quarta-feira, 2 de julho de 2014

Jorge Eduardo Garcia - Realmente o brasileiro não gosta de francês. - autor: Jorge Eduardo Garcia


Realmente o brasileiro não gosta de francês.

Desde a vinda da Missão Artística Francesa em 26 de março de 1816, a bordo do navio Calpe,   do Império, da Republica, ate a saída da Presidência de Giscard d'Estaing, a França era a Meca das Elites Brasileiras.
Conheci senhoras e senhores brasileiros que marcharam em Paris em protestos aos estudantes de 1968, pró De Gaulle, da qual quase ninguém fala, mas que foi triunfal.
Após a II Guerra Mundial, Paris continuou a ser o local preferido das Elites, mas Nova York, também, passou a ser destino final de muitos, até porque era o local dos grandes negócios.
Com a subida ao Poder de François Mitterrand, as Elites ficaram agastadas com os franceses e passaram a escolher outros destinos, apesar dos mais tradicionais continuaram indo a Paris.
Nova York e seus Nightclubs viraram moda (o exemplo é o Studio 54 - 254 West 54th Street in Manhattan).
Bem como Los Angeles e São Francisco.
Roma, Capri, e a Costa Amalfitana era destino certo dos mais conservadores.
A partir da década de noventa do século XX as fortunas começaram a mudar de mãos no Brasil, uma nova Elite começou a surgir.
Esse Movimento chegou a seu cume logo no inicio do século XXI, os primeiros anos do III Milênio, e essa novíssima Elite adotou Miami, “uma cidade localizada no estado americano da Flórida, e é a segunda cidade mais populosa da Flórida e a 44ª mais populosa do país”, como sua Meca, seu destino mais do que preferido.
É claro que muitos foram e ainda vão a Paris, pois faz parte da exibição imposta por suas novas vidas.
Orlando, a cidade localizada no estado norte-americano da Flórida,  famosa por suas atrações turísticas, tais como Walt Disney World Resort, Universal Orlando Resort e SeaWorld Orlando, é o local preferido para as férias em família dessa novíssima Elite.
É claro que param em Miami para as compras, e voltam carregados dos mais variados produtos, o que em minha opinião é uma vergonha.
E foi por causa desta transmutação da Elite é que o brasileiro passou a não gostar da França, e muito mesmos dos franceses.
De seu estilo de vida, completamente diferente do estilo americano de ser.
Para piorar os franceses não suportam os americanos e não escondem este fato.
Gostam dos champagnes e dos vinhos franceses só para ostentar, chegando ao ridículo de fazerem “cursos” sobre o assunto, esquecendo que beberam Ki-suco na infância, e que realmente só se apura o paladar para conhecer os vinhos desde menino.
Deixam um dos famosos “sommeliers”, na maioria recém-formada e nordestina, abrir a garrafa de modo pomposo e retumbante, ficam atentos ao ato de derramar rapidinho  o vinho, para depois balançar  a taça e adotando  uma cara de tão pomposa  quanto o gesto do “garçom engalanado” tão o seu OK ou dizem seríssimos “ Pode servir”.
Não sabem que um bom vinho tem que respirar no mínimo por 45 minutos,  operação  necessária para apurar o seu buquê.
Agir de outra forma é um crime contra os vinhos, mas que fazer?
Enfim, quando as pessoas dizem que brasileiros não gostam de franceses, elas estão com a razão, contudo, penso que  o motivo histórico deste fato ter sido por mim esclarecido.
Assim...
..... merci et à bientôt
JORGE EDUARDO



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