Realmente o
brasileiro não gosta de francês.
Desde a vinda da Missão Artística Francesa em 26 de março
de 1816, a bordo do navio Calpe, do
Império, da Republica, ate a saída da Presidência de Giscard d'Estaing, a
França era a Meca das Elites Brasileiras.
Conheci senhoras e senhores brasileiros que marcharam em
Paris em protestos aos estudantes de 1968, pró De Gaulle, da qual quase ninguém
fala, mas que foi triunfal.
Após a II Guerra Mundial, Paris continuou a ser o local
preferido das Elites, mas Nova York, também, passou a ser destino final de
muitos, até porque era o local dos grandes negócios.
Com a subida ao Poder de François Mitterrand, as Elites
ficaram agastadas com os franceses e passaram a escolher outros destinos,
apesar dos mais tradicionais continuaram indo a Paris.
Nova York e seus Nightclubs viraram moda (o exemplo é o Studio
54 - 254 West 54th Street in Manhattan).
Bem como Los Angeles e São Francisco.
Roma, Capri, e a Costa Amalfitana era destino certo dos
mais conservadores.
A partir da década de noventa do século XX as fortunas
começaram a mudar de mãos no Brasil, uma nova Elite começou a surgir.
Esse Movimento chegou a seu cume logo no inicio do século
XXI, os primeiros anos do III Milênio, e essa novíssima Elite adotou Miami, “uma
cidade localizada no estado americano da Flórida, e é a segunda cidade mais
populosa da Flórida e a 44ª mais populosa do país”, como sua Meca, seu destino
mais do que preferido.
É claro que muitos foram e ainda vão a Paris, pois faz
parte da exibição imposta por suas novas vidas.
Orlando, a cidade localizada no estado norte-americano da
Flórida, famosa por suas atrações
turísticas, tais como Walt Disney World Resort, Universal Orlando Resort e
SeaWorld Orlando, é o local preferido para as férias em família dessa novíssima
Elite.
É claro que param em Miami para as compras, e voltam
carregados dos mais variados produtos, o que em minha opinião é uma vergonha.
E foi por causa desta transmutação da Elite é que o
brasileiro passou a não gostar da França, e muito mesmos dos franceses.
De seu estilo de vida, completamente diferente do estilo
americano de ser.
Para piorar os franceses não suportam os americanos e não
escondem este fato.
Gostam dos champagnes e dos vinhos franceses só para
ostentar, chegando ao ridículo de fazerem “cursos” sobre o assunto, esquecendo que
beberam Ki-suco na infância, e que realmente só se apura o paladar para
conhecer os vinhos desde menino.
Deixam um dos famosos “sommeliers”, na maioria recém-formada
e nordestina, abrir a garrafa de modo pomposo e retumbante, ficam atentos ao
ato de derramar rapidinho o vinho, para
depois balançar a taça e adotando uma cara de tão pomposa quanto o gesto do “garçom engalanado” tão o
seu OK ou dizem seríssimos “ Pode servir”.
Não sabem que um bom vinho tem que respirar no mínimo por
45 minutos, operação necessária para apurar o seu buquê.
Agir de outra forma é um crime contra os vinhos, mas que
fazer?
Enfim, quando as pessoas dizem que brasileiros não gostam
de franceses, elas estão com a razão, contudo, penso que o motivo histórico deste fato ter sido por
mim esclarecido.
Assim...
..... merci et à bientôt
JORGE EDUARDO
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