terça-feira, 19 de agosto de 2014

19 DE AGOSTO DE 2014: CENTENÁRIO DE ARACY DE ALMEIDA..



19 DE AGOSTO DE 2014:
HOJE É O DIA DO CENTENARIO DE NASCIMENTO DA CANTORA ARACY DE ALMEIDA.
FONTE:  verbete : http://pt.wikipedia.org/wiki/Aracy_de_Almeida

Aracy Teles de Almeida (Rio de Janeiro, 19 de agosto de 1914 — Rio de Janeiro, 20 de junho de 1988) foi uma cantora brasileira.
Teve grande convivência com o compositor Noel Rosa. Também foi jurada do programa Show de Calouros de Silvio Santos. Era conhecida como "Dama da Central" (do Brasil), pois somente viajava de trem, "A Dama do Encantado" (em referência ao bairro em que morou no Rio), ou "O Samba Em Pessoa".
Cantava samba, mas era apreciadora de música clássica e se interessava por leituras de psicanálise, além de ter em sua casa quadros de pintores brasileiros como Aldemir Martins e Di Cavalcanti, com quem mantinha amizade. Os que conviviam com ela, na intimidade ou profissionalmente, a viam como uma mulher lida e esclarecida. Tratada por amigos pelo apelido de "Araca", Noel Rosa disse, em entrevista para A Pátria, em 4 de janeiro de 1936: "Aracy de Almeida é, na minha opinião, a pessoa que interpreta com exatidão o que eu produzo".
Aracy Teles de Almeida nasceu em 19 de agosto de 1914. Foi criada no subúrbio carioca, no bairro de Encantado, numa grande família protestante; o pai, Baltazar Teles de Almeida, era chefe de trens da Central do Brasil e a mãe, dona Hermogênea, dona de casa. Tinha apenas irmãos homens.
Estudou num colégio no bairro do Engenho de Dentro, onde foi colega do radialista Alziro Zarur, passando depois para o Colégio Nacional, no Méier. Aracy costumava cantar hinos religiosos na Igreja Batista e, escondida dos pais, cantava músicas de entidades em terreiros de candomblé e no bloco carnavalesco "Somos de pouco falar". "Mas isso não rendia dinheirim", como Aracy dizia.
Mais tarde, conheceu Custódio Mesquita, por intermédio de um amigo. Cantou para ele a música Bom-dia, Meu Amor (Joubert de Carvalho e Olegário Mariano), conseguindo entrar a Rádio Educadora (depois Tamoio), em 1933. Ali mesmo, conheceu Noel Rosa e aceitou o convite, que ele lhe fez, para "tomar umas cervejas cascatinhas na Taberna da Glória". Desde este dia, o acompanhou todas as noites.
No ano seguinte, gravou para o Carnaval seu primeiro disco, pela Columbia, com a música Em plena folia (Julieta de Oliveira). Em 1935 assinou seu primeiro contrato com a Rádio Cruzeiro do Sul e gravou Seu Riso de Criança, composição de Noel Rosa, de quem se tornaria a principal intérprete.
Transferindo-se para a Victor, participou do coro de diversas gravações e lançou, ainda em 1935, como solista, Triste cuíca (Noel Rosa e Hervé Cordovil), Cansei de pedir, Amor de parceria (ambas de Noel Rosa) e Tenho uma rival (Valfrido Silva). A partir de então, tornou-se conhecida como intérprete de sambas e músicas carnavalescas, tendo sido apelidada por César Ladeira de "O Samba em Pessoa". Trabalhou na Rádio Philips com Sílvio Caldas, no Programa Casé; na Cajuti, Mayrink Veiga e Ipanema, excursionando com Carmen Miranda pelo Rio Grande do Sul.
Em 1936 foi para a Rádio Tupi e gravou com sucesso duas músicas de Noel Rosa: Palpite infeliz e O X do problema. Em 1937 atuou na Rádio Nacional e destacou-se com os sambas Tenha pena de mim (Ciro de Sousa e Babau), Eu sei sofrer (Noel Rosa e Vadico) e Último desejo, de Noel Rosa, que faleceu nesse ano.
Gravou, em 1938, Século do Progresso (Noel Rosa) e Feitiço da Vila (Noel Rosa e Vadico), e, em 1939, lançou em disco Chorei quando o Dia Clareou (Davi Nasser e Nelson Teixeira) e Camisa amarela (Ari Barroso). Para o Carnaval de 1940, gravou a marcha O Passarinho do relógio (Haroldo Lobo e Milton de Oliveira) e, no ano seguinte, O Passo do canguru (dos mesmos autores).
Em 1942, lançou o samba Fez Bobagem (Assis Valente), Caramuru (B.Toledo, Santos Rodrigues e Alfeu Pinto), Tem galinha no bonde e A Mulher do leiteiro (ambas de Milton de Oliveira e Haroldo Lobo). Fez sucesso no Carnaval de 1948 com Não me Diga Adeus (Paquito, Luis Soberano e João Cerreia da Silva) e, em 1949, gravou João ninguém (Noel Rosa) e Filosofia (Noel Rosa e André Filho).
Entre 1948 e 1952, trabalhou na boate carioca Vogue, sempre cantando o repertório de Noel Rosa; graças ao sucesso de suas interpretações nessa temporada, lançou pela Continental dois álbuns de 78 rpm com músicas desse compositor: o primeiro deles, lançado em setembro de 1950, continha Conversa de botequim (com Vadico), Feitiço da Vila (com Vadico), O X do problema, Palpite infeliz, Não tem tradução e Último desejo; no segundo, lançado em março de 1951, interpretou Pra que mentir (com Vadico), Silêncio de um minuto, Feitio de Oração (com Vadico), Três apitos, Com que roupa e O Orvalho Vem Caindo (com Kid Pepe).
Foi, ao lado de Carmen Miranda, a maior cantora de sambas dos anos 30. Depois de atuar com sucesso na boate Vogue em Copacabana na década de 40, entre 1950 e 1951, gravou dois álbuns dedicados a Noel Rosa, que seriam responsáveis pela reavaliação da obra do poeta da Vila.
Mudou-se para a Cidade de São Paulo em 1950, e lá viveu durante 12 anos. Em 1955 trabalhou no filme Carnaval em lá maior, de Ademar Gonzaga, e lançou, pela Continental, um LP de dez polegadas só com músicas de Noel Rosa, no qual foi acompanhada pela orquestra de Vadico, cantando, entre outras, São Coisas Nossas, Fita Amarela e as composições inéditas Meu Barracão, Cor de Cinza, Voltaste e A Melhor do Planeta (com Almirante).
Três anos depois, lançou pela Polydor o LP Samba em pessoa. Em 1962 a RCA, reaproveitando velhas matrizes, editou o disco Chave de ouro. Em 1964, gravou com a dupla Tonico e Tinoco, o cateretê Tô chegando agora (Mário Vieira) e apresentou-se com Sérgio Porto e Billy Blanco na boate Zum-Zum no Rio de Janeiro.
Em 1965, fez vários shows no Rio de Janeiro: "Samba pede passagem", no Teatro Opinião; "Conversa de botequim", dirigido por Miele e Ronaldo Boscoli, no Crepúsculo; e um espetáculo na boate Le Club, com o cantor Murilo de Almeida.
No ano seguinte, a Elenco lançava o disco Samba é Aracy de Almeida. Com o cômico Pagano Sobrinho, fez "É proibido colocar cartazes", um programa de calouros da TV Record, de São Paulo, em 1968. No ano seguinte, a dupla apresentou-se na boate paulistana Canto Terzo. Ainda em 1969, fez o show "Que maravilha!", no Teatro Cacilda Becker em São Paulo, ao lado de Jorge Ben, Toquinho e Paulinho da Viola.
Depois disso, com a entrada da bossa nova, os intérpretes de samba já não eram tão solicitados. Aracy trabalhou em vários programas de TV: Programa do Bolinha; na TV Tupi, com Mário Montalvão; na TV Globo, com a Buzina do Chacrinha; no Programa Silvio Santos; programas na TVE; Programa da Pepita Rodrigues, na TV Manchete; Programa do Perlingeiro, na TV Excelsior; no Almoço com as estrelas, com Aérton Perlingeiro, entre outros.
Doença e morte:
Em 1988, Aracy teve um edema pulmonar. No início, ficou internada em São Paulo, retornando ao Rio de Janeiro para o hospital da SEMEG, na Tijuca. Silvio Santos a ajudou financeiramente na época em que esteve doente e lhe telefonava todos os dias, às 18 horas, para saber como ela estava.
Depois de dois meses em coma, voltou a lucidez por dois dias, e, num súbito aumento de pressão arterial, faleceu no dia 20 de junho, aos 74 anos. Seu corpo foi velado no teatro João Caetano, visto que seu último show com Albino Pinheiro havia sido lá. O Jardim da saudade doou o túmulo para ela, porém já havia uma gaveta no cemitério em São Paulo, mas Adelaide não quis levá-la para lá. O Corpo de Bombeiros percorreu parte do Rio de Janeiro com a sua urna como homenagem, passando pelos lugares importantes frequentados por Aracy (Copacabana, Glória, Lapa, Vila Isabel, Méier e Encantado). Ela não casou e não quis ter filhos, apesar de ter morado com alguns namorados.
Atriz:
1946 - Segura Esta Mulher
1948 - Esta É Fina
1955 - Carnaval em Lá Maior
1967 - Perpétuo contra o Esquadrão da Morte
1968 - Cordiais Saudações (curta-metragem)
Resumo cronológico:
Apesar de desbocada, ainda menina, cantou sambas e marchas nas Escolas de Samba.
Em 1933 apresentado a Custódio Mesquita a conduziu ao seu programa na Rádio Educadora, ano que conheceu Noel Rosa, nascendo ali uma grande amizade, apesar de nunca haver nenhuma relação amorosa, Noel mesmo assim compôs para ela música Riso de Crianças, que Aracy grava em 1935. A partir de então, passou a compor músicas exclusivas para ela.
Devido a sua estatura, baixa, magra, não frequentou o Cassino da Urca e nem foi capa de revista.
Com a morte de Noel Rosa em 1937, passa a compor marchinhas carnavalescas.
Em 1946 estreou no cinema com o filme Segura Esta Mulher
Na década de 50 trocou o Rio de Janeiro por São Paulo e foi contratada pela Rádio Record.
Na década de 70 atuou na televisão como apresentadora e jurada, na Buzina do Chacrinha e depois no Show de Calouros, apresentado por Silvio Santos.
Faleceu em 20 de junho de 1988, de embolia pulmonar, aos 74 anos de idade, no Rio de Janeiro.
Discografia:
Janeiro 1934 – Cantadas por Aracy de Almeida, Pixinguinha e sua Orquestra.
Canção, tipo e compositor.
Em Plena Folia (marcha) - Julieta de Oliveira
Golpe Errado (marcha) - Jaci
Dezembro de 1934
Riso de Criança (samba) - Noel Rosa
Saudade do Meu Papai (marcha) - Walfrido Silva/Roberto Martins
Triste Cuíca (samba) - Noel Rosa/Hervê Cordovil
Maiores sucessos:
1935 - Palpite Infeliz
1936 - O X do Problema
1936 - Não Quero Mais
1936 - Manda Embora Essa Tristeza
1936 - Só Pode Ser Você
1936 - Já Faz Um Ano
1936 - Palpite Infeliz
1937 - Qual o Quê (com Os Diabos do Céu)
1937 - Eu Sei Sofrer
1938 - Último Desejo
1938 - Vaca Amarela (com Lamartine Babo)
1938 - Veneza Americana
1938 - Rapaz Folgado
1938 - Feitiço da Vila
1938 - Tenha Pena de Mim
1939 - Camisa Amarela
1939 - Pedro Viola
1939 - Chorei Quando o Dia Clareou
1939 - Passarinho do Relógio (Cuco)
1940 - Miserê
1941 - Gênio Mau
1942 - A Mulher do Leiteiro
1942 - Fez Bobagem
1942 - Engomadinho
1944 - Tudo Passa
1944 - Ninguém Ensaiou
1944 - Gosto Mais do Salgueiro
1945 - Escandalosa
1946 - Saia do Caminho
1946 - Louco (Ela e Seu Mundo)
1947 - Quem Foi
1947 - Pela Décima Vez
1948 - Bairros de Pequim
1948 - Não Me Diga Adeus
1949 - João Ninguém
1949 - Filosofia
1950 - Não Tem Tradução
1951 - Com Que Roupa
1951 - O Orvalho Vem Caindo (com Kid Pepe)
1951 - Feitio de Oração (com Vadico)
1951 - Três Apitos
1953 - Se Eu Morresse Amanhã
1955 - Fita Amarela
1957 - Bom Dia, Tristeza


Eu a conheci na pérgola do Copacabana Palace Hotel, o dos Guinles, e me tornei amigo dela.
Ela teve uma “paixonite”, como me contou, pelo irmão mais velho de meu pai, Albino, o idiota, na época boemia da Galeria Cruzeiro, onde hoje é o Edifício Avenida Central, na Avenida Rio Branco, RJ.  
Dei muitas gargalhadas com ela, a “tia” Araca.

Conheci, também, o cantor Murilo de Almeida, conhecido como Murilinho de Almeida, acima citado, era dos poucos homossexuais aceitos pela Sociedade do Rio de Janeiro nas décadas de cinquenta e sessenta do século XX. Procurei sua discografia e não encontrei nada. Uma pena, pois ele era um excelente cantor. Foi crooner do conjunto de meu grande amigo Sacha Rubin, dono do Sacha’s  e do Balaio, boates dos bons tempos do Balneário do Rio de Janeiro.
Crooner é o cantor masculino de orquestras e conjuntos.
Os mais notáveis:
Frank Sinatra, Dean Martin, Bing Crosby, "Sammy" Davis, Jr., Perry Como, Tony Bennett, Tom Jones, Michael Bublé e Engelbert Humperdinck.
Podemos considerar que o cantor Cauby Peixoto é um crooner, bem como Aguinaldo Rayol, Francisco Petrônio, entre outros.

Galeria Cruzeiro e Hotel Avenida.

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