra que se presume vir do tupi, "Anauê", que significaria "você é meu irmão", com o braço esticado e mão espalmada, tal como grupos fascistas europeus como os camisas negras italianos e os camisas pardas nazistas
Os integralistas também ficaram conhecidos como camisas-verdes devido aos uniformes que utilizavam. A AIB, assim como todos os outros partidos políticos, foi extinta após a instauração do Estado Novo, efetivado em 10 de novembro de 1937 pelo então presidente Getúlio Vargas.
Direção ideológica
O Integralismo brasileiro ideologicamente não aceita o capitalismo, defende a propriedade privada, o resgate da cultura nacional, o moralismo, valoriza o nacionalismo, os valores morais prática cristã, o princípio da autoridade (e portanto a estrutura hierárquica da sociedade), o combate ao comunismo e ao liberalismo econômico.
Dentre os inúmeros membros da AIB, pode-se citar, além de Plínio Salgado, Gustavo Barroso, Miguel Reale, Tasso da Silveira, San Tiago Dantas, Olbiano de Melo, Câmara Cascudo, Neiva Moreira, Gofredo e Inácio da Silva Teles, Raimundo Padilha, Alfredo Buzaid, Madeira de Freitas, Augusto Frederico Schmidt, Gerardo Melo Mourão, Dantas Mota, Vinícius de Morais, Paulo Fleming, Adonias Filho, Dom Hélder Câmara, Ribeiro Couto, Herbert Parentes Fortes, José Loureiro Júnior, Hélio Viana, Américo Jacobina Lacombe, Ernâni Silva Bruno, Antônio Gallotti, Jorge Lacerda, Thiers Martins Moreira, José Lins do Rego, Alcebíades Delamare Nogueira da Gama, Roland Corbisier, Álvaro Lins, Seabra Fagundes, Rui de Arruda Camargo, Raimundo Barbosa Lima, João Carlos Fairbanks, Mário Graciotti, Mansueto Bernardi e Belisário Pena, Antonio de Toledo Piza, Romulo de Almeida Mercuri.
O Integralismo brasileiro congregou uma grande diversidade de cidadãos brasileiros segundo as mais diferentes etnias. No sul do país, por exemplo, houve uma participação maciça de imigrantes europeus e seus filhos.
Afrodescendentes também aderiram ao movimento, e o exemplo até hoje lembrado é o de João Cândido, líder da Revolta da Chibata. Outros negros famosos que pertenceram à AIB são Abdias do Nascimento, Sebastião Rodrigues Alves e Ironides Rodrigues. Podemos citar também negros que apoiavam o movimento integralista brasileiro, como Arlindo Veiga dos Santos. A AIB foi o primeiro movimento político brasileiro a dar voz política à mulher, embora elas se limitassem ao assistencialismo, ao trato com a educação.
O Integralismo brasileiro sempre se opôs ao racismo, e em nenhuma circunstância jamais o apoiou, um exemplo disso é uma das mais famosas frases de Plínio Salgado, "O problema é ético, e não étnico".
Ideólogos
Reale, Miguel. O Estado Moderno.
Salgado, Plínio. O cavaleiro de Itararé.
Salgado, Plínio. O esperado. Ed. Voz do Oeste.
Salgado, Plínio. O estrangeiro. Ed. das Américas, 1955.
Barroso, Gustavo. Colônia de Banqueiros, 1934.
Barroso, Gustavo. Os protocolos dos sábios de Sião, 1936.
Barroso, Gustavo. Judaísmo, maçonaria e comunismo, 1937.

 A doutrina integralista baseia-se na tríade "Deus, Pátria e Família".

Anauê



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